domingo, 28 de fevereiro de 2010

Apartir de amanhã vale novas regras em aeroportos

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Apartir de amanhã (01/03) vai ser obrigatório a apresentação de documento de identidade com foto nos portões de embarque dos aeroportos brasileiros como determina a nova regra da ANAC.

Esta medida já é adotada pelos países europeus e norte-americanos, e o Brasil esta se adequando as novas normas internacionais de segurança de identificação de passageiros.Esta medida se mostra muito acertada, pois após o check-in no balcão da companhia aerea o passageiro tem o trajeto ate o portão de embarque, o que pode favorecer atos ilícitos, sendo o mais comum aqui no Brasil, o passageiro faz o check-in e outra pessoa embarca em seu lugar uma vez que não havia verificação de documentos após o check-in, o que demonstra uma grande falha de segurança que vem a ser sanada com as novas regras.

Com a nova medida acaba também a necessidade de passageiros que realizaram check-in pela internet de carimbar suas passagens, uma vez que a conferência da documentação será feita diretamente no portão de embarque.

De acordo com a resolução, índios podem embarcar com documento de identidade ou autorização de viagem expedida pela Funai.

Os documentos podem ser originais ou cópias autenticadas, desde que assegurem a identificação do passageiro. O boletim de ocorrência continua sendo admitido para embarque em casos de furto, roubo ou extravio do documento, se emitido há menos de 60 dias.

Crianças e adolescentes, até 18 anos incompletos, devem apresentar documento de identificação com foto ou certidão de nascimento, além de comprovação de parentesco com o responsável. A Anac avisa que, nesses casos, também é necessário consultar previamente as exigências para viagens estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Vara da Infância e Juventude dos locais em que o menor for embarcar.

Então se você vai embarcar apartir de amanhã lembre-se de deixar sua identidade a mão, e mais uma coisa, o check-in ainda é obrigatório e deve ser realizado no máximo 30 minutos antes do previsto para decolagem. Eu recomendo que quando vá viajar de avião o passageiro realize o check-in no máximo 40 minutos antes, para não correr o risco de perder o voo, como é muito comum assistirmos hoje nos aeroportos, em algumas companhias atrasam os voos por causa deste passageiros que não tem um pingo de responsabilidade, mas em algumas companhias se chegar com menos de 30 minutos para decolagem atenção, você vai ficar no chão.

Autor: Angelo D. Nicolaci - GeoPolítica Brasil
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Irã não desistirá de programa nuclear, diz aiatolá

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O líder supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, nega que o país esteja fabricando uma bomba atômica, mas reitera que não pretende desistir do programa nuclear. "A república Islâmica conseguiu várias conquistas no campo da tecnologia nuclear, apesar de todas essas pressões, e vai desenvolvê-las o tanto quanto necessário para que consiga autossuficiência neste campo científico e tecnológico", afirmou.

Na opinião do líder religioso, a agência de vigilância nuclear das Nações Unidas, que começa a discutir hoje seu último relatório sobre a república islâmica, não possui independência. Clamando para que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deixe der ser "influenciada pelos Estados Unidos", Khamenei afirmou, em discurso aos embaixadores do país no exterior, que algumas das recentes "medidas e relatórios da agência mostram sua falta de independência".

A AIEA inicia hoje, em Viena, uma rodada de discussões sobre seu mais recente relatório, em que expressa preocupação com o programa nuclear de Teerã e afirma que a república islâmica pode estar atualmente trabalhando em um conflito nuclear.

Fonte: Estadão
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Malvinas: resquício de um império decadente

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O imbróglio jurídico-político que envolve as Malvinas reflete o embate entre o direito à descolonização, invocado pela Argentina, e uma visão distorcida do direito à autodeterminação dos povos, utilizado pelo Reino Unido, confiando no fato de que a população das Ilhas é de maioria britânica. Não obstante, essa população fora importada para o arquipélago no processo de expansão mundial do império britânico. A posição britânica está respaldada na mais pura lógica do imperialismo e do colonialismo.

As Ilhas Malvinas situam-se no Atlântico Sul, a 480 km da costa argentina e a 14 mil km do Reino Unido. No passado, o arquipélago foi palco de reivindicações territoriais por parte da França, que foi expulsa pela Espanha, que o cedeu ao Reino Unido, que por sua vez o deixou desabitado. A Argentina, desde a conquista de sua independência, reclama a soberania sobre as Ilhas, jamais aceitando a ocupação britânica que desde 1833 ali mantém uma colônia.

O grande movimento de descolonização que animou a Assembleia Geral da ONU favoreceu incontestavelmente as pretensões argentinas. Quando a Organização foi criada, em 1945, havia mais de 80 nações sujeitas a regime colonial, onde viviam cerca de 750 milhões de pessoas, representando 1/3 da humanidade na época. No decorrer da segunda metade do século XX, após as chamadas “ondas de descolonização”, essa situação foi drasticamente revertida.

A partir dos anos 60, a Assembleia Geral adotou a “Declaração sobre a concessão da independência aos países e povos coloniais”, e já em 1962 instituiu um Comitê de Descolonização com o objetivo de impulsionar o processo de independência de territórios sujeitos à exploração das potências coloniais. O Comitê elaborou uma lista de territórios não-autônomos que incluía as Ilhas Malvinas, sinalizando positivamente à pretensão argentina. Cedendo às pressões internacionais, o Reino Unido iniciou um processo de negociações.

Fora da Organização, o apoio à Argentina não foi menos importante. Em 1976, a OEA declarou o direito de soberania irrefutável da Argentina sobre as Malvinas, e no mesmo ano o Movimento dos Não-Alinhados reconheceu a Argentina como proprietária legítima daquele território. Entretanto, as negociações nunca avançaram, resultando em um afrontamento militar entre os dois países em 1982, que terminou favorável ao Reino Unido. É verdade que a intervenção armada arquitetada pelo General Galtieri, numa tentativa desesperada de salvar a ditadura militar, provocou o efeito de ocultar os direitos legítimos do país sobre o arquipélago. Todavia, esses direitos estão muito longe de serem frágeis como pretendem os britânicos.

O imbróglio jurídico-político que envolve as Malvinas reflete o embate entre o direito à descolonização, invocado pela Argentina, e uma visão distorcida do direito à autodeterminação dos povos, utilizado pelo Reino Unido, confiando no fato de que a população das Ilhas é de maioria britânica. Não obstante, essa população fora importada para o arquipélago no processo de expansão mundial do império britânico. De fato, não é fácil encontrar justificativas para que um país localizado em outro continente, a 14 mil km de distância, exerça sua soberania sobre as Malvinas. A posição britânica está respaldada na mais pura lógica do imperialismo e do colonialismo. O princípio invocado pela Argentina foi concebido justamente para transformar uma ordem jurídica internacional que protege interesses colonialistas, a partir de uma dialética entre legitimidade e legalidade.

Na primeira década do século XXI, persistem ainda muitos territórios coloniais que aguardam o seu direito à independência. A inércia da ONU no caso das Malvinas justifica-se, em parte, pela condição do Reino-Unido de membro permanente do Conselho de Segurança, com direito de veto. A mesma lógica aplica-se à China no caso do Tibete.

A crise nas Malvinas é muito mais do que um problema argentino. Trata-se de um resquício do império decadente na América Latina, e para nós, brasileiros, de um encrave colonial no espaço do Mercosul. Acertou a Unasul e os 32 países da Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe (Calc), que inclui membros da Commonwealth, em respaldar as reivindicações de nosso país irmão.

Fonte: Carta Maior
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Terremoto de 8,8 graus devasta Chile

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Um terremoto de 8,8 graus de magnitude, um dos mais fortes das últimas décadas, matou 214 pessoas, deixou 15 desaparecidos e provocou sérios danos na região centro-sul do Chile na madrugada deste sábado.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, informou em mensagem à Nação que o tremor deixou 214 mortos, 15 desaparecidos e dois milhões de danificados.

"Foi um terremoto de grande força", disse Bachelet, advertindo que "ainda não é possível avaliar tudo".

Bachelet, que sobrevoou durante a tarde a região da cidade de Concepción, uma das zonas mais afetadas, pediu calma à população e manifestou suas condolências às famílias das vítimas.

O ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, já havia informado 214 mortos, mas advertindo que "este é um cataclismo de proporções imensas, e será muito difícil chegar a números exatos".

A diretora do Bureau Nacional de Emergências (Onemi), Carmen Fernández, informou que a zona da cidade de Concepción foi a mais atingida, e na região há cerca de 400 mil "afetados" pelo tremor, que pegou a população às 03H34 local (03H34 Brasília).

O tremor teve seu epicentro a 90 km de Concepción, cidade de meio milhão de habitantes 500 km a sul de Santiago. A ponte da cidade, construída sobre o rio Bio Bio, ficou destruída.

O terremoto provocou um tsunami que deixou cinco mortos e 11 desaparecidos na remota ilha de Robinson Crusoé, a 700 km da costa chilena.

Iván de la Masa, prefeito de Valparaíso, a cidade mais próxima da ilha, confirmou que uma série de ondas gigantes matou cinco pessoas e outras 11 estão desaparecidas em Robinson Crusoé.

A pequena ilha, com cerca de 600 habitantes, foi arrasada pelo tsunami. O local, que inspirou o narrador inglês Daniel Defoe a escrever 'Robinson Crusoé', não sentiu o forte terremoto, mas foi varrido posteriormente por uma série de ondas, que atingiram especialmente a baía de Cumberland, revelou o piloto Fernando Avaria.

"Tudo em uma distância de três quilômetros (em Cumberland) desapareceu", disse Avaria à Televisão Nacional do Chile, após manter contato com a ilha.

Na baía de Cumberland havia três pousadas, a prefeitura e várias repartições públicas.

Bachelet, enviou duas embarcações, dois helicópteros e um avião" a Robinson Crusoe, no arquipélago de Juan Fernández.

