segunda-feira, 5 de abril de 2010

Rússia pode vender R$ 8,8 bilhões em armas à Venezuela


As vendas de armamentos russos para a Venezuela podem chegar a um total de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 8,8 bilhões), disse o primeiro-ministro Vladimir Putin nesta segunda-feira, depois de retornar de uma visita à nação sul-americana.

Putin encontrou-se na última sexta-feira (02) com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, para discutir uma cooperação nos setores de petróleo, defesa e energia nuclear, mas nenhum novo acordo para venda de armas foi firmado.

Os Estados Unidos frequentemente demonstram preocupação com a venda de armas russas para a Venezuela, um dos maiores críticos de Washington na América Latina.

Chávez diz que o aumento de seu arsenal tem como objetivo conter um planejado crescimento militar norte-americano na Colômbia, principal aliado dos EUA na região e vizinha da Venezuela.

'Nossa delegação acaba de voltar da Venezuela e o volume total de pedidos pode superar os US$ 5 bilhões', disse Putin, segundo agências de notícias russas, numa reunião com empresários do setor bélico.

Putin afirmou que o valor inclui uma linha de crédito de US$ 2,2 bilhões (R$ 3,8 bilhões) para a compra de armas russas concedida pelo governo de Moscou a Chávez durante visita do presidente venezuelano em setembro.

Com esse montante serão adquiridos tanques T-72 e um avançado sistema antiaéreo S-300, segundo a agência de notícias RIA.

Nos últimos anos, a Venezuela comprou mais de US$ 4 bilhões (R$ 7 bilhões) em armas da Rússia, desde caças de combate Sukhoi até fuzis Kalashnikov.

Durante sua visita a Moscou em setembro, Chávez reconheceu a independência de duas regiões rebeldes pró-russas na Geórgia, um sucesso diplomático para Moscou. O presidente russo, Dmitri Medvedev, disse à época que a Rússia forneceria à Venezuela todas as armas que eles quisessem.

Chávez deseja reforçar as Forças Armadas da Venezuela com mísseis, tanques e submarinos russos. Ele afirma que precisa se defender do que chama o imperialismo dos EUA na América Latina.

Fonte: Reuters
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