quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Brasil sobe duas posições e é 4º em ranking de investimento

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O Brasil subiu duas posições, ultrapassando Grã-Bretanha e Hong Kong, e se tornou o quarto destino favorito para o investimento estrangeiro, diz uma pesquisa da consultoria A.T. Kearney.

O relatório Índice de Otimismo do Investimento Estrangeiro, publicado desde 1998, ouve executivos das principais companhias do mundo para saber onde e como eles pretendem investir no futuro.

No estudo de 2007, o Brasil estava na sexta colocação e, há seis anos, quando atingiu sua pior classificação, o país era apenas o 17º no ranking.

“O Brasil vem em uma trajetória de alta no ranking desde 2004. Tendo crescido fortemente apesar da gravidade da crise financeira, o país agora chegou às cinco primeiras posições pela primeira vez desde 2001”, diz o relatório.

Evolução do Brasil na pesquisa

Quando a A.T. Kearney iniciou a pesquisa, em 1998, o Brasil estreou como o segundo destino preferido dos investidores estrangeiros. Nos anos seguintes, o país se manteve nas quatro primeiras posições.

Mas, em 2002, ano da eleição de Luis Inácio Lula da Silva à Presidência, o país caiu para a 13ª colocação, caindo de novo em 2004.

"O Brasil finalmente está recuperando os patamares de confiança que detinha no final do século 20", disse à BBC Brasil o vice-presidente da A.T. Kearney, Dario Gaspar.

Segundo ele, o que possibilitou essa recuperação foi o crescimento constante da economia brasileira nos últimos anos, com prognósticos de mais expansão futura, e a estabilidade nas regras para negócios no país.

Gaspar aponta que as companhias que mais focam seus investimentos no Brasil são as dos setores petrolífero, construção civil e automobilístico.

A pesquisa mostra também que 22% desses investidores acham que as perspectivas brasileiras estão melhores agora do que há um ano. Apenas 2% pensam o contrário.

Tamanho otimismo só é superado em relação à China e à Índia.

Emergentes

Além do Brasil, China e Índia estão entre os cinco primeiros colocados do ranking.

É a primeira vez que esses três Brics aparecem juntos no topo da lista. O quarto Bric, a Rússia, foi apenas o 18º.

“Os gigantes mercados emergentes de China, Índia e Brasil estão ganhando força para se distanciar da crise, pois investidores de todas as regiões relataram forte confiança em seus futuros e enxergam os investimentos nesses países como indispensáveis para manter a competitividade no mercado futuro”, disse Johan Gott, diretor da A.T. Kearney.

A China lidera o ranking desde 2002. Já a Índia perdeu neste ano a vice-liderança para os Estados Unidos.

“Ao mesmo tempo em que os investidores podem ter confiança de longo-prazo na economia indiana, em época de incerteza econômica, eles preferem os destinos mais previsíveis e conhecidos”, diz o relatório, para explicar a ultrapassagem americana.

A pesquisa também destaca a situação da Grã-Bretanha.

Enquanto o panorama geral melhorou em países desenvolvidos, a “surpresa mais impressionante é o Reino Unido, cuja dependência do setor de serviços financeiros levou o país à crise atual”. O país caiu da quarta para a 10ª colocação desde 2004.

Fonte: BBC via Plano Brasil
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

F/A-18E/F Super Hornet a letal vespa norte-americana

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Conheça o Boeing F-18 Super Hornet, um dos finalistas do FX-2. Mas uma matéria fantástica de nosso parceiro Wellington do Blog Defesa Aerea.

Click sobre o titulo desta postagem e conheça esta maquina incrivel.

Mas uma matéria da série, ASAS do FX-2
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O Brasil e o gerenciamento do socorro após o terremoto

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O texto a seguir, sintetiza o que qualquer estrategista ou pessoa de bom senso percebeu desde o começo, vendo o noticiario sobre o terremoto no Haiti, e a gerencia do socorro aos Haitianos após o terremoto. Menos, como sempre, nosso governo.


Até terremoto tem seu lado bom, imaginaram os estrategistas do Planalto no dia em que o Haiti acabou.

Desde 2004 no comando da força de paz da ONU, ferido pela morte de Zilda Arns, de um diplomata e de 17 soldados, o Brasil conseguira com a tragédia o trunfo que faltava para assumir, livre de concorrentes, a condução das operações internacionais destinadas a ressuscitar o país em frangalhos.

E então tomou forma a má ideia: que tal aproveitar a favorável conjunção dos astros para fazer do Haiti um protetorado da potência regional que Lula criou?
Eufóricos com o surto de inventividade, os alquimistas federais transformaram o velório de Zilda Arns em comício e escalaram Gilberto Carvalho para o lançamento, à beira do caixão, do novo projeto nacional.

A frase de abertura surpreendeu os parceiros de roda de conversa: ”O Brasil perdeu uma grande militante e ganhou uma grande padroeira”. Alheio ao espanto provocado pela demissão sumária de Nossa Senhora Aparecida, substituída sem anestesia pela fundadora da Pastoral da Criança, o secretário particular do presidente foi ao que interessava:
“Devemos adotar o Haiti a partir de agora. Temos até uma mártir lá”.
“Vou me empenhar para que Zilda Arns ganhe o Prêmio Nobel da Paz”, emendou Lula na roda ao lado.
Expressamente proibida pelos organizadores do Nobel, a premiação póstuma foi autorizada uma única vez, para atender a circunstâncias excepcionais.
Em 1961, o estadista sueco Dag Hammarskjöld, secretário-geral da ONU ao longo da década anterior, já estava escolhido quando, às vésperas do anúncio formal, morreu num acidente aéreo.
Lula prometeu o que não acontece há 50 anos. Ou ignora a proibição(o q/é verdade) ou se acha mesmo o cara (o q/é verdade).
Enquanto o chefe apoiava candidaturas impossíveis em cerimônias fúnebres, Nelson Jobim e Celso Amorim articulavam o movimento de resistência à invasão do Haiti por soldados e médicos americanos, armados de remédios, alimentos e equipamentos de socorro.
A coleção de fiascos começou com a tentativa de retomar o controle do aeroporto da capital.
Quando preparava a contra-ofensiva, Jobim soube que os ianques estavam lá a pedido do governo haitiano.

Se não fosse tão desoladoramente jeca, o governo Lula teria aproveitado a vigorosa entrada em cena dos EUA para associar-se à única superpotência do planeta e aprender o que não sabe.
No pós-guerra, por exemplo, os americanos organizaram a reconstrução do Japão e da Alemanha.
O Brasil, que não consegue lidar nem com chuva forte, é um país ainda em construção. Mas o presidente acha que está pronto.

E preferiu disputar com Barack Obama o papel de protagonista.
Passada uma semana, só conseguiu ficar ainda mais longe da vaga no Conselho de Segurança da ONU, como avisa o resumo da ópera publicado neste 19 de janeiro pelo jornal espanhol La Vanguardia:
“O terremoto ocorrido há uma semana desnudou a incapacidade da Organização das Nações Unidas para fazer frente a um desastre de tais dimensões. A onerosa missão dos 8.300 capacetes azuis não serviu para nada no momento de enfrentar a emergência e organizar a ajuda aos haitianos. O Brasil, que tem aspirações ao status de potência regional latino-americana, mostrou, como coordenador das forças da ONU, incapacidade e falta de liderança”.

Enquanto os haitianos imploram pela salvação que teima em demorar, Celso Amorim continua implorando por audiências com Hillary Clinton. Enquanto soldados brasileiros lutam pelas vítimas do flagelo, Nelson Jobim luta para prolongar por cinco anos a permanência no Haiti das tropas que visita quando lhe convém.

Tanto os brasileiros que morreram em combate quanto os que continuam no Haiti merecem admiração e respeito. São heróis.

Políticos que ignoram o pesadelo inverossímil para concentrar-se em disputas mesquinhas, são gigolôs de terremoto.


Fonte: Augusto Nunes - http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

Colaboração: João Carlos Ferreira

Nota do Blog: O texto é excelente para discutirmos, pois trata-se de uma critica ao governo, ao meu ver o texto não reflete a minha opinião, mas deixe sua opinião.

Nota do Blog 2: Em breve normalizaremos a atualização de nosso conteúdo
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

INFORME

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Prezados amigos e leitores,

Durante esta semana nosso blog esta passando por manutenção. peço desculpas pela demora, e agradeço vossa compreenssão.

Um grande abraço

Angelo D. Nicolaci
Editor
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domingo, 24 de janeiro de 2010

Índia ainda ira demorar na escolha de novo caça

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O caça francês Rafale compete com outros cinco aviões na corrida pela maior licitação militar da história da Índia, para a compra de 126 caças que serão usados pela Força Aérea do país. O valor da licitação é de US$ 10,5 bilhões, segundo o Ministério da Defesa. Esse valor inclui não só os 126 aviões, mas também treinamento de pilotos, total transferência de tecnologia, e equipamentos bélicos dos aviões. A concorrência tem previsão de ser finalizada no fim de 2011 ou até meados de 2012.

No Brasil, o Rafale disputa com mais dois caças, o Gripen, da sueca Saab, e o F/A-18, da americana Boeing, a concorrência aberta pelo Ministério da Defesa. A proposta brasileira é comprar 36 caças – por um custo total que poderia chegar a US$ 5 bilhões, mas não foi oficialmente divulgado. O Rafale é o favorito do Planalto , mas o relatório da FAB dava preferência ao caça sueco .

Na Índia, o preço específico de cada aeronave das seis concorrentes – incluindo a francesa Dassault que fabrica o Rafale – não foi divulgado até agora. O preço de cada avião será conhecida quando começar a fase da coleta de preços, explicou uma fonte da Força Aérea Indiana.