No momento do terremoto, que durou cerca de um minuto, os chilenos saíram aterrorizados para as ruas. Devido aos vários tremores secundários que se seguiram, as pessoas preferiram permanecer na rua, temendo abalos mais graves às construções.

A confusão foi agravada pela escuridão, já que a energia caiu em toda a região logo após o tremor. As linhas telefônicas também foram cortadas.

Em Santiago, muros caíram e prédios foram danificados.

A Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) informou que o aeroporto internacional de Santiago, o maior do país, ficará fechado por pelo menos 24 horas devido ao colapso parcial da estrutura do terminal de passageiros.


Segundo a DGAC, a pista do terminal não sofreu danos, mas a estrutura que sustenta a plataforma de passageiros ficou destruída.

Os voos internacionais com destino a Santiago estão sendo desviados para aeroportos argentinos como o de Mendoza (1.100 km a oeste de Buenos Aires)

O tremor também provocou problemas nos transportes rodoviários. Desmoronamentos nos acessos de ambos os lados da cordilheira dos Andes obrigaram o fechamento da passagem Cristo Redentor, principal ligação entre Chile e Argentina, muito utilizada para o transporte de cargas.

A via foi reaberta às 09h00 (06H00 GMT), com recomendações de precaução.

Algumas regiões da Argentina também sentiram o terremoto, cujos tremores secundários chegaram a mais de 6 graus de intensidade. O mesmo ocorreu na cidade de São Paulo, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília.

O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, que assume o poder no dia 11 de março, estimou que o terremoto representa um "duro golpe" para a população do país, destacando que esta é a pior catástrofe enfrentada pelos chilenos nos últimos 30 anos.

"O Chile deve se unir para estarmos mais preparados para novas catástrofes", destacou Piñera, garantindo que seu governo fará o que for necessário para priorizar a reconstrução do país.

Estados Unidos, Brasil, ONU e vários países europeus manifestaram seu pesar e ofereceram ajuda ao Chile.

O presidente americano, Barack Obama, lamentou as "centenas de mortos" no tremor e disse que os Estados Unidos "estão prontos para ajudar" as autoridades chilenas nas operações de socorro e reconstrução.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua "profunda preocupação" e se colocou à disposição para oferecer "a assistência que for necessária".

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, prestou suas "condolências aos que perderam membros da família e amigos" na tragédia.

O chanceler chileno, Mariano Fernández, pediu aos países que ofereceram ajuda humanitária que não enviem nada até que os serviços de emergência divulguem suas necessidades reais.

"Não é preciso que qualquer país envie ajuda antes que se determine as necessidades (...) Uma ajuda que chega sem pedido definido não auxilia muito", explicou o chanceler, que citou o exemplo do Haiti.

A possibilidade de um tsunami colocou uma vasta área do Pacífico em estado de alerta, incluindo Havaí, Califórnia, Austrália, Filipinas e Polinésia, mas estas regiões foram atingidas apenas por pequenas vagas.

Na Austrália, as autoridades registraram uma elevação do nível do mar de apenas "alguns centímetros", e no Havaí houve um aumento do nível do mar de menos de um metro (três pés). Na Califórnia, o fenômeno foi mínimo.

Na Polinésia, o arquipélago das Marquesas (nordeste) foi atingido por uma série de ondas de quase dois metros, mas exceto por danos menores em barcos, não ocorreram maiores problemas. O mar recuou cerca de 15 metros entre uma onda e outra, segundo um funcionário local.

As ilhas de Tahiti e Moorea, onde vive a maior parte da população polinésia, foram atingidas por vagas de menos de 50 centímetros, do mesmo modo que as ilhas Gambier.

O terremoto de hoje foi o segundo mais potente dos últimos 20 anos, atrás apenas do tremor de 9,1 graus na escala Richter registrado em dezembro de 2004 na costa da Indonésia, que desencadeou a tsunami que matou 220.000 pessoas.

Em 1960, o Chile foi alvo do terremoto mais forte já registrado no mundo, de 9,5 graus Richter, que deixou 3.000 mortos. O país se encontra no ponto de convergência de duas grandes placas tectônicas.

A maioria das construções da capital não sofreu danos externos, embora muitas tenham sido afetadas no interior, principalmente com vidros quebrados e objetos derrubados.

O Chile está acostumado com os terremotos, e conta com uma legislação rigorosa para a construção de imóveis, que devem ser equipados com dispositivos de segurança para aguentar a força dos tremores.


Brasil avalia ajuda ao Chile

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste sábado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e ao Ministério das Relações Exteriores que façam uma avaliação da situação no Chile para avaliar as medidas de ajuda que o Brasil pode adotar.

O pedido de Lula foi feito depois de tomar conhecimento que a presidente Michelle Bachelet decretou estado de catástrofe. Na madrugada deste sábado, o país foi atingido por um terremoto de 8,8 graus de magnitude, o maior em 25 anos.

"O governo brasileiro expressa sua disposição de prestar ao governo e ao povo chileno a assistência que se faça necessária", afirma nota do Itamaraty divulgada neste sábado. Segundo o ministério, Lula manifestou profunda preocupação.

O Itamaraty informa que a embaixada do Brasil em Santiago está trabalhando para dar apoio aos brasileiros que estão no país. Informações sobre brasileiros no Chile pode ser conseguidas pelo telefone (61) 8197 2284.

O terremoto matou ao menos 78 pessoas, informou a presidente do país Michelle Bachelet. Segundo o ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, 34 das mortes foram registradas na região do Maule, a 300 quilômetros ao sul de Santiago.

Ainda ocorreram 13 mortes em Santiago, dez na região de O'Higgins, quatro em Valparaíso e três em Araucania, a 670 quilômetros ao sul de Santiago.

Na região do Bio-Bio, a 500 quilômetros de Santiago, onde ocorreu o epicentro do terremoto, registrado às 03h36 de hoje, foram confirmadas dez mortes, mas se presume que exista um número maior, segundo o subsecretário do Interior, Patrício Rosende.

Com relação aos danos materiais, ainda estão sendo avaliados. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido alguns danos em suas instalações e informou que várias pontes ficaram danificadas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.


Fonte: AFP / Folha
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A Amazônia Azul

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Em uma materia muito interessante de nosso parceiro E.M.Pinto, editor do Plano Brasil, um de nossos parceiros (UNION) trás a você amigo leitor um espaço que serve de fundamentação para o início das discussões uma vez que este serve para demonstrar o interesse e as viabilidades de um investimento em larga escala na defesa e desenvolvimento da atividade naval.

A partir dai seguiremos para as concepções dos meios necessários para a efetiva vigilância e defesa do litoral Brasileiro.

Acesse e participe já, basta clicar no título desta postagem para acessar. Seja bem vindo a bordo.
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CHENGDU J-10 B o vigoroso dragão Chinês

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Você conhece o novo caça chinês de 4,5G? Se a resposta é não, você pode conhecer esta fantástica maquina chinesa em um trabalho de pesquisa detalhado que só nosso amigo Wellington editor do DEFESA AEREA pode lhe oferecer, então acesse já clicando no título desta postagem, e mesmo quem já conhece este caça pode obter muito mais conhecimento a respeito deste caça multifunção que é um dos avanços que a china tem dado no setor de Defesa e que tem nos saltado aos olhos nos ultimos anos.

A matéria é completa e de leitura simples e detalhada sobre o histórico, qualidades e dados técnicos desta aeronave.

Acesse já, o GeoPolitica Brasil recomenda esta leitura.
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sábado, 27 de fevereiro de 2010

EUA sobem tom com Brasil sobre Irã

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Os EUA levarão ao governo brasileiro um recado: é um “erro” o Brasil não apoiar sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU, disse o principal diplomata de Washington para a América Latina, Arturo Valenzuela. A secretária do Estado, Hillary Clinton, vai subir o tom em sua visita a Brasília na quarta-feira, nos encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Hillary vai insistir na necessidade de unidade internacional para pressionar o Irã, segundo apurou o Estado.

“Queremos que os brasileiros sejam mais enérgicos com os iranianos”, disse ontem Valenzuela, que é secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental. “Se o Brasil não usar seu relacionamento com o Irã para pressionar os iranianos a cumprirem suas obrigações internacionais, nós vamos ficar decepcionados.” Em San Salvador no encerramento de seu giro na América Latina, Lula rejeitou a pressão americana. “Eu vou visitar o Irã e não tenho de prestar contas a ninguém, a não ser ao povo brasileiro”, disse o Presidente.

O Irã se transformou em uma fonte de irritação nas relações Brasil-EUA. O Presidente Lula recebeu seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em Brasília em novembro. Lula deve retribuir a visita em maio, quando vai à Teerã.

Os americanos estão irritados com a iniciativa de Lula de receber Ahmadinejad de braços abertos e a relutância em apoiar sanções contra o País no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil tem afirmado que o Irã não deve ser isolado pela comunidade internacional – exatamente o contrário do que pretende a Casa Branca.

Ontem, em depoimento ao Congresso, Hillary foi taxativa: “Estou a caminho da América Latina. E o Irã está no topo da minha agenda”. Segundo a secretária de Estado os EUA mostraram a países que estavam ambivalentes o tipo de ameaça que o Irã apresenta. “Vamos atrás de pressão e sanções para mudar o comportamento e mandar um sinal internacional claro de que o programa de armas nucleares do Irã não é permitido”.

Fonte: Estadão
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Porta-aviões dos EUA faz campanha para Boeing no Rio

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Depois de 16 dias socorrendo vítimas do terremoto no Haiti, o porta-aviões norte-americano USS Carl Vinson chegou hoje à Baía de Guanabara em outra missão de socorro, desta vez em favor da Boeing, autora de uma das propostas para vender 36 caças ao Brasil no projeto FX-2, de US$ 10 bilhões. Tendo a bordo 60 aviões, entre eles alguns F-18 Super Hornets - que a empresa oferece na disputa contra os Rafale da francesa Dassault e os Grippen da sueca Saab -, a embarcação de 332,85 metros, e com dois reatores nucleares virou paisagem para o comandante do Grupo-Tarefa de Porta-Aviões Nº 1+ dos EUA, contra-almirante Ted Branch, elogiar o produto americano. Um representante da Boeing, Michael Coggins, também deu entrevista, oferecendo aos brasileiros parceria para transferir tecnologia e desenvolver a próxima geração do jato, com a Embraer e outras empresas do setor.

