domingo, 25 de abril de 2010

Governo cubano desafia EUA a suspenderem embargo


O governo de Cuba desafiou neste domingo os Estados Unidos a suspenderem o embargo, "nem que seja por um ano", em declarações do presidente do Parlamento de Havana, Ricardo Alarcón.

Ele respondeu assim às declarações da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que afirmou que apesar dos esforços de Washington ela acredita que os irmãos Fidel e Raúl Castro "não desejam o fim do embargo e não querem normalizar as relações com os Estados Unidos".

"Se ela de verdade acredita que o bloqueio beneficia o governo cubano - que ela quer socavar -, a solução é muito simples, que o suspendam, nem que seja por um ano para provar se de verdade era interesse nosso ou interesse deles", declarou Alarcón à imprensa, depois de votar nas eleições municipais deste domingo.

A chefe da diplomacia americana acrescentou na ocasião que no caso de uma normalização das relações, as autoridades cubanas "perderiam todas as desculpas sobre tudo o que não aconteceu em Cuba em 50 anos".

"Além desta conversa fiada há outras coisas que ela poderia fazer com uma assinatura. Ela é a única pessoa no planeta que pode autorizar as visitas das esposas de dois dos cinco cubanos que cumprem condenações nos Estados Unidos por acusações de espionagem", disse Alarcón.

Após uma trégua inicial com o governo de Barack Obama, a tensão entre os dois países, que não têm relações diplomáticas desde 1961, voltou a ser elevada.

Havana acusa Washington de uma campanha para desestabilizar a ilha, após a morte em 23 de fevereiro do preso dissidente Orlando Zapata, depois de 85 dias de greve de fome, e também da greve de fome que já dura dois meses de Guillermo Fariñas.

Fonte: AFP
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