Um dos capítulos mais importantes da maior licitação de Defesa da história indiana é o da total transferência de tecnologia. Pelos termos da licitação, a Índia vai receber os primeiros 18 jatos feitos no país-sede da empresa vencedora. Os 108 caças restantes serão totalmente fabricados por uma empresa indiana na Índia, através de uma licença dada pela vencedora. Assim como as outros concorrentes, a Dassault concordou com a cláusula de transferência total de tecnologia, condição obrigatória da Força Aérea Indiana.

Em licitações superiores a US$ 70 milhões, o governo indiano inclui a cláusula obrigatória segundo a qual a empresa vencedora deve investir pelo menos 30% do valor do contrato na indústria de defesa da Índia. Além do francês Rafale, concorrem a essa licitação os americanos F/A-18, e F-16; o russo MIG 35; o sueco Gripen; e o Eurofighter Typhoon (de um consórcio britânico, alemão, espanhol e italiano). Em abril do ano passado, a mídia indiana divulgou a notícia de que o Rafale teria sido excluído da licitação por não preencher todos os requisitos técnicos exigidos. Mas a notícia foi depois desmentida oficialmente pela Força Aérea.

Aeronaves são levadas ao extremo nos testes
A Índia divulgou o chamado Requerimento de Propostas para a compra dos 126 jatos em agosto de 2007 para as seis companhias que submeteram suas ofertas até abril de 2008. A licitação é dividida em duas partes: uma técnica e uma comercial.

Os testes dos seis jatos concorrentes começaram em julho do ano passado. Os testes são longos, complexos e feitos em condições climáticas extremas: testes em condição de humidade (em Bangalore); de extremo calor (no deserto de Jaisalmer, no estado do Rajastão); e de extremo frio, em Leh, na região do Himalaia indiano, extremo norte do país. A concorrência será aberta e comparada depois da escolha de três caças favoritos, após os testes. A previsão é que o processo termine em um ano e meio pelo menos.

Fonte: O Globo via poder aereo
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Bin Laden assume tentativa de atacar avião nos EUA

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A rede de TV Al Jazira transmitiu neste domingo uma mensagem gravada do líder do grupo terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, na qual este assume o atentado frustrado cometido pelo nigeriano Omar Farouk Abdulmutalab no dia 25 de dezembro passado contra um avião nos Estados Unidos.

"Nossos ataques continuarão enquanto continuar o apoio americano a Israel", disse Bin Laden, em uma gravação divulgada parcialmente pela rede e que o terrorista de origem saudita dirigiu pessoalmente ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Abdulmutalab, qualificado por Bin Laden como um herói, tentou explodir uma bomba em um avião da companhia Delta que aterrissaria em Detroit, mas a bomba que levava falhou.

Bin Laden, que disse que a agressão estava alinhada aos atentados cometidos pela Al Qaeda em 11 de setembro de 2001, em Washington e Nova York, insistiu em que a rede terrorista que dirige continuará seus ataques contra os EUA enquanto os palestinos continuarem vivendo na situação atual.

"Que os americanos não sonhem em viver em paz enquanto nós não vivamos na Palestina", disse o líder terrorista, antes de ressaltar que "não é justo que os americanos tenham uma vida [boa] enquanto nossos irmãos em Gaza sofrem uma situação miserável".

A Al Jazira informou que a mensagem de hoje de Bin Laden pode ter sido gravada no mês passado, mas não explica a razão de suas suspeitas e por que demorou tanto para divulgá-la.

Trata-se da primeira mensagem conhecida de Bin Laden desde a gravação sonora que divulgou em 25 de setembro do ano passado, na qual exigia a retirada das tropas europeias do Afeganistão.

O atentado frustrado contra o avião da Delta foi reivindicado em 28 de dezembro passado pelo braço da Al Qaeda na Península Arábica, que tem seu centro de operações no Iêmen.

O grupo terrorista, em comunicado, disse que a ação era uma represália "pela injusta agressão americana contra a Península Arábica" e reconheceu que a bomba "não fez uma plena explosão devido a uma falha técnica", apesar de que tinha sido testada.


Voo

O nigeriano Abdulmutallab tentou detonar um pequeno explosivo no voo da Northwest Airlines que seguia da Nigéria para os EUA, com escala em Amsterdã. Segundo o "Washington Post", ele teria colado um material na sua perna e então utilizado uma seringa para misturar produtos químicos com um pó, já a bordo do avião.

Ao fazê-lo, contudo, ele teria se incendiado. As pessoas a bordo logo sentiram um cheiro de fumaça e barulho semelhante a fogos de artifício.

Com a ajuda de um tripulante, um passageiro rapidamente se jogou em cima do nigeriano, o dominou e isolou, segundo relatou o passageiro Syed Jafry à CNN. O avião conseguiu aterrissar de maneira segura, aproximadamente às 13h de sexta-feira (25) (horário local).

O FBI está encarregado de investigar o incidente. Embora Abdulmutallab não estivesse em nenhuma lista de restrição para voos, seu nome apareceu nos arquivos da inteligência por vínculos suspeitos de terrorismo.

Segundo as redes de TV ABC e NBC, Abdulmutallab estuda engenharia na University College London. Ele disse as autoridades que tem laços com a Al Qaeda e que viajou ao Iêmen para pegar o equipamento incendiário e instruções de como utilizá-lo.

As autoridades, contudo, ainda têm que checar estas alegações e devem fazer muitos outros interrogatórios antes de determinar se as revelações do nigeriano são críveis.

Fonte: EFE
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Irã proibirá compra de aviões fabricados antes de 2000

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O Irã proibirá a todas as companhias aéreas nacionais a compra de aviões fabricados há mais de dez anos, anunciou o ministro de Estradas e Transportes iraniano, Hamid Behbahani.

O anúncio aconteceu horas antes do acidente no qual pelo menos 42 pessoas tiveram ferimentos de diversas gravidades, devido à queda de um avião classe Tupolev quando tentava aterrissar no aeroporto de Mashhad, uma das principais cidades do país.

Aparentemente, o avião, fretado pela companhia aérea local Taban com 157 passageiros a bordo e cerca de 15 tripulantes, sofreu um incêndio na cauda quando, às 6h30 (1h em Brasília), tentava chegar após uma primeira tentativa de aterrissagem abortada, devido ao nevoeiro.

"Até o momento, as companhias aéreas estavam autorizadas a comprar aviões fabricados em 1995, mas, muito em breve, só poderão adquirir aparelhos construídos a partir de 2000", disse Behbahani, cujas palavras foram citadas ontem à noite pela agência de notícias local Irna.

Segundo o ministro, o país tem atualmente 193 aviões de passageiros, dos quais 25 foram comprados neste ano. Os especialistas insistem, no entanto, em que o Irã tem uma frota aérea em condição crítica, muito antiga e com carências de manutenção.

As autoridades iranianas culpam por isso as sanções internacionais impostas pelos Estados Unidos, que impedem a compra de aviões novos e de peças de substituição.

Desde que as medidas punitivas foram impostas nos anos 80, a aviação iraniana sofreu vários acidentes com mais de 100 mortos.

Em 15 de julho, 168 pessoas morreram devido à queda de um avião de passageiros na província de Qazvin (200 quilômetros a noroeste de Teerã), em uma das piores tragédias aéreas da história do Irã.

O avião, um Tupolev de fabricação russa com 153 passageiros e 15 tripulantes, tinha partido do aeroporto de Teerã rumo a Yerevan, capital da Armênia.

O mais grave aconteceu em 2003, quando 302 pessoas, na maioria membros da Guarda Revolucionária --corpo de elite das forças de segurança iranianas--, morreram na queda do avião onde viajavam.

Fonte: EFE
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EUA se dizem "agradecidos" por papel do Brasil em relação ao Irã

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O novo embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, disse que seu país estava "agradecido" aos brasileiros por terem transmitido de maneira direta ao Irã as preocupações da comunidade internacional com a falta de transparência do programa nuclear de Teerã.

"O Brasil achou uma maneira de entregar algumas mensagens realmente importantes, e elas não são mensagens dos EUA, são amplamente compartilhadas e têm a ver com a importância de obedecer a acordos internacionais e respeitar direitos humanos, não só políticos, mas de liberdade religiosa", disse Shannon anteontem, em Washington.

"Também a importância de a comunidade internacional endereçar a grande falta de confiança na transparência do programa nuclear [do Irã]", continuou. "Somos agradecidos aos brasileiros por terem podido entregar essas mensagens de maneira direta."

A afirmação é a mais positiva até agora a vir da diplomacia do governo Barack Obama desde a aproximação recente entre o Brasil e o Irã, que culminou na recepção do iraniano Mahmoud Ahmadinejad pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro, ambos fatos que elevaram a tensão entre Brasília e Washington.

Confirma ainda teor de carta que Obama tinha escrito a Lula dias antes do encontro, em que, segundo relatos, pedia ao brasileiro que repassasse a posição americana em relação ao Irã, de maior engajamento desde que o regime dos aiatolás esclareça suas intenções nucleares e dê acesso ao seu programa.

"No fim, o teste de nossa diplomacia, não só dos EUA mas a brasileira, e o esforço internacional maior de lidar com o Irã serão julgados não por nosso engajamento ou pelos processos que usamos, mas por nossos resultados", disse. "E é isso que eu chamo de ter uma diplomacia movida a fatos. Nós temos de determinar o que funciona e o que não funciona."

Em encontro anteontem com os embaixadores dos EUA para Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, promovido pelo Brazil Institute do Wilson Center, Shannon disse ainda que os EUA estavam "encantados" com a presença no Conselho de Segurança da ONU do Brasil, que ocupa um assento provisório desde o dia 1º e luta por uma vaga permanente.