"Não sou vendedor, nem representante", afirmou Branch, sorridente, na conversa de menos de quinze minutos em terra, no Píer Mauá."Sim, temos F-18 a bordo. Este é um caça muito capaz, completo, talvez o mais completo caça disponível no mercado hoje em dia. O Brasil tomará a decisão correta, mas posso afirmar que este é um caça de excelente capacidade."

Menos diplomático que o militar, o civil Coggins criticou os concorrentes. "Acho que o histórico dos franceses aqui no Brasil, em termos de apoio aos aviões Mirage e a helicópteros aqui em solo é horrível. E foi bem documentado por muitas pessoas aqui no Brasil. É uma das razões pela qual a Força Aérea Brasileira prefere não trabalhar com o Rafale", disse ele, garantindo que o Super Hornet seria entregue no prazo.

Decisão política

Coggins reconheceu que Brasil e França têm uma longa parceria estratégica e disse que há um elemento político na decisão. Lembrou que outras autoridades americanas visitaram ou vão visitar o Brasil nos próximos dias, como o procurador-geral. Eric Holder, a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o secretário de Comércio, Carlos Gutierrez, indicando que todos devem pressionar em favor da proposta americana. Coggins também lembrou que Hillary, o secretário de Defesa, Robert Gates, o Congresso e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deram garantias aos brasileiros de transferência de tecnologia.

Admitiu, porém, que o Brasil não confia nos Estados Unidos. "A questão é: o Brasil confia nos Estados Unidos, basicamente? Não. Então, temos que trabalhar a questão da confiança. Acho que minha mensagem para as pessoas é: deem-nos a oportunidade para ganhar sua confiança", afirmou, dizendo que a proposta americana é a que traz mais vantagens nos campos político, econômico e militar para o Brasil.

Ele comparou a situação à decisão do presidente Richard Nixon de reatar relações com a China no início da década de 70. "Vejam onde a China está hoje. Trinta anos depois (da visita de Nixon à China), teve um boom econômico, baseado em exportações, em grande parte lastreado na sua capacidade de vender nos mercados dos EUA. Estamos oferecendo a mesma oportunidade aqui no Brasil", afirmou ele, que negou, porém, que o USS Carl Vinson estivesse em "missão de vendas".

O press kit distribuído pelo Consulado dos EUA, porém, trazia, além de informações sobre Branch, outros dois militares e a embarcação, um release de sete páginas sobre o Super Hornet.

Fonte: Estadão

Foto: Galante / Poder Naval
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EUA dão última cartada para vender caças

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Em uma última cartada para tentar reverter a escolha do francês Dassault Rafale como novo caça da FAB, os Estados Unidos sugeriram ao Brasil que uma eventual seleção de seu Boeing F-18 facilitaria a negociação para a compra de cerca de 200 Super Tucanos da Embraer por Washington.

A Folha apurou que o recado foi enviado, de forma diplomática e discreta, pela delegação que prepara a visita na semana que vem da secretária de Estado, Hillary Clinton, a Brasília. O subsecretário para Assuntos Políticos, número 3 da hierarquia diplomática americana, esteve ontem com o ministro Nelson Jobim (Defesa).

Mas William Burns não quis comentar a possibilidade da compra dos Super Tucanos. "O que posso dizer é que o F-18 é o melhor caça disponível, o único provado em combate real, e que oferecemos uma transferência de tecnologia sem precedentes", disse. O assunto será retomado por Hillary.

O negócio dos Super Tucanos, turboélice de ataque e treinamento, vem sendo acalentado há meses pela Embraer. Eles seriam absorvidos principalmente pela Marinha americana -que já comprou uma unidade para testes. Como é um produto estrangeiro e não tem similar americano, pode ser comprado diretamente pelo governo sem a necessidade de licitação, obrigatória no caso de haver uma opção local.

Não se trata de uma questão de compensação em termos de preço. Depois de várias renegociações, o governo decidiu comprar o Rafale em um pacote de 36 aviões com manutenção por 30 anos na casa dos US$ 10 bilhões. O F-18 foi oferecido por US$ 7,7 bilhões. O modelo preferido na avaliação técnica da FAB, o sueco Gripen NG, por US$ 6 bilhões. Os três aviões são os finalistas da concorrência dos caças, que se arrasta há quase uma década.

Por um preço de US$ 10 milhões por avião, valor médio das recentes vendas da Embraer do Super Tucano na América do Sul, o negócio americano poderia sair por algo como US$ 2 bilhões. Mas abriria um mercado virgem ao país e daria uma sinalização estratégica -são poucos os países que têm equipamento sendo usado pelas Forças armadas mais poderosas do mundo.

Como o negócio não está na praça, naturalmente é visto pelos brasileiros como conversa de vendedor. Jobim e os militares brasileiros têm grande restrição a produtos americanos pelo justificado medo de que embargos futuros inviabilizem o uso do avião ou de algum de seus sistemas de armas.

O ministro chegou a desqualificar o Gripen por ter uma turbina americana, derivada da utilizada no próprio F-18. O problema da crítica é que ela ignora o fato de os Super Tucanos que a FAB opera principalmente na Amazônia terem motores "made in USA".

Além disso, há uma decisão política de manter a França como parceira militar prioritária do Brasil. Desde o ano passado, foram assinados acordos para comprar R$ 22,5 bilhões em submarinos e helicópteros.

Fonte: Folha
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Conexão Diplomática

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Diferenças à parte — e elas serão uma parte extensa e importante da agenda —, Brasil e Estados Unidos devem dar passos concretos em pelo menos duas direções durante a visita da secretária de Estado Hillary Clinton, que chega a Brasília nesta quarta-feira. Ela e o ministro Celso amorim pretendem estabelecer um mecanismo de consultas regulares em nível de chanceleres, em base anual, com as reuniões se alternando entre os dois países. Trata-se de uma modalidade que traduz um patamar mais elevado de relações diplomáticas. E vai formalizar uma tendência que vem dos últimos anos do governo Bush, quando amorim e Condoleezza Rice, antecessora de Hillary, passaram a conversar por telefone com maior frequência. Em pouco mais de um ano de governo Obama, o ritmo se intensificou e o cardápio se diversificou. Agora, inclui troca de impressões sobre o conflito do Oriente Médio, o impasse com o Irã, o combate às mudanças climáticas e outros temas de alcance global.

Dentro da “agenda positiva”, Hillary e amorim devem também prosseguir com as conversações sobre um acordo para favorecer investimentos e trocas. A ideia começou a ser trabalhada na visita do representante comercial dos EUA, Ron Kirk, no ano passado. Como sócio do Mercosul, o Brasil está impedido de fechar com os EUA um tratado bilateral de comércio, mas pode negociar facilidades de menor alcance.

Carne de pescoço

Não faltarão à mesa das conversas da secretária, com o ministro e com o presidente Lula, temas sobre os quais Brasília e Washington andam divergindo pública e repetidamente. Começando pelo Irã, até porque Lula retribuirá em maio a visita do colega Mahmud Ahmadinejad. Fontes próximas ao chanceler amorim garantem que “eles (os americanos) não têm falado nisso”, mas ninguém duvida de que Hillary insistirá para que o Brasil apoie uma nova rodada de sanções contra o regime islâmico. Difícil será convencer o Itamaraty e o Planalto de que o melhor caminho é isolar Teerã. Por sinal, durante a viagem com o presidente ao México, o ministro conversou por telefone com o colega iraniano, Manouchehr Mottaki. Naturalmente, o lado brasileiro dará “o troco” cobrando mais ação dos EUA para destravar o processo de paz entre Israel e a Autoridade Palestina, que Lula visitará no mês que vem.

Em cima da hora

A pouco menos de uma semana para a chegada da ex-primeira-dama, que faz sua primeira visita à América Latina como chefe da diplomacia americana, uma numerosa delegação da embaixada esteve no Itamaraty na manhã de quinta-feira. Foram discutidos os últimos detalhes da agenda de Hillary em Brasília, o esquema de segurança e acertos técnicos para a entrevista coletiva que ela deverá conceder ao lado do colega anfitrião. Como a vinda da secretária foi confirmada apenas na semana passada, os preparativos começaram um pouco em cima da hora para o gosto dos diplomatas envolvidos.

E por falar…

…em Irã, o impasse com o regime islâmico sobre o programa nuclear voltará à agenda diplomática brasileira nas próximas semanas. Além do secretário americano de Defesa, Robert Gates, é esperado em Brasília o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o japonês Yukiya Amano. Com ambos, o discurso do governo Lula será o mesmo: três rodadas de sanções impostas a Teerã tiveram resultado pífio, e o uso da força colocaria em maus lençóis até mesmo os governos árabes mais avessos aos aiatolás, como os do Egito e da Jordânia. Trocando em miúdos, o Brasil ouve com boa vontade as ponderações, mas continua achando que o remédio é engajar Ahmadinejad.

No boletim

Mais em evidência ainda, nesses dias, ficou a posição brasileira sobre a espinhosa questão dos direitos humanos em Cuba. Como seria de esperar, outros governantes cobraram de Lula uma declaração mais contundente sobre a morte do dissidente Orlando Zapata, que coincidiu com sua visita a Raúl e Fidel Castro. Com o país de volta ao Conselho de Segurança da ONU, em vaga rotativa, e mais candidato do que nunca a uma cadeira permanente, é de esperar também que a diplomacia brasileira tome nota das reações internacionais ao que é dito — e ao que não é dito — pelo governo.

