terça-feira, 25 de maio de 2010
ONU vai retirar tropas de Chade e República Centro-Africana
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GBN News
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O Conselho de Segurança acordou hoje retirar antes do fim do ano todos os membros da missão de paz da ONU no Chade e na República Centro-Africana (Minurcat), como tinha sido pedido pelo Governo chadiano.
Em resolução adotada por unanimidade, os 15 membros do principal órgão da ONU pediram ao secretário-geral, Ban Ki-moon, que organize uma retirada escalonada dos capacetes azuis, que deve terminar antes de 31 de dezembro próximo.
Ressaltaram ainda que o Chade se compromete, em troca, a assumir a responsabilidade de garantir a segurança e facilitar a distribuição de ajuda humanitária aos refugiados e deslocados internos no leste do país, perto da fronteira com Darfur (Sudão).
O Chade promete ainda permitir o retorno voluntário dos deslocados, a desmilitarização dos acampamentos e o retorno das instituições do Estado a essas áreas do país, segundo a resolução promovida pela França.
Ban celebrou a decisão do Conselho de Segurança, que segue em linhas gerais as recomendações transferidas há duas semanas a seus membros, como disse o porta-voz do secretário-geral, Martin Nesirky.
Segundo o porta-voz, o Governo do Chade assumirá as novas responsabilidades a partir do dia 27 deste mês, quando a Minurcat começará o processo de retirada militar.
A primeira fase da retirada reduzirá antes do próximo dia 15 de julho os atuais 3.814 integrantes da missão a um máximo de 2.200 soldados e 300 policiais.
Depois, a partir de 15 de outubro, as tropas restantes deixariam paulatinamente as posições que ocupam desde janeiro de 2009, quando substituíram um contingente militar da União Europeia (Eufor) que estava ali desde 2007.
O Chade considera que não precisa mais da presença de tropas estrangeiras para garantir a segurança e a proteção da população civil na zona próxima à fronteira com Darfur, especialmente após a retomada das relações com o Sudão.
Cerca de 290 mil sudaneses fugiram para o Chade desde a eclosão do conflito de Darfur, em 2003, aos que se uniram em 180 mil chadianos deslocados pela falta de segurança na fronteira.
Fonte: EFE
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