
Uma companhia de fuzileiros dos Estados Unidos foi alvo de tiros de todos os lados neste domingo, em um edifício onde uma bandeira afegã havia sido hasteada para marcar o progresso de uma ofensiva da Otan contra um reduto do Taliban.
Os fuzileiros lideraram uma das maiores ofensivas da Otan contra o Taliban no Afeganistão no sábado, um teste da política de reforço de tropas do presidente norte-americano, Barack Obama.
Os fuzileiros pousaram em helicópteros no distrito de Marjah, o último reduto do Taliban na província de Helmand, nas primeiras horas de uma campanha da Otan para impor o controle governamental em áreas de domínio rebelde antes das forças dos EUA iniciarem a retirada planejada do país em 2011.
O capitão Ryan Sparks comparou a intensidade dos combates à ofensiva liderada pelos norte-americanos contra militantes iraquianos e estrangeiros da Al Qaeda na cidade de Fallujah em 2004.
"Em Fallujah, foi igualmente intenso. Mas lá, começamos pelo norte e progredimos rumo ao sul. Em Marjah, partimos de locais diferentes rumando para o centro, por isso recebemos tiros de todos os ângulos", disse Sparks.
Tropas afegãs e da Otan podem ter avançado na ofensiva, mas o ataque, um de vários, contra a cerimônia de hasteamento da bandeira atraiu tiros e indicou que o Taliban não pretende largar armas.
MILITANTES MORTOS
Sher Mohammad Zazai, general afegão baseado no sul do país, disse à Reuters neste domingo que entre 30 e 35 insurgentes foram mortos desde o início da operação em Marjah e no distrito vizinho de Nad Ali.
Citando comandantes, o porta-voz do Taliban, Qari Mohammad Yousuf, disse no site do grupo que foram lançados ataques diretos contra tropas lideradas pela Otan em várias partes de Marjah e que algumas delas foram cercadas em uma área.
A operação de 15 mil soldados foi batizada de Mushtarak, ou "juntos", talvez para ressaltar que as forças da Otan e do Afeganistão estão determinadas a trabalhar unidas para restabelecer a estabilidade no país.
Mesmo se a Otan desferir um golpe duro no Taliban em Helmand, os militantes na lista de alvos dos EUA operam em outros redutos dentro do Paquistão ou perto da fronteira.
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