O diplomata americano começou a dizer que o país era uma potência emergente e depois se corrigiu: "O Brasil já emergiu; é um ator global, uma potência global". Nessa nova capacidade, afirmou, é normal que o país e os EUA "esbarrem" mais em assuntos inéditos.

"Um dos desafios que tanto o Brasil como os EUA têm, principalmente nossos corpos diplomáticos, é como vamos nos entender conforme vamos esbarrando um no outro em partes do mundo onde nós na verdade nunca tínhamos nos esbarrado antes", afirmou.

Em sua fala inicial, Shannon havia mencionado que o novo patamar do relacionamento bilateral trará "desafios": "Isso é uma coisa boa para a relação. Mas vai requerer alguma criatividade; vai requerer a reimaginação do possível".


Fonte: Folha
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Visão do governo Lula sobre a presença brasileira na tragédia do Haiti é menos humanitária do que política

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NEM 24 HORAS foram necessárias para que o governo Lula se desmentisse e, com fatos claros, confirmasse que sua visão da presença brasileira na tragédia do Haiti é muito menos humanitária do que política, na sua concepção de Brasil potência. Concepção, aliás, bem semelhante à de Brasil Grande criada pela ditadura, há 30 e tal anos atrás (por acaso ou não, também naquela altura foi feito com a fábrica Dassault um negócio caríssimo de compra de aviões de caça).

Por ora, o resultado de tal política é apenas o ridículo. Sem promessa de que o resultado final seja outro, senão pior, caso o governo não perceba que seu "enfrentamento" com os Estados Unidos está fora do lugar, da hora e das possibilidades mais concretas.

Na quinta-feira, por exemplo, Lula tomou a iniciativa de cobrar ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a distribuição de alimentos e água no Haiti seja feita só por civis. Na sexta, os soldados brasileiros montaram um posto de distribuição, no qual entregaram "22 mil garrafas de água e 10 toneladas de alimentos". Nada de mais, só um pequeno vexame de falta de orientação e organização.

Pior foi que, no desejo de impedir que os EUA façam o papel simpático de distribuir gêneros, os nossos estrategistas concentrados na sede provisória do governo (o Planalto está em obras) puseram Lula na contramão. As distribuições, em circunstâncias de desespero como as do Haiti, devem ser feitas por militares ou com forte presença militar, para evitar o tumulto e a violência dos famintos na distribuição civil e desarmada. Espera-se que a proposta de Lula tenha ficado, na ONU, só como um vexame telefônico.

A terceira impropriedade em 24 horas sobe de nível: é a explicitude da disputa com um toque de adesão ao estilo Chávez de política externa. O posto de distribuição foi montado ostensivamente diante do que resta do palácio presidencial, porque a área foi ocupada por soldados dos EUA. O que os responsáveis pela atitude brasileira pensariam estar provando ou provocando? Nada mais inteligente, apropriado e adulto do que o cutucão no colega em fila na escola. A não ser que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ainda que vestido à paisana, tenha explicação mais elevada, não relativa ao nível primário, mas já ao secundário.

Por falar nele, outro exemplo, entre vários possíveis, foi a resposta política brasileira ao envio de 7.000 soldados dos EUA para o Haiti. Lula e Jobim: "o Brasil vai duplicar sua presença". Mais 1.750 soldados, portanto. Deu manchetes, TV, entrevistas. Mas, de fato, a soma dos que vão substituir os recém-retornados e dos acréscimos anunciados é de 900, que são os já treinados para as atividades lá. Previsto recurso a soldados que já estiveram no Haiti. A Casa Branca deve ter-se impressionado com a "duplicação da presença brasileira".

Os EUA estão retirando parte do seu pessoal, mas decidiram mandar mais 10 mil pessoas, com a finalidade declarada de servirem à reconstrução. Aguardemos, ansiosos, a réplica do governo brasileiro. Sem perguntar o que imagina obter da disputa prioritária, que tudo indica ser unilateral, com os norte-americanos nesta hora trágica do Haiti.

Fonte: Folha
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Usiminas quer produzir aço para o Exército

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A Usiminas começou a se preparar para atender a demanda que será gerada pela renovação da frota de blindados do Exército brasileiro, autorizada no fim de 2009 pelo presidente Lula. A ideia da empresa é nacionalizar a indústria de defesa do país.

Para acompanhar o projeto Veículo Blindado Sobre Rodas, para o qual serão destinados R$ 6 bilhões em 20 anos na construção de mais de 2.000 blindados, a Usiminas montará uma linha de produção de aços especiais para blindados militares.

A empresa ainda não fechou contrato com o governo, mas seu projeto de produção de aços especiais já foi aprovado para receber recursos da Finep, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.

Os novos blindados, que serão chamados de Guarani, serão construídos na fábrica da Fiat/Iveco, em Sete Lagoas (MG). O aço, que deverá ser fornecido pela Usiminas, ainda não é produzido no Brasil devido à
ausência de demanda, segundo Darcton Policarpo Damião, diretor de pesquisa e inovação da empresa.

"A demanda que existia no mercado brasileiro era a da Engesa [empresa falida há mais de 15 anos, produtora dos blindados Urutu e Cascavel, hoje considerados obsoletos]. Depois acabou", diz Damião.

O fornecedor de aço para o protótipo, produzido pela Iveco, foi a ThyssenKrupp. "Queremos substituir a Thyssen no fornecimento", afirma Damião, que nega a ideia de que o projeto seja nacionalista.

"É do interesse do Exército usar um componente nacional. Barateia o custo. Trazer um produto da Alemanha, da Rússia, ou de qualquer lugar sai mais caro. Aí entra a competitividade do nacional. Esse é o fator que pede que os produtos de aço sejam aplicados com essa tintura verde e amarela. Não é patriotada. É custo", afirma.

Fonte: Folha
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Politização da tragédia

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A tragédia haitiana toca profundamente a dimensão humana das relações internacionais do início do novo século. No Haiti duela o realismo político, que vê poder e soberania a serem preservados ao final dos acontecimentos, contra a vontade idealista de um mundo povoado por mais previsibilidade, cooperação e equilíbrio entre fortes e fracos.

O desejável — ante o imenso esforço de agências multilaterais humanitárias, governos sensíveis ao drama e grupos organizados de diferentes sociedades de todo o mundo — seria que o drama da ilha caribenha fosse um ponto de inflexão para o melhoramento dos padrões de construção de normas internacionais. O que se está a observar, no entanto, não é animador no que tange à dimensão propriamente humanitária das relações internacionais. Militarizou-se o salvamento de vidas.

O Haiti está enclausurado pelas disputas da politização da tragédia. Depois de Copenhague, onde pesou o arranjo sino-americano, o Haiti é o novo palco para a exibição dos interesses e das quedas de braço entre grandes atores estatais. Esquecido pelas grandes potências, que minguaram recursos e esforços diplomáticos para o alívio da pobreza, o Haiti destes dias é exemplo de país miserável abandonado pela falta de coordenação internacional dos girantes da ordem internacional contemporânea.

Agora, em um passe de mágica, as mesmas potências reivindicam e agem, com mãos de força e poder militar, na operação do aplainar os cemitérios. Silenciou-se repentinamente o discurso monocórdio do combate irracional e linear ao chamado terrorismo internacional, conceito ainda não bem definido, de Bush a Obama. Tudo é humanitarismo nas lágrimas de crocodilos dos líderes cínicos. O que se ouve são discursos de desdobrada atenção ao drama do Haiti. E juras de salvação do povo haitiano às vésperas de eleições e interesses pragmáticos.

Politiza-se a ajuda internacional, como no caso do clima, dos direitos humanos, e de outros temas da agenda renovada das relações internacionais, quando o que importa é o esforço de salvar vidas. O governo do presidente Obama, no transcurso de um ano de sua posse na Casa Branca, não se faz muito diferente dos governos anteriores na sua área natural de hegemonia natural e concêntrica dos ianques. Esqueceram os esforços brasileiros no Haiti e de parte da comunidade internacional.

Apresentaram-se os norte-americanos, agora, por temor dos chineses na região, como os únicos capazes de salvar os flagelados. Desenvolveu Obama a solução militar, à moda iraquiana e das guerras africanas, a confundir ajuda com distribuição, por aviões em movimento, das migalhas aos desesperados. E ainda quer levar haitianos para, veja o inacreditável, a base militar de Guantánamo. Para que? Por quê? Leram a história de Guantánamo nos resumos da internet? Não possuem ideia do que essa ideia simboliza?

O Brasil devotou esforço, em especial aquele dos sacrifícios pessoais dos militares brasileiros, em missão de reconstrução humana, infraestrutural e gerenciada pela ONU no Haiti. Mas o país vem sendo apenas discretamente reconhecido pelos grandes atores, apesar dos afagos de conveniência de Obama ao presidente do Brasil. Obama agora quer oferecer os famosos US$ 100 milhões que o Brasil já havia solicitado para obras de infraestrutura do Haiti de forma a domesticar a opinião pública norte-americana e os interesses eleitorais. Mas não deu certo, como se verificou na eleição do senador republicano para o Congresso. Espero que o Brasil não faça o mesmo.

A coordenação dos esforços de construção do Haiti deve ser multinacional, a recordar que o esforço humanitário é apenas uma etapa para o longo prazo, de fortalecimento das instituições e da cidadania, ao lado da reconstrução social e econômica do país. A quadra histórica é a de mover apenas a dimensão humana para o centro das relações internacionais. Esqueçam senhoras e senhores líderes mundiais, ainda que apenas por uma noite de verão, o sonho eterno da preservação dos próprios poderes. O Haiti de lá e os Haitis daqui ficariam menos inconformados.


