domingo, 30 de maio de 2010
Exclusivo- Mais Informações sobre os Submarinos Brasileiros
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GBN News
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A DCNS deu inicio a construção do primeiro de quatro navios S-BR neste dia 27 deMaio passado em Cherbourg França.
Tal como o que tem sido feito para os demais clientes (Chileno e Malásia ), a seção frontal do casco será produzida na França sendo que as demais seções do navio serão construídas nas novas instalações do estaleiro naval que encontra-se em construção no Brasil na base em Sepetba oeste do Rio de Janeiro onde será finalizada a construção do navio.
O projeto representa um milhão de horas de trabalho e uma concluída a seção frontal o casco deverá atravessar o Atlântico no final de 2012.
A DCNs insiste em reafirmar o seu compromisso com a transferência de tecnologia, cujo contrato é muito amplo e completo, o qual prevê a transferência inclusive de equipamentos sensíveis tradicionalmente fornecidos pela DCNS para outros clientes, mas que neste caso serão produzidos no Brasil, numa parceria inédita.
Ao todo, cerca de 130 engenheiros e técnicos no Brasil devem acompanhar a construção do submarino em Cherbourg, estando assim aptos a desempenharem futuramente a construção dos demais navios em solo Brasileiro.
Segundo informações do fabricante o primeiro submarino deverá ser entregue a Marinha do Brasil já em 2017, sendo que seus três navios irmãos, construídos inteiramente em Sepetba, deverão ser concluídas em 2018, 2020 e 2021.
Um tipo derivado do Scorpène
Com 75 metros de comprimento e um deslocamento de 2000 toneladas submerso, os submarinos são oriundos de um modelo derivado do tipo Scorpene, antes comercializado conjuntamente pela DCNS e Navantia.
Para atender às necessidades da Marinha do Brasil, o tamanho dos novos navios será maior, cerca de 9 metros a mais que os da Malásia.
Esta extensão no casco irá permitir acomodar uma tripulação maior além de prover maior autonomia, provendo espaço para reservas adicionais de suprimentos (comida para a tripulação) e combustível para motores diesel.
O contrato prevê a independência do Brasil no que toca a construção de submarinos e por si só, já duplicou a produção de navios contratados à DCNs.
Os navios brasileiros terão inúmeras diferenças em relação aos demais modelos, estas incluem um maior diâmetro do casco. Os brasileiros, no entanto, optaram por um leme em formato de x e não a habitual cruz presente nos demais navios da Classe.
Há mudanças também nos requisitos dos sistemas de propulsão e escolha do sistema MTU de quatro motores à diesel com uma potência unitária de 600 kW. O fabricante alemão já forneceu aos Scorpene da Malásia, sistemas semelhantes.
Os navios serão equipados com amplos sistemas de automação de forma que poderão operar com a capacidade combate sendo necessária uma tripulação de somente 30 homens para a sua condução.
Os navios serão equipados com tubos de torpedos de 533 milímetros, aptos ao lançamento de torpedos pesados (Arthemis Torpedos de nova geração, evolução do Black Shark) e mísseis Exocet SM39 anti-navio.
Um programa para € 6.7bi
Além das embarcações de propulsão convencional, o programa brasileiro inclui assistência técnica francesa no projeto de construção do primeiro submarino nuclear de ataque Brasileiro.
A França participará em muitas partes do projeto, porém, não atuará na seções nucleares do submarino.
Os brasileiros esperam completar o seu primeiro reator, no meio desta década, e a quilha do primeiro submarino nuclear, SNBR deverá ser batida já em 2016 estando prevista a sua entrada no serviço ativo para 2025.
Finalmente, no âmbito de contratos assinados em Setembro passado, DCNS também presta assistência juntamente a contratante principal, na construção da nova base e estaleiro construído em Sepetiba.
Estas instalações serão construídas por uma empresa criada em regime de joint venture entre a DCNS e a empresa brasileira Odebrecht, que detém 59% da joint venture. Esta nova empresa foi criada em Agosto passado e foi batizada de Itaguaí Construções Navais. O custo total do programa, conhecido como “PROSUB” no Brasil é de 6,7 bilhões de euros, e é dividido entre a DCNS e seus parceiros.
Fonte: Plano Brasil, Mais uma parceria Grupo UNION
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