domingo, 17 de janeiro de 2010

Jobim, FX-2 e Lula


Em questão de três meses, o ministro da Defesa se envolveu em polêmicas que sacudiram o Planalto e testaram sua força política diante de Lula

Em novembro de 2007, com Jobim na Defesa, o governo Lula tirou da gaveta uma antiga proposta, o projeto F-X, de compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). A ideia original era do tempo do governo Fernando Henrique.

Jobim convenceu os militares e o Planalto de que o negócio não deveria ser feito nos moldes de uma licitação normal, avaliando o melhor produto com o menor preço. Ele colocou a transferência de tecnologia como fator determinante na compra.

De fato, o projeto só começou a andar em maio de 2008, batizado de F-X2. Em novembro, foram selecionados como finalistas o Rafale (da francesa Dassault), o Gripen NG (da sueca Saab) e o F-18 Super Hornet (fabricado pela norte-americana Boeing). Em setembro de 2009, logo após assinarem acordo de R$ 24 bilhões com a França, do presidente Nicolas Sarkozy, para aquisição de submarinos, Lula e Jobim manifestaram preferência pelos caças franceses, gerando desconforto entre os militares.

No início de 2010, houve vazamento de informações do relatório que a Aeronáutica preparou para embasar a escolha do governo. O Rafale, preferido de Lula, ficou em último lugar. Desde o episódio, o governo tem ressaltado que a decisão será política e não técnica

A Aeronáutica informou que a melhor proposta é da Saab sueca. Se Lula contrariar o parecer da Aeronáutica, para adquirir os aviões franceses, terá de dar explicações aos brasileiros sobre o gasto superior. E se não comprar à França irá desagradar ao aliado Sarkozy

Fonte: Zero Hora
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