Fonte: Correio Braziliense
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Coreia do Norte considera "ataque preventivo" de Seul uma declaração de guerra

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As forças armadas da Coreia do Norte qualificaram hoje como "declaração de guerra" o plano da Coreia do Sul de lançar um "ataque preventivo" contra o país comunista para frustrar qualquer ataque nuclear, informaram as mídias oficiais.

Na última quarta-feira (20), a Coreia do Sul advertiu que estaria disposta a atacar de forma "preventiva" a Coreia do Norte caso fosse provado que o regime comunista de Pyongyang possui "intenções claras" de lançar um ataque nuclear.

A declaração foi dada pelo ministro sul-coreano de Defesa, Kim Tae-young, após Pyongyang ameaçar a Coreia do Sul com uma "guerra santa" em resposta a supostos planos de invasão de Seul e Washington em caso de instabilidade política no país comunista. Ele já havia feito comentários parecidos em 2008, quando era chefe do Estado-Maior sul-coreano, pouco depois que Pyongyang realizou vários testes com mísseis de curto alcance.

Hoje um porta-voz da Junta de Estado-Maior do Exército do regime comunista da Coreia do Norte respondeu a esse comentário, que considerou uma "aberta declaração de guerra", segundo a agência norte-coreana KCNA, citada pela agência sul-coreana Yonhap.

O porta-voz disse também que o Exército norte-coreano "tomará ações rápidas e decididas" contra qualquer tentativa de Seul de violar "nossa dignidade e soberania".

Fonte: France Presse
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Irã dará "boas notícias" sobre programa nuclear

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O regime iraniano dará "boas notícias" sobre o avanço de seu conflituoso programa nuclear e o processo de enriquecimento de urânio a 20% durante a primeira semana de fevereiro, anunciou hoje o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Perguntado pela imprensa local ao sair do Parlamento, onde hoje apresentou o orçamento geral para o próximo ano persa, o líder previu que a festa dos "dez dias da luz", que lembra a vitória da Revolução Islâmica, servirá para marcar um novo marco no progresso iraniano.

"Escutarão boas notícias sobre o desenvolvimento científico no país e a produção de combustível nuclear a 20% será parte dessas conquistas alcançadas para o povo. A notícia é tão boa que todos vão se alegrar", disse um sorridente Ahmadinejad, cujas palavras foram reproduzidas pela imprensa local.

Os chamados "dez dias da luz" começam em 1º de fevereiro e terminam no dia 11 do mesmo mês, data em que o Irã lembra a queda da monarquia e a vitória da revolta que derrubou o regime pró-ocidental do último xá da Pérsia, Mohamad Reza Pahlevi, em 1979

O Irã mantém uma disputa com grande parte da comunidade internacional por causa das suspeitas sobre o programa nuclear iraniano.

Países como Estados Unidos, Israel, França, Alemanha e Reino Unido acusam o regime iraniano de esconder, sob seu esforço atômico civil, um projeto de natureza clandestina e aplicações bélicas, cujo objetivo seria a aquisição de um arsenal nuclear, alegação que o Irã nega.

O conflito se agravou no final do ano passado, depois que o Irã rejeitou uma proposta de Washington, Paris e Moscou para enviar seu urânio a 3,5% ao exterior e recuperá-lo depois enriquecido a 20%, nas condições necessárias para manter operacional um reator nuclear civil em Teerã.

O Irã advertiu que, se não a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não fornecer, conseguirá o combustível "por seus próprios meios", enquanto Washington ameaçou adotar novas sanções, uma opção que parece ter a aprovação do Reino Unido, França e Alemanha.

Rússia e China, especialmente, consideram que é preciso continuar o diálogo com Teerã e dar mais tempo à negociação, para conseguir uma solução global.

Durante os "dez dias da luz", o regime iraniano anunciou que também dará boas notícias sobre seu programa aeroespacial, aparentemente graças à implementação de vários satélites.

Fonte: EFE
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sábado, 23 de janeiro de 2010

Reforço de tropas americanas chega ao Haiti (Comando Sul)

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Um novo contingente de tropas dos Estados Unidos chegou neste sábado ao Haiti para participar das operações de socorro, e espera-se que o número total de militares americanos no país chegue a 20.000 até domingo, informou o Comando Sul.

O vigésimo quarto corpo expedicionário dos Fuzileiros Navais e uma unidade de intervenção anfíbia baseada em Nassau, nas Bahamas, chegou neste sábado a Porto Príncipe, onde já estão mobilizados 13.000 soldados americanos.

O vigésimo quarto corpo expedicionário inclui helicópteros pesados Ch-53, um aviãon híbrido de transporte MV-22 Osprey, um batalhão de infantaria de aproximadamente 1.200 homens e várias unidades capazes de realizar missões médicas e de transporte.

Este contingente seria a princípio deslocado nos próximos meses para a Europa e o Oriente Médio, mas o almirante Michael Mullen, chefe do Estado Maior Conjunto americano, decidiu enviá-los ao Haiti para suprir "as necessidades urgentes e incessantes" de ajuda humanitária no país.

Fonte: AFP
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Fuzileiros Navais americanos encerram sua missão no Iraque

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O exército norte-americano marcou o final de quase sete anos de presença no Iraque neste sábado ao passar o comando da província de Anbar para o Exército local. A província foi palco de uma das mais ferozes batalhas da Guerra do Iraque mas agora é parte essencial da cooperação entre Estados Unidos e Iraque. A troca de guarda - realizada ao som da banda militar e com a presença de alguns xeiques sunitas influentes de Anbar - sinaliza o início de uma retirada acelerada das tropas de "marines" norte-americanos à medida que o foco dos Estados Unidos está mudando para a guerra do Afeganistão.

Para os comandos americanos, os ganhos de segurança obtidos em lugares como no oeste da província de Anbar é um sinal de que a parceria com as forças de segurança iraquianas estão funcionando e que as tropas locais podem manter o local seguro. Mas existem temores crescentes em relação a uma possível ressurgência de tensões sectárias, alimentadas pelos planos do governo iraquiano, dominado pelos xiitas, para fazer uma "lista negra" de mais de 500 candidatos ao parlamento que teriam ligações com o regime de Saddam Hussein.

Em Bagdá, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encontrou-se com os lideres iraquianos neste sábados para aliviar as pressões. Enquanto ele manteve baixa as expectativas em torno de uma ruptura, dizendo aos repórteres depois do encontro com o presidente Jalal Talabani, que os iraquianos é que resolveriam a questão da "lista". Porém, a Casa Branca teme que a "lista" levante questionamentos sobre a legitimidade das eleições parlamentares de sete de março, que é vista como um passo importante na agenda de saída dos americanos do Iraque e uma forma de quebrar o impasse político sobre questões importantes como a divisão do faturamento gerado pelo petróleo iraquiano.

Os "marines" formalmente passaram a responsabilidade por Anbar para o Exercito em uma cerimônia realizada em Ramadi. Durante a passagem, os guardas americanos e iraquianos ficaram junto enquanto o hino nacional dos dois países foram executados. Cerca de 25 mil soldados norte-americanos ficaram no Iraque no pico da luta, a maioria em Anbar. Atualmente, existem menos de 3 mil. Quase todos deixarão a região em algumas semanas.


Fonte: AFP
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Amorim diz que Brasil "não está preocupado" com liderança no Haiti

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Em visita ao Haiti neste sábado, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o Brasil "não está preocupado" com a liderança regional, e sim com a "reconstrução" do Haiti.

"Ao contrário do que a mídia pode pensar, o Brasil não está preocupado com a liderança regional, mas sim em ajudar o Haiti, com respeito aos mandatos internacionais e com respeito ao governo do Haiti", disse o ministro brasileiro.

Nesta sexta-feira, o general Floriano Peixoto, que lidera as forças de paz das Nações Unidas no Haiti, disse que a presença brasileira no país caribenho é uma oportunidade para o Brasil "mostrar sua importância".

Ainda de acordo com o general, o Brasil tem "um peso enorme" na intermediação de conflitos e que a participação brasileira no Haiti "contribui bastante" para a campanha do país por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Segundo Amorim, "é importante que o povo do Haiti sinta que seu governo, o governo que ele elegeu, é o governo que está conduzindo (o processo de reconstrução), naturalmente com o apoio da comunidade internacional".

A presença de mais de cinco mil militares americanos no Haiti suscitou uma discussão sobre quem estaria à frente, tanto da segurança como da reconstrução do país caribenho.

A expectativa é de que até 15 mil militares americanos estejam em território haitiano até a próxima semana. O Brasil, que comanda as forças de paz da ONU, tem 1.266 homens e pretende dobrar esse número. O assunto será discutido nesta segunda-feira, pelo Congresso Nacional.

Durante uma megaoperação para distribuição de alimentos e água, nesta sexta-feira, o general Peixoto disse que "o Brasil está no comando".

"Lamentavelmente, a imprensa tem dado pouco destaque à participação brasileira. É muito importante que haja uma percepção do trabalho do Brasil", disse o general.


Ajuda

Amorim disse também que o Brasil vai oferecer mais US$ 15 milhões para ajudar na reconstrução do país caribenho.

O governo brasileiro já havia aprovado um auxílio financeiro de US$ 15 milhões, poucos dias após o terremoto. Desse montante, US$ 5 milhões já estão com as Nações Unidas.

Segundo Amorim, o restante da ajuda "está em processo" e deve ser liberada "muito rapidamente".

Durante a conversa com o primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerivee, pela manhã, Amorim disse que ofereceu, ainda, ajuda para recompor o governo local.

"Ofereci, entre outras possibilidades, a formação de quadros administrativos também, porque uma grande parte dos quadros do Haiti desapareceram, morreram", disse.

"É muito importante que haja a percepção de que o governo haitiano está em controle da situação", acrescentou Amorim.

