quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Homens de Honra, exemplos de vida
Charlie Brown era piloto de um B-17 do 379th BG em Kimbolton, Inglaterra.
Seu B-17 " Ye Old Pub " estava seriamente danificado, atingido diversas vezes por FLAK e por caças.
Com a bússola arruinada, ele voava perdido cada vez mais para o interior da alemanha nazista, ao invés de retornar à base na Inglaterra.
Após sobrevoar um aerodromo alemão, um caça foi enviado para derrubar a B-17.
O piloto Franz Stigler decolou com seu Bf-109. Ao se aproximar ele não podia crer no que via.
Em suas palavras:
-" Nunca vi um avião naquele estado.A seção traseira, o leme, os profundores muito avariados, artilheiro de cauda ferido. O nariz quebrado e furos por toda a fuselagem."
Embora estivesse armado e carregado, Franz emparelhou o 109 com a B-17 e olhou para Charlie Brow. O piloto estava apavorado e lutando com os controles do avião moribundo e cheio de sangue.
Ciente da desorientação do piloto, Franz acenou que eles girassem 180 °, escoltando o avião em uma rota segura para a Inglaterra.
Então saldou Charlie Brown e voltou para sua base.
Ao pousar, Franz informou ao CO que o avião foi abatido sobre o mar.
No debrief Charlie Brown e sua tripulação informaram o ocorrido, mas, foram instruídos à não falar sobre o episódio com ninguém.
Após 40 anos, Charlie partiu em busca daquele piloto que o salvou.
Após anos de pesquisa, ele encontrou Franz. Ele nunca citou o fato, nem nas reuniões do pós-guerra.
Eles se encontraram nos EUA numa reunião do 379 BG, com a equipe que estava viva porque Franz não disparou suas armas.
Quando perguntaram a Franz porque ele não derrubou a B-17 ele respondeu:
-" Não tive coragem de acabar com a vida daqueles homens que lutavam para viver.Voei ao lado deles por um longo tempo. Eles davam tudo de si para chegar sãos e salvos à sua base, e eu não ia impedi-los de viver. Simplesmente não podia atirar em um inimigo indefeso. Seria o mesmo se eu estivesse num paraquedas.
Colaboração: João Carlos Ferreira - Museólogo e sócio da Amaero.
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Já segurei isso aqui nos favoritos.
ResponderExcluirRealmente "inacreditável"! (claro que acredito)
Infelizmente lamento pelos colegas e pela juventude atual que não sabe mais o que isto significa.
Derrubariam o avião sem pestanejar sem uma gota mínima de piedade antes.
Parabéns pela matéria!
Defourt
Amigo Defourt,
ResponderExcluirInfelizmente hoje as pessoas em geral não tem mais honra, são poucos que ainda mantém alguma honra.
Por este motivo eu coloquei o tituo sugestivo nesta materia.
Obrigado por sua participação, pois é uma honra saber que meu trabalho de pesquisa e a colaboração de meus amigos esta sendo de utilidade para outras pessoas e um meio de difundir valores num mundo que hoje já não tem mais valores.
Um grande abraço e bem vindo ao nosso Hall de leitores.
errata = tituo -> titulo
ResponderExcluirEu é quem agradeço Angelo!
ResponderExcluirJá adicionei o blog e já me considero um leitor sim! Também adicionei a matéria e até bati uma "screen", devidamente creditada e com a identificação de seu blog, claro.
Realmente incrível esta história...
Se você me permitir uma sugestão, caso não tenha tido a oportunidade de tê-lo assistido:
No ótimo DVD (documentário) de nome:
"Um brasileiro no Dia - D"
há uma fantástica entrevista com o único brasileiro que pilotou na RAF durante a segunda guerra mundial.
Ele relata que também num combate fora salvo por um piloto alemão que não atirou quando ele precisou saltar do avião.
Pierre Closterman é o seu nome e fora a última entrevista deste ás da aviação, pois veio a falecer pouco tempo depois.
O baterista do "paralamas" (conjunto brasileiro de rock) João Barone quem o entrevistou pela última vez, neste DVD.
Uma comitiva da FAB também esteve presente para homenageá-lo.
Caso não tenha assistido não o perca!
Fica minha sugestão. Daria um ótima matéria também!
Obrigado mais uma vez,
Abraços
Não tinha assinado o meu último comentário.
ResponderExcluirEu vou ativar uma conta google para facilitar. (risos)
M. Defourt