quarta-feira, 26 de maio de 2010
Coreia do Norte expulsa funcionários sul-coreanos de complexo industrial
Pyongyang expulsou os funcionários sul-coreanos de um complexo industrial conjunto em território norte-coreano e ameaçou "bloquear" o acesso dos demais portadores de passaporte do país vizinho se Seul retomar a "guerra psicológica".
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a expulsão afeta os oito funcionários que Seul mantém no complexo de Kaesong, um projeto empresarial conjunto no qual 110 companhias sul-coreanas empregam cerca de 42 mil operários norte-coreanos.
A medida foi aplicada depois que o governo da Coreia do Norte assegurou na terça-feira que romperá todas suas relações com a Coreia do Sul e não retomará nenhum diálogo durante o mandato do atual presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak.
Também adiantou sua intenção de expulsar o pessoal sul-coreano de Kaesong, que durante anos foi símbolo da futura reunificação das duas Coreias.
O governo de Seul, por sua parte, assegurou nesta quarta-feira que manterá suas medidas punitivas contra o regime comunista norte-coreano apesar das ameaças de Pyongyang, às quais responderá com "firmeza e severidade", segundo a Yonhap.
O porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano, Chun Hae-sung, confirmou, além disso, que a Coreia do Norte notificou ao Sul a intenção de cortar suas linhas de comunicações marítimas e também a comunicação na zona desmilitarizada e fronteiriça de Panmunjom.
O anúncio do regime norte-coreano aconteceu depois que Seul anunciou, na segunda-feira, o bloqueio dos intercâmbios comerciais com o Norte pelo afundamento em 26 de março do navio de guerra "Cheonan", que causou a morte de 46 marinheiros e, segundo a Coreia do Sul, foi causado por um torpedo de um submarino norte-coreano.
Pyongyang nega o ataque, apesar de provas mostradas por um grupo de especialistas de cinco países que averiguou o fato.
O Governo de Seul também indicou que retomará a emissão de propaganda contra a Coreia do Norte através de alto-falantes na zona desmilitarizada, e o lançamento aéreo de panfletos contra o regime de Kim Jong-il.
Fonte: EFE
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