Fonte: BBC Brasil
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Brasil pede que companhias aéreas espanholas ampliem frequencia de voos

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A presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo, órgão do governo federal), Jeanine Pires, pediu às companhias aéreas espanholas que aumentem o número de frequências de seus voos entre os dois países, pois os atuais "são poucos para as possibilidades que o Brasil oferece ao turismo espanhol".

Pires disse à agência de notícias Efe que, atualmente, a Iberia oferece 31 voos por semana, das companhias Iberia, TAM e Air Europa, mas considera que são poucos e, por este motivo, diz acreditar que seria possível aumentá-los.

Embora também seja possível viajar ao Brasil com a companhia portuguesa TAP, de Lisboa, a presidente da Embratur tem consciência de que o turista espanhol prefere fazer o voo a São Paulo, Rio de Janeiro ou Salvador, por exemplo, de uma forma direta e sem escalas.

Durante o ano passado, aproximadamente 200 mil espanhóis visitaram o Brasil, um "pouco menos" que em 2008, o que Pires justificou pela crise econômica, que se refletiu não só no caso da Espanha, mas no dos outros mercados emissores europeus.

A respeito de 2010, o Brasil espera um crescimento, já que, "nos primeiros 15 dias de janeiro, estamos comprovando que o turismo espanhol cresceu em nosso país acima de 15%".

Os eventos que acontecerão nos próximos seis anos no Brasil, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, propiciaram o início de um plano de melhoras para atender e atrair o turismo internacional.

O plano Aquarela 2020 contempla a realização de diferentes atuações em infraestruturas de todo tipo, e em melhoras das comunicações, já que, até essa data, espera-se poder atrair ao Brasil um número que oscilaria entre 11 milhões e 15 milhões de turistas.

Quanto aos estabelecimentos hoteleiros, tanto o governo do país quanto a iniciativa privada estão trabalhando conjuntamente para mudar a qualidade do produto, melhorar e chegar a ter no horizonte de 2017 um total de 301 hotéis com cerca de 70 mil quartos.

Fonte: EFE
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Israel paga US$ 10,5 milhões à ONU por danos causados durante ofensiva em Gaza

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Israel pagou à ONU (Organização das Nações Unidas) US$ 10,5 milhões por danos e ferimentos causados à entidade global e a seus funcionários durante a ofensiva militar na faixa de Gaza, há um ano, disseram um porta-voz da ONU e diplomatas israelenses nesta sexta-feira.

"Com este pagamento, as Nações Unidas concordam que as questões financeiras relativas a esses incidentes [...] estão concluídas", disse o porta-voz Martin Nesirky a jornalistas.

Uma importante fonte diplomática de Israel na ONU disse, sob anonimato: "Decidimos fazer um pagamento 'ex gratia' [sem admissão de responsabilidade] às Nações Unidas e, na verdade, já o fizemos".

Esse diplomata acrescentou que o valor "diz respeito especificamente a danos causados às Nações Unidas", cuja Agência de Alívio e Obras (UNRWA, na sigla em inglês) atende refugiados palestinos na faixa de Gaza e em outras regiões do Oriente Médio.

Tanto a fonte diplomática quanto Nesirky citaram a cifra de 10,5 milhões de dólares.

Funcionários da ONU dizem que a entidade já havia reivindicado indenizações por danos causados em operações militares anteriores, mas acreditam que esta é a primeira vez que Israel faz um pagamento desse tipo.

Um inquérito realizado em 2009 pela ONU avaliou em 11,2 milhões de dólares os danos causados a sete edifícios da ONU em Gaza durante o conflito, ocorrido entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia indicado que pediria a Israel esse valor para compensar os danos sofridos por instalações como armazéns, escolas e veículos, destruídos ou danificados.

A maior parte seria resultante da ação israelense, embora Israel tenha negado ter tomado deliberadamente essas instalações como alvo. Nesirky disse que avaliadores contratados posteriormente pela ONU reduziram a quantia em US$ 750 mil dólares.

O ataque levou a diversas acusações de crimes de guerra contra o Exército de Israel e denúncias dos próprios soldados do país.

A ofensiva israelense, realizada de 27 de dezembro de 2008 a 17 de janeiro de 2009, provocou a morte de cerca 1.400 palestinos e deixou 5.000 feridos, a maioria deles civis, segundo fontes palestinas. No lado israelense os mortos como consequência dos combates e os 800 foguetes disparados de Gaza chegaram a treze --entre eles três civis-- e cerca de 200 feridos.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) endossou o relatório do jurista sul-africano Richard Goldstone que afirma que Israel fez uso desproporcional da força e violou o direito humanitário internacional. O texto pondera que o lançamento de foguetes pelos insurgentes palestinos também configura crime de guerra.

Fonte: France Presse
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Ministério explica uso de farda por Jobim

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O Ministério da Defesa justificou ontem o uso de uniforme militar pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante visita ao Haiti na semana passada. Em nota, o órgão afirma que, em 2007, a Procuradoria Geral da República interpretou que o ministro da Defesa, mesmo sendo civil, pode usar uniforme militar em visitas a unidades operacionais das Forças Armadas – como no caso de Jobim.

“Há mais de dois anos está consolidada a interpretação de que os ministros da Pasta da Defesa têm o direito constitucional de usar uniforme militar”, explica o ministério na nota. Em 2007, o então procurador geral da República Antônio Fernando de Souza determinou o arquivamento de representação apresentada por um coronel da reserva contra Jobim na Justiça Militar e no Supremo Tribunal Federal pelo uso do uniforme militar. Na época, o procurador entendeu que o ministro, por ser chefe das Forças Armadas, não comete nenhum tipo de crime ao usar uniforme camuflado. O coronel argumentou que, pelo Código Penal Militar, Jobim estaria proibido de usar o uniforme por não ser militar.

Segundo a nota, Jobim usou o uniforme pela primeira vez em 2007 por sugestão do comandante do Exército, general Enzo Martins Peri. “Ele (general) considerou um símbolo da integração entre o ministro, recém empossado naquele momento, e as tropas. O uniforme camuflado é usado pelos militares em operações de campo, por ser confortável, resistente e prático para enfrentar as adversidades climáticas e geográficas”, detalha na nota a assessoria de Jobim.

Durante as 24 horas em que permaneceu no Haiti, Jobim ficou trajado com um uniforme camuflado militar. O ministro também usou boina e coturnos (botas) que os militares tradicionalmente utilizam nas operações.

Fonte: JB
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Brasil "marca posição" em território dos EUA

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Numa tentativa de responder à crescente visibilidade das tropas americanas no Haiti, o Brasil, que comanda militarmente a Minustah (missão de paz da ONU no país), montou ontem uma grande operação de distribuição de cestas básicas às vítimas do terremoto com objetivos assumidamente propagandísticos.

Pela manhã, 30 carros do contingente brasileiro da Minustah tomaram a avenida em frente ao principal símbolo da ruína do Estado haitiano, o palácio presidencial, em destroços desde o tremor.

É nos arredores do prédio que se reúne parte dos americanos. Helicópteros da Marinha dos EUA pousam e decolam do gramado do palácio a todo momento, recolhendo feridos e os encaminhando a um navio-hospital ancorado na costa de Porto Príncipe.

O Brasil planejava o evento havia alguns dias. Ontem, não economizou em estrutura. Ao amanhecer, nove blindados (sete Urutus, do Exército, e dois Piranhas, da Marinha) foram enfileirados ao longo de uma quadra, como se estivessem numa feira militar. Cerca de 220 militares brasileiros fortemente armados ajudavam na organização da interminável fila de haitianos que rapidamente se formou.

De dentro de caminhões, sacolas contendo leite em pó, açúcar, sardinha, presunto e biscoitos (doação do governo brasileiro) eram descarregadas pelos soldados e repassadas às mãos dos haitianos.

No total, dez toneladas de comida e 22 mil litros de água foram distribuídos durante cerca de duas horas.

Uma grande bandeira brasileira foi pendurada na caçamba do caminhão que distribuía as sacolas. Alguns metros adiante, um arame foi fixado num Urutu numa ponta e num caminhão na outra, formando uma espécie de varal. Ali foram estendidas, lado a lado, uma bandeira do Brasil e outra do Haiti.

Chefiando pessoalmente a operação, o comandante-geral da Minustah, o general brasileiro Floriano Peixoto, pedia a jornalistas para ser fotografado passando garrafas de água para as mãos de vítimas do terremoto. "Lamentavelmente, a imprensa tem dado pouco destaque à participação brasileira na ajuda humanitária", declarou. Segundo ele, o palácio foi escolhido por seu poder simbólico. "É uma forma de marcar posição. É muito importante que haja a percepção do trabalho do Brasil", afirmou.

Enquanto o general dava entrevista, um helicóptero americano lentamente se aproximou, vindo da região do porto, e deu um rasante sobre o gramado do palácio, levantando poeira. Depois, levantou voo de novo pouco antes de tocar o chão. Peixoto minimizou o gesto. "Não é nada, devem estar recolhendo algum ferido", disse.

Segundo ele, não há competição por espaço. Como exemplo, citou o fato de uma operação de distribuição de alimentos conjunta com os EUA estar marcada para hoje -mais tarde, no entanto, o evento acabaria sendo cancelado.

Se há alguns dias o tom dos brasileiros era diplomático, hoje há sinais crescentes de irritação com os EUA. "É preciso que vocês [jornalistas] coloquem no jornal que o comando da Minustah está sendo feito por um general brasileiro, que sou eu, general Floriano Peixoto. Mais do que isso, estou também fazendo um trabalho político", afirmou. A justificativa para a grande presença de equipamentos pesados, segundo ele, era a necessidade de organizar a distribuição.

