EUA disparam mísseis no Paquistão

Uma aeronave-robô dos Estados Unidos matou cinco militantes na região paquistanesa do Waziristão do Norte, próxima da fronteira com o Afeganistão.

Os EUA ampliaram os ataques com aeronaves-robô no reduto da Al Qaeda e do Talibã no Waziristão do Norte desde que um suicida jordaniano explodiu uma bomba que matou sete funcionários da agência de espionagem norte-americana CIA, em uma base norte-americana instalada na fronteira do leste do Afeganistão, em dezembro.

O ataque deste domingo, que disparou dois mísseis, foi feito contra um centro militante próximo da cidade de Mir Ali, a 280 quilômetros sudoeste de Islamabad, afirmaram autoridades paquistanesas. Não houve informações sobre a identidade dos mortos.

Os disparos foram feitos enquanto forças norte-americanas lideram uma das maiores ofensivas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra o Taliban no Afeganistão em um teste inicial da estratégia do presidente norte-americano, Barack Obama, de incrementar as forças do país na região.

Além de combater o Taliban no Afeganistão, os EUA querem erradicar redutos existentes em áreas tribais da etnia Pashtun no lado paquistanês da fronteira.

O Paquistão se opõe a ataques promovidos por aeronaves-robô, afirmando que eles representam uma violação de sua soberania e alimentam sentimentos contrários aos EUA o que acaba dificultando os esforços de Islamabad contra a militância.

O exército do Paquistão conseguiu progressos contra soldados do Taliban que combateram o Estado nos últimos 10 meses, mas exclui a possibilidade de uma grande ofensiva contra as facções afegãs do Taliban em seu território, afirmando que suas forças já estão sobrecarregadas.

Os Estados Unidos promoveram 13 ataques com aviões-robôs no Paquistão este ano, segundo acompanhamento da Reuters, ante 51 no ano passado e 32 em 2008.

Em um incidente separado, uma bomba explodiu em uma cidade na província de Sindh, no sul do Paquistão, matando três pessoas e ferindo outras 15, afirmou a polícia. Não houve reclamação de responsabilidade pelo ataque.

Fonte: Reuters