Fonte: Correio Braziliense
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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Gol prevê dobrar margem operacional para 13% em 2010

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A Gol Linhas Aéreas quer crescer até 18% em volume de passageiros transportados em 2010, a mesma taxa que prevê para a expansão da demanda por voos domésticos no mercado. A segunda maior companhia aérea brasileira também pretende alcançar uma margem operacional de 13% este ano, praticamente o dobro do resultado do terceiro trimestre de 2009, de 6,6%.

"O Brasil está num momento muito bom, com o crescimento da nova classe média. Cada vez mais pessoas estão preparadas para viajar de avião", afirma o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da companhia, Leonardo Pereira.

O executivo diz que a projeção de demanda tem como base um crescimento de até 6% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, já que a aviação comercial cresce, em média, três vezes o resultado do PIB. Já a estimativa de dobrar a sua margem operacional está fundamentada na política da companhia de reduzir custos, aumentar a oferta com aviões maiores e ampliar a utilização diária das aeronaves.

De acordo com as projeções divulgadas ontem, o custo por assento por quilômetro (cask) da Gol deverá se situar entre R$ 0,085 e R$ 0,089 em 2010. No ano passado, a empresa estima que o custo ficou em torno de R$ 0,092. Isso vai ser possível, segundo Pereira, porque a Gol vai aumentar a operação de aeronaves da Boeing 737-800, com capacidade para 185 pessoas, substituindo o modelo anterior, o 737-700, que transportam 144 passageiros.

A Gol também pretende diluir seus custos ampliando a utilização diária de suas aeronaves de 11,9 horas em 2009 para 12,8 horas este ano. "Esse aumento da utilização dos aviões também será possível com um maior número de voos diretos, para cidades como Belém e Manaus, por exemplo", diz Pereira.

O executivo afirma não acreditar que haja uma guerra tarifária em 2010. No entanto, no ano passado, quando a intensa oferta de preços de passagens mais baratas afetou a rentabilidade do setor, o valor médio que o passageiro paga por quilômetro voado (yield, que mede a variação nos preços das passagens) da Gol ficou em torno de R$ 0,20.

Para este ano, o executivo estima que o yield médio da Gol deverá ficar parecido com o registrado do ano passado, entre R$ 0,19 e R$ 0,21.

Fonte: Valor Econômico
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Governo se torna sócio da Avibrás

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A Avibrás Aeroespacial, principal fabricante de produtos militares do País, vai ganhar um sócio: o governo federal. O grupo, de São José dos Campos, terá a participação do sistema financeiro da União na proporção de 15% a 25% - isso ainda está sendo discutido.

Não haverá aporte direto de dinheiro. Na forma prevista na Lei 11941/09, a presença dos recursos será efetivada por meio da conversão das dívidas da Avibrás. O anúncio da primeira parceria público-privada do setor de Defesa é esperado para abril.

A Avibrás está em regime de recuperação judicial desde julho de 2008. O valor do processo, cerca de R$ 500 milhões, foi superado pelo cumprimento de um rico contrato firmado com a Malásia, para fornecimento de baterias, munições e equipamentos de apoio da última geração do lançador de foguetes Astros-II, carro-chefe do grupo.

Esse sistema de armas brasileiro é o principal recurso dissuasório da força terrestre malaia na região de tensão permanente no sudeste asiático.

A quarta etapa da encomenda foi entregue em sigilo há apenas dois meses. Uma bateria completa, das carretas lançadoras à central de comando, mais 12 veículos blindados 4 x 4, embarcaram no porto de Santos dia 29 de dezembro de 2009.

Segundo o presidente do grupo, engenheiro Sami Hassuani, "as contas estão em dia: os compromissos trabalhistas foram quitados e, a dívida com os fornecedores está paga; abrimos 600 vagas". A participação do governo tem tamanho - 1,2 mil páginas, soma do texto principal e dos 12 documentos anexos.

O faturamento do grupo formado por quatro unidades acomodadas em duas instalações, está crescendo. Foi de R$ 60 milhões em 2007, bateu em R$ 250 milhões em 2009, "e tem potencial para chegar aos R$ 500 milhões até dezembro", avalia Sami. Segundo o executivo, a Avibrás pode vender cerca de 1,4 bilhão por ano trabalhando nos seus mercados tradicionais, do Oriente Médio até a Ásia, além de abrir praças novas na América Latina e África. Hassuani não confirma, mas os governos de Angola e da Colômbia teriam revelado interesse na linha Astros-II e nos foguetes ar-terra Skyfire, de 70 mm.

O Astros-II que a Malásia está recebendo é a quinta geração tecnológica do projeto, desenvolvido permanentemente desde que o lançador foi apresentado em 1980. O painel é digital, a navegação é operada por GPS e sinais de satélite, a central de comunicação é criptográfica. O veículo, uma carreta com tração integral sobre o qual a plataforma de disparo - de foguetes com raio de ação entre 9 e 150 km - com cabine é montada, é o Tatra, da República Checa. O blindado 4x4 de Comando, Controle e Comunicações, também é novo. Pesa 14 toneladas e recebe todas as informações de combate - dos dados meteorológicos às ameaças de ataque. "Podemos entrar com ele e seus derivados, inclusive versões da classe 8x8, para completar a família de carros couraçados sobre rodas que o Exército está interessado em formar."

A próxima etapa é um ambicioso programa, o Astros 2020. "Trata-se de um conceito novo, sustentado pelo conhecimento já adquirido", explica Sami. Vai exigir investimentos estimados em R$ 1,2 bilhão, dos quais cerca de R$ 210 milhões aplicados no desenvolvimento. "Ele vai se integrar com o míssil de cruzeiro AV-TM, de 300 quilômetros de alcance, na etapa de testes e certificação", explica Hassuani para quem "o empreendimento 2020 vai permitir ao Exército, por exemplo, integrar o Astros com a defesa antiaérea, criando um meio de uso comum para as plataformas, os caminhões, parte dos sensores eletrônicos e os veículos de comando".

Fonte: Estadão
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Comissão fixa em 50 anos sigilo de documentos ultrassecretos

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A Comissão Especial de Acesso a Informações Detidas pela Administração Pública aprovou ontem o substitutivo do deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) ao Projeto de Lei 5228/09, do Poder Executivo.

O texto ratifica o dever de o poder público ser transparente, define procedimentos de acesso à informação pública, estabelece procedimentos de classificação de grau de sigilo - vedando o sigilo eterno de documentos - e prevê responsabilidades no caso de transgressão das regras.

Importante alteração trazida pelo substitutivo é a limitação em 50 anos do prazo máximo de sigilo das informações “ultrassecretas”. A proposta do Executivo previa prazo máximo de 25 anos, mas permitia renovações sucessivas e ilimitadas. “Eram 25 anos, renovados sucessivamente e de forma ilimitada. Nosso projeto limitou a uma renovação, atingindo os 50 anos, já desproporcionais e irrazoáveis. Mas nós precisávamos encaminhar para um entendimento. E foi possível essa proposta com o apoio dos deputados ligados à base do governo”, disse o relator.

Além de definir prazo para os documentos ultrassecretos, o parecer de Mendes Ribeiro prevê sigilo de 15 anos para documentos classificados como “secretos” e 5 anos para os “reservados”. Em todos os casos, a classificação pode ser renovada uma única vez.

O texto aprovado restringe a renovação por apenas mais um período e proíbe a exigência de motivação e identificação do pedido de informação.

Segundo Mendes Ribeiro, a proposta original tinha seu foco voltado para a administração pública federal, enquanto o substitutivo explicita que a lei se estende a todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), aos tribunais de contas e a todas as esferas de governo (federal, estadual e municipal). Também inclui as entidades privadas sem fins lucrativos destinatárias de recursos públicos voltados a realizações de ações de interesse público.

Internet - O substitutivo determina como obrigatório - e não apenas “preferencial” - o uso da internet para divulgação de informações, com exceção dos municípios com até 10 mil habitantes. Essas localidades menores, no entanto, ficam obrigadas a cumprir as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal de divulgar, em tempo real, as informações relativas à execução orçamentária e financeira.

A Controladoria Geral da União (CGU) foi mantida como órgão revisor de decisões no âmbito do Executivo. Em relação aos demais poderes, o texto remete à regulamentação por ato normativo interno. Caso um pedido de informação seja negado, o solicitante deverá recorrer primeiramente à autoridade hierarquicamente superior no próprio órgão que preferiu a decisão.

O texto aprovado também estabelece o acesso imediato à informação. Caso isso não seja possível, deverá ser viabilizada em até 20 dias, prorrogável por mais dez dias, ou encaminhado o pedido ao órgão público que detém a informação. A recusa ou atraso deliberado ao fornecimento da informação constituirão crime por parte dos agentes públicos previstos no Estatuto do Servidor Público (Lei 8112/90) ou na Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92).

Para relator, novas regras vão garantir o controle social e mudança no comportamento de servidores estatais

O relator Mendes Ribeiro Filho acredita que as novas regras são fundamentais para garantir o controle social da administração pública e uma mudança no comportamento dos servidores estatais, para que disponibilizem as informações de caráter público. Para dar tempo necessário à adaptação do poder público às novas regras, o parecer dá prazo de 180 dias para a regulamentação das normas.

Após a votação, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) considerou “intrigante” a ausência do governo e da imprensa na reunião final da comissão. Segundo ele, o governo, que “é constantemente atacado por tentar restringir o trabalho da mídia, deveria usar o projeto com um trunfo”, pois o projeto irá facilitar a apuração da mídia. Já sobre a imprensa, Gabeira disse que os meios de comunicação não deram ao texto o destaque merecido. “Nosso maior desafio agora será divulgar o projeto”, destacou.

O presidente da comissão especial, deputado José Genoino (PT-SP), informou que vai propor ao governo uma ampla divulgação do projeto e ao presidente da Câmara, Michel Temer, que coloque o texto na pauta do Plenário o quanto antes.

