terça-feira, 11 de maio de 2010

Projeto do trem-bala começa a ser viável


O diretor da Previ (fundo dos funcionários do Banco do Brasil), Joilson Ferreira, afirmou nesta terça-feira que o projeto do trem-bala começou a se tornar viável. Segundo ele, os interessados estão começando discussões sobre a possibilidade de mudar o traçado do projeto, o que teria impacto sobre as obras de engenharia.

De acordo com Ferreira, a eventual alteração não terá impacto sobre a tarifa a ser cobrada do passageiro, mas sim sobre a rentabilidade do projeto. A afirmação de Ferreira foi feita durante um seminário sobre infraestrutura no Rio promovido pelos jornais "Valor Econômico" e "Financial Times".

Na próxima semana representantes da Invepar --consórcio formado pela Previ, os fundos de pensão Petros (da Petrobras), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e a construtora OAS-- seguirão para o Japão para conhecer o projeto de trem balda da Mitsui. Eles já estão familiarizados com a proposta coreana e estão sendo sondados por chineses.

Novos investimentos

Segundo Ferreira, a Invepar tem interesse na eventual gestão de aeroportos caso o governo decida modificar o modelo de gestão concentrado na Infraero. Ele disse ainda que o grupo tem interesse no consórcio Rio-Barra, que integra o trajeto do metrô na zona sul com a Barra da Tijuca.

Entre os planos futuros da Invepar ele citou ainda a compra de 114 vagões para o metrô do Rio e disse que considera a possibilidade de renovação integral da frota


Asiáticos acirram disputa por trem-bala

Às vésperas do lançamento do edital de licitação do trem-bala Rio-SP, os possíveis interessados na obra, a maior do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), orçada em R$ 34 bilhões já estão se organizando para a disputa.

No radar das autoridades do governo encarregadas do empreendimento já apareceram duas combinações: a empreiteira Andrade Gutierrez com os grupos japoneses (Mitsui, Toshiba, Hitachi, Mitsubishi e Japan Railway) e o Grupo Bertin com os sul-coreanos (Samsung e Hyundai).

A posição dos chineses intriga as autoridades brasileiras. A princípio, a impressão é que a associação seria com a Odebrecht. Agora não há mais tanta certeza, e a avaliação é que os chineses poderão entrar sozinhos, para negociar a associação com algum grupo nacional já com a obra assegurada.

As últimas semanas foram de intensa negociação dos empresários com o governo para a modificação de aspectos do edital considerados inadequados. Em muitos pontos, o governo cedeu. Agora, a expectativa é em relação à aprovação dos estudos pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e de eventuais mudanças que o órgão venha a sugerir.

Fonte: Folha
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