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sábado, 20 de fevereiro de 2010
Questão da permanência militar no Afeganistão derruba governo da Holanda
O primeiro-ministro da Holanda, o social-democrata Jan Peter Balkenende, anunciou na noite desta sexta-feira (19) a queda de seu governo de coalizão, depois que os partidos integrantes não chegaram a um acordo sobre o prolongamento da missão das tropas holandesas no Afeganistão.
"Apresentarei à rainha, no mais tardar pela manhã, a demissão dos ministros e secretários de Estado do PvdA" (Partido Trabalhista), disse Balkenende em Haia.
Os ministros de três partidos da coalizão de centro-esquerda estavam reunidos desde o final da manhã desta sexta para estudar o pedido, feito pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), de que a Holanda permaneça por mais um ano no Afeganistão, até agosto de 2011, com uma missão "pequena", cujo objetivo principal seria treinar as tropas afegãs.
Os trabalhistas defendem a retirada das tropas, mas os social-democratas querem a manutenção, por considerar que se trata de uma "obrigação" do país com a Otan.
No país asiático desde 2006, a Holanda mantém soldados na província de Oruzgan (sul). Sua retirada deve começar em agosto e terminar no fim do ano, segundo decisão tomada em 2007 pelo governo e ratificada pelos deputados.
Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro holandês afirmou que os partidos da coalizão, também integrada pela União Cristã, perderam a confiança mútua.
"Onde não há confiança, as tentativas para um acordo ficam frustradas de antemão", disse Balkenende.
O trabalhista Wouter Bos esclareceu que a postura de sua legenda foi baseada em uma decisão de 2007, quando o governo, com o apoio da maioria do Parlamento, resolveu que deixaria o Afeganistão no fim de 2010.
Bos destacou que, durante as negociações que a coalizão manteve sobre a questão, as alternativas de seu partido não eram levadas em conta. Por esse motivo, após horas de discussões, os trabalhistas decidiram abandonar o governo.
Fonte: Portal G1
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