Fonte: Jornal da Câmara
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EUA reiteram neutralidade em conflito entre Reino Unido e Argentina

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O Governo dos Estados Unidos reiterou hoje sua neutralidade no conflito entre Argentina e Reino Unido pela soberania das ilhas Malvinas (Falklands), reavivado por causa da intenção britânica de buscar petróleo nas águas do arquipélago.

"Na medida em que há um conflito entre Reino Unido e Argentina pelo status das ilhas - do jeito que quiser chamá-las -, achamos que a questão deve ser conduzida por meio do diálogo", declarou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley.

"Nós continuamos neutros. Isto significa que apoiamos a retomada de negociações entre Argentina e Reino Unido para encontrar uma solução pacífica. Achamos que isto pode e deve acontecer por meio dos canais diplomáticos, e apoiamos o diálogo", afirmou Crowley a jornalistas.

Na quarta-feira passada, o chanceler argentino, Jorge Taiana, se reuniu com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para expressar a insatisfação de Buenos Aires com a exploração de hidrocarbonetos nas águas das Malvinas por uma companhia britânica.

O ministro lembrou que existem diversas resoluções das Nações Unidas que pedem uma saída negociada para a disputa e são contrárias à adoção de "decisões unilaterais" que agravem o conflito.

"Espero que o Reino Unido aceite o que a comunidade internacional lhe pede", afirmou Taiana.

Em resposta à reunião de Taiana com Ban, o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, reafirmou o direito das autoridades do arquipélago de explorar os recursos da região.

Fonte: EFE
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Chávez: suposto submarino britânico enviado às Malvinas é uma ameaça

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou como "ameaça real" o suposto envio de um submarino por parte de Londres às Malvinas o que, se for confirmado, é uma "insignificância" do "velho império britânico".

"O governo argentino disse que não vai usar a força militar, mas se for confirmada a questão do submarino, é uma ameaça real do velho império inglês carcomido", disse Chávez durante entrevista à imprensa, referindo-se a uma informação divulgada no site do canal estatal Telesur, recolhida na imprensa britânica.

"Se isso for verdade, é uma ridicularia, o submarino do ridículo", acrescentou.

O site da Telesur, com sede em Caracas, informou nesta quinta-feira sobre "a presença de um submarino inglês" a título de "reforço militar" nas Ilhas Malvinas, com o objetivo de resguardar "as prospecções de petróleo no arquipélago".

Fonte: AFP
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Líbia conclama jihad contra Suíça por proibição de minaretes

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O líder líbio Muammar Kadhafi convocou nesta quinta-feira uma "jihad" (guerra santa) contra a Suíça pela proibição feita pela Confederação Helvética de se construir minaretes no país - medida que qualificou de "ímpia" e "apóstata".

"É contra a Suíça descrente e apóstata que destrói as casas de Alá que deve ser proclamada a jihad por todos os meios", declarou, durante um discurso em Benghazi (leste) por ocasião da festa Mouloud que comemora o nascimento do Profeta Maomé.

Para o número um líbio, "a jihad contra a Suíça, contra o sionismo, contra a agressão estrangeira (...), não é terrorismo".

"Todo muçulmano, em qualquer parte do mundo, que tenha relações com a Suíça é um infiel... (está) contra o Islã, contra Maomé, contra Deus, contra o Alcorão", acrescentou o coronel Kadhafi ante milhares de pessoas.

Os suíços votaram no dia 29 novembro, com 57,5% votos a favor, a proibição de construção dos minaretes.

"Boicotem a Suíça: boicotem suas mercadorias, boicotem seus aviões, seus navios, suas embaixadas, boicotem esta raça ímpia, apóstata, que destrói as casas de Alá", insistiu Kadhafi.

Ouvido pela AFP, um porta-voz do ministério suíço das Relações Exteriores não quis fazer comentários a respeito.

As relações entre Suíça e Líbia se deterioraram depois da detenção, em julho de 2008, em Genebra, de um dos filhos do coronel Kadhafi, Hannibal, devido a uma queixa de duas pessoas que o acusaram de maus-tratos.

Pouco depois deste incidente, as autoridades líbias detiveram dois suíços e um deles, Max Goldi, continua preso em Trípoli.

Fonte: AFP
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Conheça nosso novo Parceiro - Aviação Geral do Tocantins

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Grandes amigos e leitores,

Venho anunciar mais um de nossos parceiros, que vem a somar ao nosso editorial e leque de notícias e informações.

Com grande prazer que venho anunciar a vocês o site AVIAÇÃO GERAL DO TOCANTINS, membro do grupo UNION de agências de noticias via Blogs, dos quais já fazem parte os seguintes membros:

PLANO BRASIL

HANGAR DO VINNA

DEFESA AEREA


Para conhecer este novo parceiro click sobre o titulo da postagem, ou no banner que esta na barra lateral junto ao dos nossos demais parceiros.

Acessem e tenham uma boa leitura.
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China pede cautela aos EUA em relação à venda de armas a Taiwan

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A China pediu aos Estados Unidos para falarem e agirem com cautela a respeito da venda de armas a Taiwan, em uma tentativa de evitar um "maior dano" nas relações entre Pequim e Washington, informou a agência oficial de notícias "Xinhua".

As declarações foram resposta a um relatório de inteligência militar americano que afirma que as Forças Aéreas da ilha não estão equipadas para resistir a um eventual ataque chinês.

Segundo a imprensa local, os especialistas militares chineses consideram que o fato de os EUA minimizarem a capacidade de combate aéreo de Taipé é uma fachada para a venda de armas à ilha.

"Qualquer outra venda de armas, especialmente se os EUA vender aviões de combate F-16 a Taiwan, aumentará as já tensas relações com a China", disse Tan Kaijia, professor da Universidade de Defesa Nacional do Exército de Libertação Popular da China.

Na terça-feira passada, o primeiro-ministro taiuanês, Wu Deem-yih assegurou que Taipé "não abandona seu pedido de 66 aviões de combate F-16" e acrescentou: "não retrocederemos até que a venda seja aprovada".

Por outro lado, um porta-voz militar chinês ressaltou hoje que a posição de Pequim de suspender seus intercâmbios militares com os EUA em resposta ao plano de Washington de vender armas a Taiwan "não mudou".

A China decidiu no mês passado suspender os intercâmbios militares com Washington depois que o Governo dos EUA notificou perante o Congresso que planejava vender a Taiwan equipamentos bélicos avaliados em US$ 6,4 bilhões, mas não incluía os aviões F-16 pedidos pela ilha.

Após o anúncio de venda de armas por Washington a Taipé, os líderes chineses consideram que o Governo americano rompeu sua promessa.

Em Taiwan, o anúncio foi interpretado como uma reafirmação do compromisso dos EUA com a defesa da ilha, alinhado com a Ata de Relações de Taiwan de 1979, contra o poderio militar chinês.

Taipé é um dos maiores motivos de conflito entre EUA e China, já que Pequim considera a ilha como parte de seu território (apesar de ela estar autogovernada desde 1949) e exige que Washington pare de fornecer apoio militar.

O encontro recente do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com o Dalai Lama; o conflito da censura do Google na China; os direitos humanos e a valorização do iuane são outros dos assuntos que dificultam as relações bilaterais.

Fonte: EFE
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Lula quer série de investimentos do Brasil em Cuba

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Na quarta e possivelmente última visita que faz a Cuba como chefe de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer dar um novo impulso às relações comerciais entre os dois países, como forma de minimizar os efeitos do embargo imposto pelos Estados Unidos à economia da ilha desde 1962.

Hoje, ao lado do presidente cubano, Raúl Castro, Lula visitou o porto de Mariel, a 50 quilômetros de Havana, que será totalmente modernizado com recursos principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que seja transformado no maior porto da América Central.

Os investimentos para sua modernização, segundo a Odebrecht, empresa responsável pela obra, é da ordem de US$ 800 milhões. Desse total, US$ 433 milhões serão financiados pelo governo brasileiro e o restante será de contrapartida do governo cubano.

A primeira parte desse empréstimo, de US$ 90 milhões, referentes à parcela de 2008, já foi liberada. Os cubanos, agora, aguardam a liberação da segunda parcela, que é relativa a 2009, de US$ 150 milhões, que ainda não foi aprovada.

Antes disso, porém, o governo cubano abriu negociações com o Brasil para conseguir mais US$ 230 milhões, justificando que seriam revertidos em exportação de produtos e serviços. Os recursos, mais uma vez, seriam provenientes do BNDES, com juros subsidiados e carências longas.

As verbas serão destinadas ainda à construção de rodovias, ferrovias e reabilitação e modernização das instalações portuárias. Serão construídos 18 quilômetros de estradas, 63 quilômetros de superestrutura para ferrovias e quase 13 quilômetros de vias ferroviárias.

Está prevista ainda a dragagem do canal de entrada do porto e da bacia de manobras do futuro terminal, que terá capacidade de movimentação de 1 milhão de contêineres por ano.

Lula quer ainda ampliar o comércio entre os dois países, que alcançou US$ 330 milhões, mas oferecendo um equilíbrio melhor na balança comercial, hoje francamente favorável ao Brasil.

Sete empresas brasileiras estão participando do encontro comercial realizado em Havana. O diretor da Agência Brasileira de Promoção e Exportações (Apex), Maurício Borges, estima que possam ser engatilhados negócios capazes de alcançar US$ 500 milhões neste encontro.

Dentro deste propósito de ajudar os países mais pobres, que possuem problemas econômicos, o presidente Lula já anunciou que quer, até 2012, que o governo de Cuba receba US$ 1,2 bilhão de créditos do governo brasileiro.

Antes do início do governo Lula, cujo primeiro mandato teve início em janeiro de 2003, estes investimentos tinham sido de apenas US$ 15 milhões.


Fonte: Estadão
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Argentina pressiona R.Unido na ONU e aumenta tensão sobre Malvinas

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O chanceler da Argentina, Jorge Taiana, propôs hoje ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a criação de uma mesa de negociação sobre a soberania das ilhas Malvinas, num momento de especial tensão nas relações com o Reino Unido.