Desde o terremoto, a praça em frente ao palácio presidencial virou um campo de refugiados improvisado. Centenas de tendas se armaram com vítimas em busca de ajuda ou pessoas que temem dormir debaixo de um teto -os tremores, a maioria de pequena intensidade, têm ocorrido todos os dias.

Pelo menos entre esse público, ontem enfrentando filas de mais de uma hora, o esforço do Brasil de mostrar quem é que manda surtiu efeito.

"Os americanos só querem achar mortos. Os brasileiros estão cuidando dos vivos", disse Rick Rabel, 17. Para Jacob Fleulanvil, os americanos não fazem nada pelos haitianos. "Estão primeiro ajudando quem tem passaporte americano."


Coordenadora da ONU critica a operação

A megaoperação de distribuição de alimentos organizada ontem pelas Forças Armadas brasileiras foi criticada pela ONU, que realizou sua própria entrega de suprimentos na mesma região da capital haitiana.

"[O Brasil] tem de informar a ONU. O que estamos solicitando é que nos informem. Tem muita duplicação. Não temos ideia se a ração que entregam é suficiente nem por quanto tempo. Padronizar é muito importante do ponto de vista nutricional", disse a canadense Kim Bolduc, coordenadora da assistência humanitária da Minustah. "Não sabemos onde vão, onde distribuem nem por quanto tempo durará a comida."

Bolduc diz que o Programa Alimentar Mundial (PAM) realizou operação de entrega de alimentos na mesma região do palácio presidencial ontem.
Ela admite, porém, que a distribuição alcança poucas pessoas. "Ontem [anteontem], distribuímos apenas para 29 mil, e o nosso objetivo era 100 mil." Um dos principais problemas tem sido a recuperação da comida de três armazéns do PAM danificados pelo terremoto.

Fonte: Folha
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Brasil corre para alocar contingente militar extra no Haiti

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Embora tenha no início titubeado quanto ao aumento de tropas da Minustah, o Brasil agora decidiu correr. Em dois dias, o comando do contingente brasileiro da força de paz da ONU já definiu local para os 900 novos soldados previstos (outros 400 ficam em situação de espera e poderão ser acrescentados no futuro). Será um novo batalhão, o Brabatt 2, ao lado do atual.

A terraplanagem já está feita, e os contêineres que abrigarão quartos, banheiros, escritórios e refeitório começarão a ser montados em breve. "Isso pode ser feito em 15 a 30 dias no máximo", diz o comandante do Brabatt, coronel João Batista Bernardes.

Atualmente, o Brasil tem cerca de 1.200 militares na força de paz e já gastou R$ 700 milhões em cinco anos. O contingente extra, portanto, poderá mais do que dobrar o efetivo. O reforço será prioritariamente empregado na segurança.

A novidade, segundo o comandante, é que parte do novo efetivo poderá ser enviado para outras partes do país. Atualmente, todo o batalhão brasileiro serve em Porto Príncipe. "Isso dependerá de uma avaliação ainda da questão de segurança", afirmou Bernardes.


"Guerra psicológica"

O aumento do efetivo ocorre após a chegada de cerca de 10 mil soldados americanos na cidade. O Brasil não gostou de ver a presença de tantos fuzileiros navais dos EUA no aeroporto e em pontos estratégicos como o palácio presidencial.

"Os americanos têm um senso muito agudo de imagem, e são conhecidos por fazer muito bem guerra psicológica", declarou o comandante.

O contingente brasileiro da Minustah também recebeu informações de que os americanos avançam em outras frentes de propaganda. Uma delas é a distribuição de bandeiras dos EUA, que começaram a aparecer com maior frequência pela cidade. Também se atribuem aos americanos algumas pichações em muros pedindo a saída da Minustah.

O Brasil também está incomodado com demonstrações ofensivas de presença americana em algumas áreas. Bernardes afirmou que no máximo pode haver "reconhecimento de terreno" por parte de fuzileiros navais. Ou seja, patrulhas e passeio a pé. Nada mais.

"Reconhecimento de terreno a pé é normal e esperado. Mas patrulhas motorizadas em pontos como Cité Soleil [maior favela da capital haitiana] são exclusividade da Minustah", afirmou o comandante do batalhão brasileiro.

Também há permissão da força da ONU de que os EUA respondam com tiros se forem atacados. Segundo Bernardes, qualquer procedimento dos americanos que fuja dessa orientação será denunciado ao comando da Minustah

Fonte: Folha
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Rússia lamenta 'aparente' rejeição de proposta da AIEA pelo Irã

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A Rússia lamenta que o Irã tenha "aparentemente" rejeitado a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de enriquecer o urânio iraniano no exterior, disse nesta sexta-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Lamentamos que o Irã aparentemente considere que é impossível aceitar a solução proposta para o combustível de seu reator de pesquisas em Teerã", declarou Lavrov em uma entrevista coletiva à imprensa.

A AIEA propôs em outubro a Teerã uma transferência de 70% de seu urânio levemente enriquecido (a 3,5%) para a Rússia para que esta completasse seu enriquecimento em até 20% e pudesse depois ser transformado pela França em combustível para o reator.

Mas o Irã rejeitou essa oferta, propondo uma troca gradual e em pequenas quantidades, ameaçando inclusive realizar o enriquecimento sozinho, se sua contraproposta não fosse aceita antes do final de janeiro.

Fonte: AFP
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Armênia acusa Turquia de pôr em perigo a normalização diplomática

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O ministro armênio das Relações Exteriores, Eduard Nalbandian, acusou nesta sexta-feira a Turquia de dificultar a aproximação entre ambos os países e advertiu que o processo poderá fracassar, apesar da assinatura em outubro de históricos acordos para normalizar suas relações.

"Se a Turquia não estiver disposta ratificar o protocolo, se continuar estabelecendo ultimatos, impondo condições prévias e obstacularizando o processo, então não descarto que as negociações sejam suspensas", disse Nalbandian em uma entrevista coletiva à imprensa.

Fonte: AFP
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Dassault rebate ataques de concorrentes

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Favorita do governo brasileiro no processo de compra de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a francesa Dassault reagiu ontem aos recentes ataques das concorrentes - a norte-americana Boeing e a sueca Saab - ao preço dos jatos Rafale. Amarrada pelo sigilo sobre sua oferta, a companhia não dá indicações sobre o valor que propôs ao Brasil. Mas diante dos ataques quebrou o silêncio e agora assegura que dados divulgados e as comparações feitas pelas suas adversárias não fariam sentido.

As desvantagens do preço e do custo da hora de voo do Rafale teriam sido apontados no relatório da FAB de setembro de 2009. O mesmo relatório colocou o caça francês no terceiro e último lugar da concorrência e deu munição à Boeing, fabricante do F-18, e à Saab, do Gripen. A assessoria de imprensa da Dassault reiterou o compromisso do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de que o preço de venda do caça Rafale ao Brasil será compatível ao de entrega à Força Aérea da França.

No último dia 7, um novo relatório foi entregue pelo Comando da Aeronáutica ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. Seu conteúdo é mantido sob sigilo. Concentrado na tragédia do Haiti, Jobim ainda não apresentou sua conclusão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tomará a decisão final sobre a compra dos caças. Entretanto, colaboradores do presidente asseguram que a escolha já foi tomada: será o Rafale, por se encaixar em um projeto maior de defesa do governo, que envolve uma parceria estratégica com a França.


ÍNDIA

Ontem, a Dassault contestou as versões de que estaria fora da concorrência aberta pela Força Aérea Indiana (IAF) e de que sua oferta de preço para a Índia seria quase a metade da apresentada ao Brasil. A empresa alegou que não há definição oficial do valor total da concorrência ? extraoficialmente, avalia-se que chegará a US$ 10 bilhões. O Ministério da Defesa confirmou ontem que o valor dependerá da escolha a ser tomada e que não foi definido um teto.

Depois, a Dassault reconheceu que, em abril de 2009, foi excluída da concorrência da IAF. Mas, em maio, pôde voltar à disputa, que ainda está em fase de avaliação técnica. O governo indiano observa o processo de decisão brasileiro.

Por fim, a Dassault explicou que, em cada contrato de venda, a dimensão do estoque de peças de reposição e o período do apoio logístico variam, conforme os requisitos do comprador, e alteram o cálculo do preço final. De acordo com essa argumentação, comparações ligeiras não seriam confiáveis.

Fonte: Estadão
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Honras de heróis no adeus

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O governo brasileiro pretende conceder R$ 9 milhões às famílias dos 18 militares brasileiros mortos no Haiti. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem uma mensagem que encaminha ao Congresso um projeto de lei para conceder R$ 500 mil para cada uma das famílias. Ontem, durante a cerimônia póstuma em homenagem aos integrantes da Força de Paz do Brasil no país caribenho, Lula se emocionou e chorou, assim como a primeira-dama, Marisa Letícia, junto com os parentes das vítimas do terremoto do dia 12. Mais cedo, na reunião ministerial, o presidente anunciou que vai editar uma medida provisória para liberar R$ 375 milhões para diversas ações no Haiti.

Logo após a cerimônia, os corpos foram trasladados aos estados de origem dos mortos, que receberam condecoração e promoção de patentes post mortem. Entre eles, os mineiros Raniel Batista de Castro, natural de Patos de Minas, e Leonardo de Castro Carvalho, de São João del-Rei.

A proposta de Lula de indenizar as famílias será publicada hoje no Diário Oficial da União. Além desse auxílio especial, a medida prevê ainda uma bolsa-educação para os dependentes matriculados em redes de ensino. A bolsa pagará a quantia mensal de R$ 510 até o dependente completar 24 anos. O texto será analisado pelo Congresso Nacional quando retornar do recesso legislativo, em fevereiro. Além disso, os familiares dos 18 militares – a maior baixa do Exército brasileiro desde a Segunda Guerra – vão receber pensões com valores equivalentes a patente imediatamente acima da dos postos que eles tinham.

