quinta-feira, 8 de abril de 2010
Avião Mirage F1 cai no centro da França sem deixar vítimas
Um avião Mirage F1 da Força Aérea francesa em missão de treinamento caiu nesta quinta-feira perto de Orleans, no centro da França, sem deixar vítimas, informou o Serviço de Comunicação da Força Aérea.
A aeronave teve um problema técnico durante o voo, afirmou o comandante Frederic Solano, que não explicou exatamente qual foi a avaria.
O Mirage F1 caiu às 11h40 (6h40 no horário de Brasília) em um campo aberto perto de uma estrada, cerca de 4 km de sua base em Orleans.
O piloto, experiente, conseguiu ejetar-se do avião e o princípio de incêndio foi rapidamente controlado pelos bombeiros, segundo o comandante Solano.
O Mirage F1 CR, do fabricante francês Dassault, é uma aeronave de reconhecimento tático e ataque convencional, que entrou em serviço na Força Aérea Francesa em 1983.
Conheça um pouco sobre o Dassault Mirage F-1 CR
Disponível na versão de reconhecimento e ataque, o Mirage F1 é considerado o caça supersônico europeu de segunda geração mais bem sucedido, sendo adquirido pelas forças aéreas de onze países num total de mais de 700 unidades construídas.
O Mirage F1 foi desenvolvido para ser o substituto dos caças Dassault Mirage III e do Dassault Mirage 5. Seus estudos começaram após o ano de 1963, quando a Força Aérea Francesa solicitou um estudo contendo especificação de um caça multifuncional capaz de realizar missões de interceptação em velocidade supersônicas e de penetração em baixa altitude sob qualquer tempo. Também exigia-se que acomodasse dois fatores operacionais básicos: maior autonomia e raio de ação, e a utilização de pistas distância mais curtas para descolagem e aterragem, permitindo a aproximação numa velocidade abaixo de 140 nós (260 km/h) - tudo isso com o menor custo possível.
O Mirage F1 C entrou em serviço pela Força Aérea Francesa em Maio de 1973, quando a primeira produção destes caças foram entregues. Inicialmente eles eram equipados com 2 mísseis ar-ar Matra R530 de médio alcance além dos dois canhões internos de 30mm. Mais tarde, já no final dos anos 70, estes mísseis foram substituídos pelo Matra Super 530 F, além dos trilhos instalados sobre as asas para abrigar os mísseis ar-ar Matra R550 Magic de curto alcance.
A produção em série foi divida em:
Mirage F1 A (Avião de ataque)
Versão de ataque diurno destinado para exportação, este caça vinha equipado com o radar Aida II, sitema de reabastecimento retrátil e um sistema de navegação e de ataque com radar telemétrico para tempo aberto. Esta versão podia transportar mais combustível interno do que a versão Mirage F1 C.
Mirage F1 B (Treinamento)
Versão de treinamento, precisou ser alongado trinta centímetros para permitir a instalação de um segundo lugar. Possuia capacidade reduzida de combustível e era desprovido dos canhões internos de 30 mm.
Mirage F1 CR (Reconhecimento)
Avião tático e de reconhecimento, foi desenvolvido para substituir os caças Mirage III R e RD. O canhão direito foi substituído por um sensor infravermelho. Esta aeronave possuia localizado no nariz uma câmera de visão panorâmica (Omer 40) ou de visão vertical (Omer 33), além de ser equipado com um novo sistema de navegação e de ataque. Possuia uma série de pods externo para reconhecimento (câmeras, radares, etc.). O protótipo fez seu primeiro vôo no dia 20 de Novembro de 1981 e entrou em serviço em Julho de 1983.
Mirage F1 CT (Assalto)
Aeronave de caça tático, tinha como objetivo substituir os caças Mirage IIIE e os Mirage 5F. Eram equipados com adicionado um telêmetro a laser, um novo radar com sistema de detector de aviso e um novo assento ejetável. O sistema elétrico foi completamente substituído com atualização do painel eletrônico. Também foi removido o canhão esquerdo, permitindo a instalação de duas câmeras de pequeno porte. O primeiro avião entrou em serviço no ano de 1992.
Fonte: France Presse / GeoPolítica Brasil
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