"A Argentina está disposta ao diálogo e o Reino Unido se nega a sentar-se para dialogar e cumprir o mandato das Nações Unidas", disse Taiana na saída de uma reunião com o secretário-geral na sede da ONU.

O chanceler, que esteve acompanhado do embaixador argentino na ONU, Jorge Argüello, lamentou que Londres se negue a cumprir a obrigação de negociar sendo membro permanente do Conselho de Segurança.

Além disso, lembrou as resoluções da Assembleia Geral da ONU e de seu comitê de descolonização que exigem uma saída dialogada à disputa territorial.

Taiana assegurou que o secretário-geral "não está feliz em saber que a situação piorou" por causa das recentes tentativas britânicas de explorar reservas petrolíferas nas ilhas, enquanto ressaltou que Ban mostrou vontade de continuar as gestões.

"Temos que deixar que o secretário-geral continue com sua gestão de bons ofícios, que é uma gestão discreta", explicou.

O ministro das Relações Exteriores reiterou a determinação de Buenos Aires a usar todos os recursos diplomáticos e o direito internacional para proteger recursos que "pertencem aos argentinos".

Em entrevista coletiva antes da reunião, o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, assegurou a disposição do secretário-geral da ONU de escutar as exigências do Governo argentino.

"A ONU sempre está disposta a mediar, mas há uma condição, e é que para mediar deve haver duas ou mais partes. As duas partes devem querer, não só uma", acrescentou.

A tensão entre os dois países subiu nas últimas semanas após se tornar pública a intenção britânica de iniciar a prospecção de petróleo nas Malvinas, o que gerou uma irada resposta do Governo argentino.

Taiana foi às Nações Unidas após receber na terça-feira, numa reunião de líderes no México, o apoio dos 32 países da América Latina na disputa territorial.

O Reino Unido, que ocupa as Malvinas desde 1833, e a Argentina se enfrentaram em uma guerra pela soberania do arquipélago em 1982. No conflito, morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.

Em outras ocasiões, Taiana denunciou no comitê de descolonização da ONU a aplicação "ilícita" do lado britânico de um regime de cotas dos recursos pesqueiros e o que considera uma "ilegítima" concessão de licenças para atividades relacionadas a hidrocarbonetos.

Fora isso, Buenos Aires levou no ano passado a uma comissão das Nações Unidas a reivindicação de uma vasta extensão oceânica, baseada na ampliação da plataforma territorial, que chega até a Antártida e inclui as Malvinas e outras ilhas governadas por Londres.

Apesar dos protestos argentinos, esta semana uma plataforma petrolífera britânica foi levada a um local a 100 quilômetros ao norte do arquipélago.

O Governo argentino considera que as operações violam a soberania sobre as Malvinas e as águas das imediações e impôs restrições aos navios que partem de terra firme para as ilhas.

As Malvinas podem ter o equivalente a 60 bilhões de barris de petróleo. As prospecções estão nas mãos da empresa britânica Desire Petroleum, que esta semana declarou à imprensa do Reino Unido que a Argentina também começou seu próprio programa de prospecção petrolífera perto das ilhas.

Para evitar a presença britânica na exploração petrolífera, a Argentina anunciou no domingo passado a implantação de controles para o tráfego marítimo com as ilhas.

Em uma aparente resposta, Londres pôs um submarino à disposição da defesa militar das ilhas, embora a embarcação ainda não tenha chegado à região, como informou hoje o diário britânico "The Times".

Ao fim do dia, o Governo britânico reafirmou o direito das autoridades das ilhas Malvinas de explorar os recursos petrolíferos.

"O Reino Unido não tem dúvidas sobre a soberania nas ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, situadas no sul do Atlântico", afirmou o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, em comunicado.

Fonte: EFE
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Lula se encontra com Fidel e Raúl Castro em Cuba

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O presidente Luis Inácio Lula da Silva encontrou-se nesta quarta-feira, em Havana, com Fidel Castro, depois de percorrer com o atual governante, Raúl, as instalações do porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, em meio à polêmica causada pela morte do preso político em greve de fome Orlando Zapata, por quem a oposição havia pedido que intercedesse.

A amizade do presidente brasileiro por Fidel data de quando era líder sindical. Desde que o cubano adoeceu, em julho de 2006, e transferiu o poder a seu irmão e sucessor, Raúl, reuniu-se com ele duas vezes, em janeiro e outubro de 2008.

Segundo fontes diplomáticas, esta visita, a quarta desde que assumiu o poder em 2003, poderá ser a despedida presidencial de Lula em Cuba, já que seu mandato termina em janeiro de 2011.

Após a reunião com Fidel, Lula tem na agenda assistir a reuniões de trabalho de grupos de ministros e empresários de ambos os países, para depois conversar novamente com Raúl Castro, com quem se encontrou na Conferência do Grupo do Rio no México.

Ambos participaram da assinatura de novos acordos, que se somarão à cooperação existente e aos investimentos estrangeiros na ilha: uma fábrica de cigarros - Brascuba -, a prospecção de petróleo realizada pela Petrobras em águas cubanas do Golfo do México e fábricas de vidros e lubrificantes.

A visita de Lula, em uma viagem que o levará também ao Haiti e a El Salvador, tem alto conteúdo econômico já que o Brasil aprovou créditos a Cuba de cerca de 950 milhões de dólares, 350 milhões para venda de alimentos e 600 milhões para investimentos em agricultura e infraestrutura.

A concessão de emprestimos do Brasil a Cuba alcancará 1,2 bilhão de dólares em 2012 e contempla, também, investimentos em cultivos de arroz e cana-de-açúcar e na indústria farmacêutica.

A cooperação bilateral também ocorre na saúde e educação. Segundo dados oficiais cubanos, 626 jovens brasileiros se graduaram em Cuba em diversos níveis de ensino e, atualmente, 835 estudam, principalmente na área médica.

Após concluir sua apertada agenda nesta quarta-feira em Havana, Lula partirá para o Haiti na manhã de quinta-feira para expressar solidariedade para com a reconstrução da ilha, devastada pelo terremoto de 12 de janeiro; na sexta-feira realizará visita a El Salvador.

Fonte: AFP
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Brasil: vocação natural e vontade de potência

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Costuma-se falar de uma "vocação natural" dos países e dos povos, que estaria determinada pela sua geografia, pela sua história e pelos seus interesses econômicos. Mas ao mesmo tempo, sempre existiram países ou povos, que se atribuem um "destino manifesto" com o direito de ultrapassar os seus limites geográficos e históricos, e projetar o seu poder para além das suas fronteiras, com o objetivo de converter, civilizar ou governar os demais povos do mundo. Entretanto, quando se estuda a história mundial, o que se descobre é que nunca existiram povos com vocações inapeláveis, nem países com destinos revelados. Descobre-se também que todos os países que projetaram seu poder para fora de si mesmos, e conseguiram se transformar em "grandes potências", foram em algum momento periféricos e insignificantes, dentro do sistema mundial. E se constata, além disso, que em todos esses casos de sucesso, existiu um momento em que havia uma distância muito grande entre a capacidade imediata que o país dispunha e a sua vontade ou decisão política de mudar o seu lugar dentro da hierarquia internacional. Uma distância objetiva, que foi superada sem voluntarismos extemporâneos, por uma estratégia de poder competente que soube avaliar em cada momento o potencial expansivo do país, do ponto de vista político, econômico e militar. Donde se deva deduzir que existe uma "vontade de potência" mais universal do que se imagina, e que de fato o que ocorre é que a própria natureza competitiva e hierárquica do sistema impede que todos tenham o mesmo sucesso, criando a impressão equivocada de que só alguns possuem o destino superior de supervisionar o resto do mundo.

Por imposição geográfica, histórica e constitucional, a prioridade da política externa brasileira sempre foi a América do Sul. Mas hoje é impossível o Brasil sustentar os seus objetivos e compromissos sul-americanos, sem pensar e atuar simultaneamente em escala global. Partindo do suposto que acabou o tempo dos "pequenos países" conquistadores ( como Portugal ou Inglaterra, por exemplo), e que o futuro do sistema mundial dependerá, daqui para frente, de um "jogo de poder" entre os grandes "países continentais", como é o caso pioneiro dos EUA, e agora será também, o caso da China, da Rússia, da Índia e do Brasil, excluída a União Europeia enquanto não for um estado único. Nesse jogo, os EUA já ocupam o epicentro e lideram a expansão do sistema mundial, mas os outros quatro países possuem por si só, cerca de um quarto do território, e quase um terço da população mundial. E todos os quatro estão disputando hegemonias regionais, e já projetam - em alguma medida - seu poder econômico ou diplomático para fora de suas regiões.

Pois bem, o que se deve esperar, na próxima década, é que a Rússia se concentre na reconquista do seu antigo território e de sua zona de influência imediata; que a expansão global da China se mantenha no campo econômico e diplomático; e que a Índia siga envolvida com a construção de barreiras e alianças que protejam suas fronteiras, ao norte, onde se sente ameaçada pelo Paquistão e pelo Afeganistão, e ao sul, onde se sente ameaçada pelo novo poder naval da própria China. Desse ponto de vista, comparado com esses três "países continentais", o Brasil tem menor importância econômica do que a China e muito menor poder militar do que a Rússia e Índia.

Mas ao mesmo tempo, o Brasil é o único desses países que está situado numa região onde não enfrenta disputas territoriais com seus vizinhos, e por isso, é o país com maior potencial de expansão pacífica, dentro da sua própria região. Além disso, é o único que contou - até aqui - com uma dupla vantagem em relação aos outros três, do ponto de vista de sua presença fora do seu próprio continente: em primeiro lugar, o Brasil usufruiu da condição de "potência desarmada", porque está situado na zona de proteção militar incondicional dos Estados Unidos; e, em segundo lugar, o Brasil usufruiu da condição de "candidato-herdeiro" à potência, porque é o único que pertence inteiramente à "matriz civilizatória" dos Estados Unidos.