A cerimônia póstuma foi marcada não apenas pela emoção dos parentes dos militares mortos no terremoto, mas também das autoridades. Ao cumprimentar os familiares dos integrantes da Tropa de Paz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que estava acompanhado de quase todos os ministros e do vice José Alencar – os abraçou emocionado, dizendo palavras de conforto. Em seu discurso, Lula agradeceu o trabalho prestado no Haiti pelos militares, citando nominalmente cada um deles.. Enquanto o presidente falava, algumas mulheres choravam e abaixavam a cabeça.

"Cada um desses homens reafirmou, durante sua vida, a vocação pacífica e solidária da nação brasileira. Sem nunca perder a firmeza e a coragem necessárias para combater a violência e a criminalidade que tanto assolavam o Haiti, nossos militares sempre souberam conviver harmoniosamente com a população local, e ganhar a sua estima", disse o presidente, que também fez questão de citar a médica Zilda Arns e Luiz Carlos Costa, o brasileiro que era o segundo homem das Nações Unidas no Haiti. "O soldado brasileiro nunca foi confundido com invasores estrangeiros, muito pelo contrário, foi sua mão amiga que criou a confiança mútua", acrescentou.

DIPLOMATA No Rio de Janeiro, o corpo do diplomata brasileiro Luiz Carlos da Costa, morto no terremoto que atingiu o Haiti, foi velado no Palácio do Itamaraty. Ele era o segundo na linha de comando da missão de estabilização do país. A esposa e as filhas de Luiz Costa vieram dos Estados Unidos para acompanhar o velório. A mãe e uma irmã do brasileiro, que moram no Rio, também participam da cerimônia.

O velório começou com uma série de homenagens ao funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre eles, de representantes da ONU, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, além de uma das filhas e a mulher. “Meu pai nos deu a paz. Só posso desejar que ele esteja em paz. A morte do meu pai representa um novo começo”, disse, emocionada, Anna Maria Costa, de 24 anos, filha do diplomata.

O ministro Celso Amorim lembrou-se de quando esteve com Luiz Carlos há poucos meses e que suas famílias são próximas. “Quis a vida que ele tivesse sua última missão num país em que o Brasil está tão engajado”, disse ele, lembrando as missões do diplomata em locais como Kosovo e Libéria. Amorim viaja hoje para o Haiti para avaliar as ações brasileiras na reconstrução do país caribenho.


Fonte: Correio Braziliense

Nota do Blog: Bravos e honrados homens, deram suas vidas pela paz, homens que são heróis, homens que lutavam por uma justa causa. Brasileiros que honram nossa pátria e motivo de orgulho a nossa nação.

Descansem em paz bravos guerreiros.
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EUA e Europa tentam alinhar medidas de segurança em aeroportos

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A Europa e os Estados Unidos querem compartilhar mais informações para garantir que potenciais agressores não embarquem em aviões, mas os europeus ainda não estão seguros sobre a utilização de scanners corporais, disseram as autoridades na quinta-feira (21).

Os ministros do Interior da União Europeia e a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Janet Napolitano, concordaram durante reunião em Toledo em estabelecer propostas concretas para compartilhar informações sobre passageiros em abril.

A reunião aconteceu depois do atentado frustrado em um voo com destino a Detroit no dia do Natal, quando um nigeriano que embarcou em Amsterdã, na Holanda, tentou acionar um dispositivo que levava em suas roupas íntimas. Seu nome estava em uma lista dos serviços secretos norte-americanos.

O ataque fracassado de Detroit, que foi evitado em parte pela ação de outros passageiros, fez Washington aumentar a instalação de mais scanners e exigiu que seus aliados fizessem o mesmo.

Enquanto alguns países europeus, como o Reino Unido, também estão introduzindo esses dispositivos, nações da União Europeia estão preocupadas em violar a intimidade e, talvez, prejudicar a saúde das pessoas.

Também surgiram dúvidas sobre como a informação será utilizada, já que alguns temem que as pessoas sejam incluídas em listas que as proíbam de viajar sem seu conhecimento e com poucas possibilidades de reclamações.

O ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse que o uso de scanners corporais não foi discutido em Toledo, já que os países europeus adotarão uma posição conjunta depois de um relatório elaborado pela Comissão Europeia.

Janet disse que havia muitas outras áreas nas quais se podia avançar, como unificar os modos de compartilhar informações sobre passageiros antes que embarquem em uma aeronave.

"Estamos muito satisfeitos pelo tom e humor desta reunião", disse em entrevista coletiva. "Não falamos dos scanners corporais, nem acho que sejam essenciais para melhorar o nível de segurança da aviação internacional. Acho que são uma ajuda", acrescentou.

Fonte: Reuters
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Senhor da guerra disposto a dialogar se forças estrangeiras deixarem Afeganistão

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O senhor da guerra afegão Gulbuddin Hekmatyar está disposto a negociar se "todas as forças estrangeiras deixarem o Afeganistão", afirmaram seus porta-vozes, em resposta ao plano de reconciliação com os talibãs anunciado pelo presidente afegão, Hamid Karzai.

"Todas as forças estrangeiras devem abandonar o Afeganistão. Um cessar-fogo permanente deve ser decretado", declarou à AFP Zubair Sediqi, porta-voz do Hezb-e-Islami, movimento liderado por Hekmatyar.

"Todos os prisioneiros devem ser libertados. E um governo interino de um ano" deve governar o país, acrescentou.

Considerado um dos mais importantes líderes da insurreição afegã, Hekmatyar havia afirmado no passado que estava disposto a negociar sob certas condições.

Karzai disse nesta sexta-feira que proporá na Conferência de Londres sobre o Afeganistão um plano de reconciliação com os talibãs baseado em dinheiro e trabalho em troca do abandono da luta armada.

Outro porta-voz do Hezb-e-Islami, Walihulah, declarou à AFP por telefone que Gulbuddin Hekmatyar está disposto a negociar "com todas as pessoas envolvidas" no conflito.

"Estamos dispostos a negociar em qualquer lugar. A porta está aberta, mas os Estados Unidos nos impõem a guerra e não temos outra saída, a não ser combater por nosso país", disse Walihulah.

Gulbuddin Hekmatyar, um dos comandantes mais importantes da luta anti-soviética (1979-1989) e da guerra civil (1992-1996) foi primeiro-ministro por pouco tempo nos anos noventa.

Fonte: AFP
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Jornalistas desocupam aeroporto de Porto Príncipe

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Os jornalistas que estavam alojados no aeroporto de Porto Príncipe, capital do Haiti, após o terremoto de 12 de janeiro foram retirados hoje pelo Exército dos Estados Unidos, que controla essas instalações.

Hoje, um funcionário americano explicou à Agência Efe que a decisão foi tomada pelo Ministério de Transporte do Haiti, ao entender que os procedimentos de segurança que existiam antes do terremoto deveriam ser retomados.

Segundo espanhois e mexicanos que estão em Porto Príncipe, jornalistas de diversas nacionalidades começaram a abandonar hoje as instalações do aeroporto ao verem que são infrutíferas as negociações para sua permanência.

Os jornalistas, misturados com organizações de ajuda humanitária e equipes de salvamento, ocupavam uma ampla ala situada entre as pistas de aterrissagem e a sede provisória da missão da ONU (Minustah).

Algumas equipes optaram por alugar casas particulares em Porto Príncipe, entre as poucas que ficaram de pé após o terremoto que derrubou cerca de 300 mil construções e deixou outras muitas seriamente danificadas.

O grande terremoto de 7 graus aconteceu às 19h53 (Brasília) do dia 12 e teve epicentro a 15 quilômetros da capital, Porto Príncipe. Em declarações à Agência Efe, o primeiro-ministro do Haiti, Jean Max Bellerive, disse que o número de mortos superará 100 mil.

O Exército brasileiro informou que 18 militares do país que participavam da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) morreram em consequência do terremoto.

Entre os civis - além da médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, e de Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti -, foi informado nesta quarta que outra mulher também morreu no tremor, aumentando para 21 o número total de vítimas brasileiras.

Fonte: EFE
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EUA e aliados 'não retrocederão' na questão nuclear iraniana

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Os seis países encarregados de negociar a delicada questão nuclear iraniana "não retrocederão", e Teerã não deve contar com o desgaste de sua determinação, afirmou nesta quinta-feira a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"Vamos dar continuidade a nossas consultas sobre as próximas etapas, principalmente em relação ao enfoque duplo (diálogo e ameaças de sanções), mas que fique bem claro: não retrocederemos", disse Hillary, em uma entrevista conjunta com a nova chefe da diplomacia europeia, a britânica Catherine Ashton.


"Estamos unidos e decididos a trabalhar para pressionar o Irã", destacou a secretária americana.

Fonte: AFP
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Economia da China cresce 8,7% em 2009 e deve se tornar 2ª do mundo

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A China anunciou nesta quinta-feira um crescimento econômico de 8,7% em 2009, superando até mesmo as estimativas mais otimistas feitas pelo governo local e colocando o país no caminho para assumir o posto de segunda economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

O ritmo de crescimento da economia chinesa se acelerou no último trimestre do ano, com uma variação de 10,7% em relação ao último trimestre de 2008.

A economia chinesa havia sido fortemente afetada pela crise econômica mundial no final de 2008 e no início de 2009, com uma queda acentuada na demanda internacional pelos produtos de exportação chineses.

Mas o país conseguiu reverter a tendência de queda graças a um grande pacote de estímulo do governo, que apostou em obras de infraestrutura e no crescimento do mercado interno para manter as fortes taxas de crescimento econômico.

