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domingo, 21 de fevereiro de 2010
Irã diz que fabricará placas de combustível nuclear em quatro meses
O Irã será capaz de encapsular urânio enriquecido a 20% em placas de dispersão de combustível nuclear em quatro meses, assegurou neste domingo o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do país, Ramin Mehmanparast. A tecnologia marcará mais um avanço iraniano em seu controverso programa nuclear, em meio a campanha dos Estados Unidos para a aprovação de uma quarta rodada de sanções contra o país.
"Quem alega que Teerã carece da tecnologia suficiente para fabricar placas que permitam dispersar o combustível nuclear deve esperar para ver o resultado de nossos trabalhos em quatro meses" afirmou Mehmanparast, rebatendo versão de especialistas de que o Irã, isolado por sanções há décadas, não tem tecnologia e conhecimento necessários para manter um avançado programa nuclear.
Segundo Mehmanparast, a tecnologia para a produção das placas "não difere muito da qual se necessita para produzir as barras de combustível como as que já são fabricadas na central de conversão de urânio de Isfahan", situada no centro do país e inaugurada em abril de 2009.
"Uma equipe desta usina está atualmente trabalhando com o urânio a 20%", acrescentou o porta-voz, ressaltando que a tecnologia que o Irã possui é nacional e, por isso, não pode ser afetada por nenhum tipo de sanção contra a exportação de peças e tecnologia para a República Islâmica.
"O Irã sempre desenvolveu sua atividade nuclear sob a supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e eles são conscientes de que o Irã tem a capacidade de produzir as placas de dispersão de combustível", assinalou.
"Nossa esperança é que a AIEA defenda sua identidade e seu prestígio, e impeça que a vontade política de alguns países concretos se imponha à comunidade internacional", concluiu.
As grandes potências ocidentais, com os Estados Unidos à frente, acusam o Irã de ocultar, sob seu programa civil, outro de natureza clandestina e aplicações bélicas cujo objetivo seria a aquisição de armamento nuclear, alegação que Teerã rejeita.
Fonte: EFE
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