Por isso, aliás, a expansão da influência brasileira tem seguido até aqui, a trilha que já foi percorrida pelos Estados Unidos, e pelos seus antepassados europeus. Mas, além disso, é fundamental destacar que o Brasil contou nesse período recente com a liderança política de um presidente que transcendeu seu país, e projetou mundialmente sua imagem e sua influência carismática. Como passou em outro momento, e numa outra clave, com a liderança mundial de Nelson Mandela, que foi muito além do poder real, e da influência internacional, da África do Sul. Nesse sentido, o que primeiro se deve calcular com relação ao futuro brasileiro é que o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, representará, inevitavelmente, uma perda no cenário internacional, como aconteceu também com a saída de Nelson Mandela. Com a diferença que o Brasil já está objetivamente muito à frente da África do Sul.

Assim mesmo, para seguir adiante pelo caminho que já foi traçado, o Brasil terá que fazer pelo menos duas opções fundamentais e de longo prazo. Em primeiro lugar, terá que decidir se aceita ou não a condição de "aliado estratégico" dos Estados Unidos, da Grã Bretanha e da França, com direito de acesso à tecnologia de ponta, mas mantendo-se na zona de influência, e decisão militar, dos Estados Unidos. Caso contrário, o Brasil terá que decidir se quer ou não construir uma capacidade autônoma de sustentar suas posições internacionais, com seu próprio poder militar.

Em seguida, o Brasil terá que definir a sua visão ou utopia, e o seu projeto de transformação do sistema mundial, sem negar sua "matriz originária" europeia, mas sem contar com nenhum "mandato" ou "destino", revelado por Deus ou quem quer que seja, para converter, civilizar ou conquistar os povos mais fracos do sistema. De qualquer forma, uma coisa é certa: o Brasil já se mobilizou internamente e estabeleceu nexos, dependências e expectativas internacionais muito extensas, num jogo de poder que não admite recuos. A esta altura, qualquer retrocesso terá um custo muito alto para a história brasileira.

José Luís Fiori é professor titular do Instituto de Economia da UFRJ e autor do livro "O Poder Global e a Nova Geopolítica das Nações" (Editora Boitempo, 2007). Escreve mensalmente às quartas-feiras.


Fonte: Valor Econômico
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Obras em aeroportos não acompanham alta da demanda

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Ampliações em aeroportos do país não acompanham o ritmo crescente do número de passageiros. Nos 67 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária (Infraero), o número total de passageiros subiu de 71 milhões, em 2003, para 128 milhões em 2009. Apesar de o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ter vários projetos para ampliação e reforma de aeroportos, o número de benfeitorias vem se mostrando incompatível com a velocidade crescente da demanda.

Atualmente, de acordo com a Infraero, existem 44 obras do PAC para o setor. As atenções estão centradas nos 16 aeroportos das cidades que sediarão jogos da Copa, em 2014. Outras três obras se encontram paralisadas desde 2008 em Vitória, Macapá e Guarulhos.

O crescimento do número de passageiros ocorre devido às facilidades de financiamento e queda do preço das passagens. Em 2009, além de registrar o preço mais baixo dos últimos oito anos, as passagens ainda tiveram queda de 27,6% com relação a 2008. Além disso, as companhias começaram a vender as passagens em até 36 vezes, atraindo as classes C e D.

O problema mais grave continua sendo a falta de estrutura dos aeroportos, que não passaram por um processo de ampliação de pistas de pouso e decolagens, terminais de passageiros e esteiras de bagagens.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, por enquanto não existe nenhum projeto a ser realizado em tempo hábil para aumentar a capacidade dos aeroportos visando a Copa de 2014. "Para uma mudança significativa é necessário que haja a concessão dos aeroportos. Este é um dos únicos serviços públicos que não adota o sistema de concessão."

Para Godoy, o sistema de administração dos aeroportos precisa mudar. Eles deveriam ser geridos pelo sistema de concessão, com aferição de qualidade e ampliação da oferta de serviços.

De acordo com a Infraero, existe um plano de expansão programado antes mesmo da decisão do país de sediar a Copa do Mundo e a Olimpíada. "A empresa está segura de que o planejamento previsto será cumprido e a demanda será plenamente atendida", disse a empresa em nota divulgada pela assessoria. De acordo com a Infraero, foi investido , R$ 1,9 bilhão em grandes obras de engenharia nos aeroportos entre 2003 e 2009.

Os casos mais críticos são dos aeroportos paulistas. Qualquer atraso nos aeroportos de Congonhas ou Guarulhos pode afetar voos para outros Estados. Quando chove, as decolagens costumam a ser transferidas para outros aeroportos, como os de Campinas e Ribeirão Preto.

Segundo Godoy, o principal problema, além da falta de estrutura para que os passageiros possam se locomover de um aeroporto para outro, são as filas que se formam nos terminais, que não dispõem de instalações para atender a chegada de grande número de passageiros de uma só vez.


Fonte:Valor Econômico
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Justiça condena dois franceses após tumulto em voo da TAM

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O juiz federal Alessandro Diaferia, da 4ª Vara Federal em Guarulhos, na Grande São Paulo, condenou dois franceses por tumultuar um voo da TAM em dezembro do ano passado. De acordo com a sentença, divulgada na tarde desta terça-feira (23), outros três réus no processo - um casal de brasileiros e uma francesa - foram absolvidos.

Na sentença, Michel Ilinskas, de 61 anos, foi considerado culpado pelos crimes de atentado contra a segurança aérea e resistência totalizando 2 anos e 5 meses de prisão. As penas foram convertidas em pagamento de multa no valor total de 10 salários mínimos, além de 15 dias-multa (1/30 do salário mínimo vigente para cada dia-multa) e das custas judiciais.


Já a condenação do português naturalizado francês Antonio Francisco do Nascimento, de 63 anos, foi a 2 anos de reclusão pelo crime de atentado contra a segurança aérea, convertidos em multa no valor de 5 salários mínimos e 10 dias-multa, além das custas judiciais.

Foram absolvidos o casal Frederico Ritchie, 31, e Lucielen Cunha, 24, e a francesa Emilie Camus. Os cinco réus foram denunciados pelo Ministério Público Federal em janeiro deste ano. De acordo com o MPF, eles foram acusados de atentar contra a segurança aérea ao tentar invadir a cabine do piloto e impedir o prosseguimento da viagem, que tinha como destino Paris, no dia 6 de dezembro.

Na ocasião, a própria assessoria de imprensa da TAM informou que o avião demorou a decolar porque apresentou problemas mecânicos. Os passageiros reclamaram de a espera dentro da aeronave ter sido de quase quatro horas.

Por meio da assessoria de imprensa, a TAM informou que não falaria novamente sobre o caso e que vale ainda o primeiro pronunciamento feito no dia seguinte ao episódio. Nele, a empresa diz que, "após a manutenção, a aeronave não pôde decolar porque uma passageira decidiu desembarcar, sendo necessária a abertura do compartimento de carga e localização de sua bagagem".

Até as 18h30, o G1 ainda não tinha conseguido contato com o advogado dos franceses.

Passaportes liberados

Desde o início do caso, os cinco acusados estavam com os passaportes retidos e não podiam deixar o Brasil. Segundo a sentença, os três absolvidos já tiveram seus passaportes liberados pela Justiça.

Já Ilinskas e Nascimento, podem “voluntariamente fazer o depósito judicial dos valores aos quais foram condenados”. Só assim, o juiz “poderá rever” a situação dos dois e “autorizar o retorno deles” ao país de origem, como diz a nota divulgada à imprensa. “A gente tira um peso das costas”, disse Abrahão nesta terça, ao comentar a decisão do juiz federal. O advogado defende Ritchie e Lucielen.

Em entrevista no dia 22 de dezembro, os três franceses negaram ter agredido qualquer comissário de bordo, mas admitiram que havia passageiros revoltados. Ilinskas foi o único a ser acusado também por resistência à prisão e desacato, crime pelo qual acabou absolvido. Ele saiu do avião algemado. A cena foi filmada e colocada no Youtube.

Fonte: Portal G1
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Consultoria: orçamento da política espacial do País é o menor dos BRICs

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Estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados alerta para a fragilidade institucional e orçamentária da atual Política Espacial Brasileira.Para 2010, o orçamento previsto na proposta orçamentária é de R$ 353 milhões, contra R$ 415 milhões em 2009. Segundo o diretor da Agência Espacial Brasileira, Carlos Ganen, para fazer frente a todos os desafios, seria necessário o dobro dos recursos atuais.

Os outros países que têm o mesmo patamar de desenvolvimento do Brasil (Rússia, Índia e China, os BRICs) destinam muito mais recursos públicos aos seus programas. A China investe mais de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 1,8 bilhão) e planeja voos tripulados à lua até 2020. A Índia tem orçamento superior a 800 milhões de dólares ao ano, e a agência espacial russa conta com orçamento da ordem de 2 bilhões de dólares.

Atrasos - Entre as consequências, segundo analisa o estudo, está a postergação das metas estabelecidas pelo programa espacial brasileiro. Alguns exemplos, apenas para mencionar os principais projetos, são: atraso no lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, na sigla em inglês (CBERS-3), inicialmente previsto para 2009 e adiado para 2011; e atraso no lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS 1), cujo lançamento do quarto protótipo estava previsto para 2007 - e agora está marcado o teste para 2011.

A Agência Espacial Brasileira planeja lançar três satélites geoestacionários até 2013, para comunicação de dados, sendo o primeiro deles conhecido como SGB, Satélite Geoestacionário Brasileiro. Caso esses artefatos não sejam colocados em órbita, prossegue o estudo, o Brasil poderá perder posições orbitais definidas pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Telecomunicações - Em todo o mundo, a necessidade crescente de telecomunicações e a evolução tecnológica no setor, como a implantação da TV Digital, estão transformando o setor de satélites numa indústria multibilionária. Segundo dados de 2008 da Space Foundation, a atividade espacial mundial, incluindo bens e serviços, indivíduos, corporações e governos, movimentou 257 bilhões de dólares, dos quais 35% em serviços satelitais comerciais; 32% em infraestrutura comercial; 26% só do orçamento espacial do governo dos Estados Unidos; 6% dos outros governos; e somente 1% com lançadores e indústria de suporte.

Os Estados Unidos detêm 41% do mercado global de satélites, deixando 59% para o restante do mundo, sendo de 1,9% a participação do mercado brasileiro.

Fonte: Jornal da Câmara
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Lula inicia processo para acordo estratégico com o México

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega mexicano, Felipe Calderón, deram nesta terça-feira (23) o primeiro passo para a elaboração de um acordo estratégico que vincule as duas economias, as maiores da América Latina, e acabe com antiquados receios de empresários dos dois países.

Com a assinatura de um memorando de entendimento para começar a analisar a viabilidade do acordo, começou o processo que pode beneficiar mais de 300 milhões de pessoas (195 milhões de brasileiros e 107 milhões de mexicanos).

O anúncio foi feito após um encontro entre empresários dos dois países, com participação dos presidentes, após o fechamento da cúpula do Grupo do Rio, que aconteceu entre segunda e terça-feira no balneário turístico de Playa del Carmen, no Caribe mexicano.

Apesar de não se tratar ainda de um TCL (Tratado de Livre-Comércio), Calderón afirmou que o objetivo é "promover o crescimento e o desenvolvimento econômico" dos dois países, "fortalecer competitividade e a presença regional nos mercados internacionais" e aumentar o emprego.

Outro dos objetivos é "garantir o acesso real de produtos brasileiros e mexicanos aos mercados das duas nações, combatendo de maneira ágil e efetiva as barreiras que forem enfrentadas pelos exportadores".

O presidente mexicano convidou os empresários dos dois países a participarem do processo de análise sobre a conveniência de uma associação estratégica, cuja duração dependerá "da substância", assinalou.

Juntos, Brasil e México têm um PIB de US$ 2,66 trilhões, valor que representa cerca de 63% do PIB total da América Latina, segundo cálculos da companhia mexicana Consultores Internacionais (CI).

A ideia de um TLC entre Brasil e México foi rejeitada em outras ocasiões pelos empresários mexicanos, que afirmam que a economia brasileira é mais fechada que a mexicana e impõe maiores impedimentos tarifários ao comércio. No México as exportações e importações equivalem a 45% do mercado total, no Brasil apenas 22%.

Lula assegurou que México e Brasil têm condições de serem parceiros, já que não são adversários e "muito menos inimigos".

O presidente afirmou que o México tem que "virar a cabeça em direção à América do Sul" e não apenas "olhar para um lado", em referência aos EUA, país que recebe 80% das exportações mexicanas.

O Brasil "tem muitas semelhanças com o México" e os países têm "todas as condições para serem aliados", disse Lula, que questionou o "medo" que os empresários mexicanos sentem dos brasileiros, dizendo que "não sentem o mesmo em relação a americanos, japoneses ou alemães".

O governante aproveitou para lançar um desafio: realizar um grande encontro empresarial mexicano no Brasil, e um brasileiro no México, reunindo cerca de 500 empresários, para que discutam as semelhanças entre as duas nações.

"O Brasil não é mais perigoso que muitos parceiros do México, e certamente o México não é mais perigoso que muitos parceiros do Brasil", afirmou Lula, que disse que é "uma vergonha" o comércio bilateral entre os dois países, que fica em US$ 7 bilhões, valor considerado baixo.

Durante a reunião de Lula e Calderón, a empresa mexicana Idesa e a brasileira Braskem anunciaram que vão investir US$ 2,5 bilhões na construção e operação de um complexo petroquímico no México, que vai produzir um milhão de toneladas anuais de etilenos e polietilenos, gerando cerca de 800 empregos diretos e 2.200 indiretos.

Fonte: Folha
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Israel quer Brasil fora de negociações de paz

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A menos de três semanas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Israel e à Palestina, nos dias 14 e 15 de março, o Brasil recebeu uma mensagem direta para que não interfira nas negociações de paz entre os dois países e se una à comunidade internacional em favor de novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o Irã. Ambas as posições foram explicitadas pelo vice-diretor do Ministério de Relações Exteriores de Israel, embaixador Rafael Barak, ao Itamaraty e ao Palácio do Planalto na última segunda-feira.

O apelo de Jerusalém tem o objetivo de impedir que o ativismo do governo Lula no Oriente Médio venha a contribuir para o acirramento das turbulências na região. Em entrevista hoje, o embaixador Barak enfatizou que o governo israelense quer negociar um processo de paz com a Palestina sem intermediários.

Com o cuidado de enfatizar que o presidente Lula e seu governo podem contribuir com um clima mais favorável às negociações de paz, as mensagens de veto a uma atuação mais intrusiva do Brasil nesse processo foram reiteradas por Barak ao secretário-geral das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e ao embaixador Marcel Biato, da assessoria internacional da Presidência, na última segunda-feira.

"Nossa experiência é de manter uma negociação direta com a Palestina. Essa é uma negociação 1 para 1, sem mediações. Eu acredito fortemente nesse formato", afirmou Barak.

Sem nenhum meio de interferir na visita do presidente Lula ao Irã, em 15 de maio, Israel deixou em Brasília sua visão de que a atual posição do Brasil impede a unificação da mensagem da comunidade internacional em torno das sanções sobre interesses econômicos da Guarda Revolucionária Iraniana a Teerã.

"Nós conhecemos a boa intenção do Brasil. Mas, qual o resultado que colhemos até agora? O Irã está aumentando a instabilidade no Oriente Médio, apoiando o terrorismo e colocando em risco a efetividade do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)", afirmou Barak. "Não se trata de uma confrontação Israel-Irã, mas de uma confrontação entre o Irã e o mundo", completou.

Fonte: Estadão
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EUA prometem transferir tecnologia caso vençam licitação de caças, diz Jobim

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Os Estados Unidos prometeram transferir ao Brasil a tecnologia militar dos caças F-18 Super Hornet caso a Boeing vença a licitação para a compra de 36 caças aberta pelo Governo brasileiro.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, impulsionou a proposta americana em reunião ocorrida hoje com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a pedido do americano.

"A oferta do Super Hornet inclui compartilhar tecnologias avançadas com o Brasil", informou o Pentágono em comunicado divulgado após o encontro.

A nota também destaca que, se o Brasil comprar os caças americanos, "se abririam novas oportunidades de cooperação entre nossas Forças Armadas e as indústrias de defesa, e haveria benefícios no longo prazo para os dois países".

O Governo americano "afirma que apoia o projeto e fala de 98% (de transferência de tecnologia)", disse Jobim à imprensa após a reunião com Gates.

No entanto, o ministro reconheceu que a oferta apresentada pela empresa francesa Dassault leva vantagem na licitação.

"O presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) manifestou sua predisposição política em relação à França, mas é evidente que isso tem que ter um suporte técnico e é exatamente nisso em que estou trabalhando", afirmou.

Jobim analisa atualmente os detalhes das três ofertas de caças - os Super Hornet da Boeing, os Rafale da Dassault, e os Gripen da sueca Saab - e disse que entregará sua recomendação a Lula em até 20 dias.

Em seguida, Lula levará o tema ao Conselho de Defesa Nacional, órgão da Presidência. Depois da opinião do conselho, o presidente tomará a decisão final.

Jobim afirmou que a proposta vencedora deve contemplar a capacitação de pessoal brasileiro sobre os novos equipamentos, além da transferência de tecnologia.

Nesse sentido, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, comunicou ao Governo brasileiro que sua Administração autoriza a entrega de "informações relevantes e a transferência de tecnologias necessárias" por parte da Boeing.

Jobim disse que analisa agora o que significam "esses adjetivos" com a proposta americana nas mãos.

As outras duas ofertas também contam com a transferência de tecnologia, inclusive no caso da Saab, cujos caças usam peças e sistemas de vários países, como EUA, Alemanha, Israel, Reino Unido e África do Sul.

Durante o encontro, Gates e Jobim acordaram uma visita do secretário americano ao Brasil em abril, segundo o ministro.

Jobim também confirmou uma visita próxima de Hillary Clinton ao Brasil, mas não deu datas.

Em seu encontro com Gates, Jobim lhe colocou a "grande desconfiança da América do Sul em relação aos Estados Unidos", explicou.

No comunicado, o Pentágono ressaltou a "confiança" dos EUA no Brasil, refletida em sua oferta de transferência de tecnologia, e a "crescente importância" do país no cenário mundial.

Por outro lado, Jobim transmitiu a Gates a "grande desconfiança da América do Sul em relação aos EUA".

Gates admitiu essa falta de confiança, pois "há países que simplesmente falam mal" dos EUA, disse Jobim. O Pentágono não fez declarações sobre o tema.

Jobim - que seguiu para Cuba para se juntar à comitiva do presidente Lula, o qual chega hoje a Havana - disse que uma das fontes da desconfiança é o embargo americano sobre a ilha caribenha e pediu uma mudança em sua política de isolamento.

Além disso, o ministro falou que a cooperação americana na reconstrução ao Haiti ajuda a dissipar essa desconfiança existente na região.

Jobim admitiu que, nos primeiros dias após o terremoto no Haiti, houve tensão sobre as competências das tropas americanas e da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), liderada militarmente pelo Brasil, mas disse que o assunto foi resolvido.

O comunicado do Pentágono afirmou que a cooperação entre EUA e Brasil no Haiti foi "excelente".

O Brasil propôs a construção de uma pequena usina hidroelétrica com capacidade para gerar 32 megawatts de energia para Porto Príncipe, com um custo estimado de US$ 200 milhões.

"Precisamos de ajuda para isso e os EUA estão dispostos a ajudar", disse Jobim, que conversou sobre o assunto com Gates e com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, almirante Mike Mullen, com quem também se reuniu em Washington.

Fonte: EFE
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