Dificuldades

O governo chinês havia previsto, a partir da metade do ano passado, que o PIB (Produto Interno Bruto) do ano passado apresentaria um crescimento de 8% em relação ao ano anterior.

Em 2008, a economia chinesa havia crescido 9,6%, depois de crescer 13% em 2007.

Com o resultado do ano passado, o PIB chinês, de 33,5 trilhões de yuan, o equivalente a US$ 4,9 trilhões, o mesmo PIB do Japão em 2008. O Japão deve anunciar seus dados apenas no mês que vem, mas espera-se uma contração de até 6% na economia japonesa em 2009.

O chefe da agência nacional de estatísticas chinesa, Ma Jiantang, que fez o anúncio dos números do PIB nesta quinta-feira, procurou relativizar o fato de a economia da China, país com 1,3 bilhão de habitantes, ultrapassar a do Japão, que tem 128 milhões.

“De acordo com os padrões das Nações Unidas, ainda há 150 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza na China, com menos de US$ 1 por dia. Esta é a realidade da China”, afirmou Ma.

“Apesar do crescimento do nosso PIB e nossa força econômica, temos que reconhecer que a China ainda é um país em desenvolvimento”, disse.

Segundo ele, a China enfrentou “sérias dificuldades” em 2009, mas sua economia se recuperou e agora está se movendo na direção correta.

Ma divulgou ainda uma inflação oficial de 1,9% em dezembro em relação ao ano anterior, mas disse que os aumentos de preços foram “leves e sob controle”.

“Isso nos lembra de estarmos atentos à tendência de mudanças de preços”, afirmou.

Com os sinais de que a atividade econômica chinesa poderia estar acelerada demais, o governo pediu nesta semana que os bancos do país limitem a concessão de crédito.

Fonte: BBC via Plano Brasil
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Lula parabeniza Piñera e aposta em maior integração com Chile

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enviou uma mensagem ao governante eleito do Chile, Sebastián Piñera, na qual o parabeniza por sua vitória nas urnas e demonstra apostar em uma maior integração com o país.

Em nota divulgada hoje pelo Ministério das Relações Exteriores, Lula estende sua felicitação a "todo o povo chileno pelos resultados da eleição (...), conduzida de forma democrática e transparente".

"Estou seguro de que, sob sua liderança, o Chile seguirá comprometido com a integração e o desenvolvimento da América do Sul", expressou Lula em sua mensagem a Piñera, candidato da direita chilena, que venceu no domingo passado o candidato da coalizão governista Concertação, Eduardo Frei.

O presidente também disse ter certeza de que Brasil e Chile "continuarão a aprofundar o relacionamento bilateral, que é guiado por respeito mútuo, por laços históricos, por valores democráticos e por objetivos comuns".

Piñera se reuniu com Lula no dia 24 de novembro e disse então que tinha recebido "conselhos importantes" do presidente brasileiro.

Segundo o futuro governante do Chile, Lula recomendou que, caso chegasse ao poder, o fizesse "com vontade firme e com as ideias muito claras", e que estabelecesse "uma relação muito franca com o Congresso" porque, nos grandes assuntos nacionais, "o que importa é a unidade".

Fonte: EFE

Parceria: Plano Brasil
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Paraguai e Coreia do Sul decidem ampliar cooperação bilateral

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Os ministros de Exteriores do Paraguai, Héctor Lacognata, e da Coreia do Sul, Yu Myung-hwan, decidiram hoje, em Seul, ampliar a cooperação bilateral nos setores de agricultura e tecnologia, informaram fontes oficiais sul-coreanas.
Durante uma reunião em Seul, os dois chanceleres abordaram também temas como o comércio e o investimento, além da cooperação entre os dois países dentro da ONU e do Mercosul, segundo o Ministério de Exteriores sul-coreano.

Lacognata e Yu manifestaram sua satisfação pelo avanço das relações de cooperação entre os dois países por causa da visita do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, à Coreia do Sul em 2008, como líder eleito.

O ministro sul-coreano pediu a Lacognata a atenção do Governo paraguaio a cerca de 5 mil residentes sul-coreanos estabelecidos no país latino-americano, por ocasião do 45º aniversário este ano da emigração da comunidade sul-coreana ao Paraguai.

Lacognata chegou ontem a Seul para uma visita oficial de quatro dias e se reuniu hoje também com o primeiro-ministro sul-coreano, Chung Un-chan.

Fonte: EFE

Parceria: Plano Brasil
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Boeing melhora proposta para vender seu caça

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Em clara desvantagem política na disputa pelo fornecimento de caças ao Brasil, a Boeing decidiu melhorar sua proposta ao governo brasileiro. Sem fazer alarde, a empresa americana apresentou à Força Aérea Brasileira (FAB), no dia 9 de dezembro, oferta para que uma nova geração de caças seja desenvolvida em conjunto com o Brasil. Além disso, comprometeu-se a adotar, no contrato de venda dos aviões, "penalidades severas" caso não haja transferência de tecnologia.

A nova proposta é parte de uma ofensiva agressiva da maior fabricante mundial de jatos comerciais e militares, mas vai além de seus interesses corporativos. Ela envolve o governo americano. Nos últimos meses, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou três vezes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a concorrência dos caças. As informações foram prestadas na noite de terça-feira, em Brasília, por Michael Coggins, gerente da campanha da Boeing para a venda do caça Super Hornet ao Brasil, uma disputa que envolve o caça francês Rafale e o sueco Gripen NG.

Segundo Coggins, fazem parte do pacote oferecido pela Boeing a participação de indústrias brasileiras no fornecimento de insumos e a possibilidade de que grupos de 50 engenheiros da Embraer participem, anualmente, dos trabalhos de desenvolvimento da nova geração de caças americanos. O executivo assegurou que, com a venda do Super Hornet ao Brasil, haverá transferência de tecnologia. Ele reconheceu, no entanto, as dificuldades políticas que a Boeing está enfrentando nessa concorrência.

"O maior desafio da Boeing não é a transferência de tecnologia. O governo dos EUA autorizou uma transferência como nunca havia feito antes a nenhum país", afirmou Coggins num jantar com um grupo de jornalistas. Ele explicou que a maior dificuldade do negócio diz respeito à confiança do governo brasileiro na disposição do governo americano em atender a certas exigências, como liberdade de negociação com terceiros países. "Houve problemas com os militares brasileiros nos últimos 30 anos. Os EUA não vendiam armas para a América do Sul", disse Coggins, assegurando que a postura do governo americano mudou.

É grande a resistência do governo brasileiro a um acordo com os americanos. Procurado pelo Valor, um ministro próximo do presidente Lula disse que a proposta da Boeing de oferecer uma cláusula no contrato com previsão de penalidades, no caso de descumprimento do acordo de transferência de tecnologia, é uma prova de fragilidade. "Com essa cláusula, se amanhã o Departamento de Estado decidir vetar o acordo, eles pagam a multa e fica por isso mesmo", disse o auxiliar de Lula.

O ministro menciona o veto americano à venda de aviões Super Tucanos, fabricados pela Embraer, à Venezuela, como um exemplo da difícil relação com os EUA na área militar. Os americanos aplicaram o veto, valendo-se do fato de que o sistema de radar dos Super Tucanos é fabricado pelos EUA e que, portanto, a venda a terceiros países depende de autorização de Washington. "Nossa experiência com os americanos é desastrosa. Vai levar tempo para ter uma nova relação", afiançou um assessor direto de Lula.

Segundo esse ministro, o avião da Boeing é "muito bom", mas os outros caças também satisfazem as necessidades da FAB. A decisão do governo Lula, explicou, levará em consideração interesses "geopolíticos". A tendência, de acordo com essa fonte, é o presidente escolher o Rafale, da francesa Dassault, apesar da preferência técnica da Aeronáutica pelo Gripen NG, da sueca SAAB. "O relatório da FAB com preferência pelo Gripen deve ajudar a reduzir o preço do caça francês", observou o ministro, informando que o presidente Lula deve tomar uma decisão dentro de 90 dias.

Na conversa com jornalistas brasileiros, Michael Coggins criticou os concorrentes e questionou a importância de uma aliança estratégica do Brasil com a Suécia ou a França. Ele lembrou que as Forças Armadas brasileiras já têm parceria com os franceses e que um novo contrato não acrescentaria nada. "Onde estão os aspectos estratégicos de uma nova parceria com a França?", indagou. "Os EUA têm o melhor processo logístico do mundo e as forças armadas mais fortes. Politicamente, o benefício de uma parceria com os EUA é maior."

Segundo Coggins, os suecos estão seis anos atrasados no desenvolvimento do Gripen NG. "O programa de desenvolvimento (do avião sueco) foi um desastre", afirmou. O desenvolvimento do Rafale também estaria atrasado, assim como os franceses, disse ele, estão atrasados em relação ao programa de construção do submarino nuclear brasileiro. O executivo da Boeing alegou, ainda, que o Super Hornet sairá a um preço 40% mais baixo que o dos franceses. "A Boeing entregará os aviões no prazo (em 2014)", assegurou.


Fonte: Valor Econômico
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Saab busca o apoio de empresários brasileiros para escolha do avião sueco

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Os fabricantes do jato de caça apontado como preferido da Força Aérea Brasileira (FAB) esforçam-se, agora, para atrair as empresas nacionais, no esforço para ganhar a concorrência de fornecimento de aviões para o governo. Aproveitando o intervalo entre as festas de fim de ano e o Carnaval, um dos principais executivos da sueca Saab, o vice-presidente Bob Kemp, veio ao Brasil para apresentar a jornalistas e empresários as propostas e expectativas da empresa, na concorrência da FAB. "De importador de jatos militares, o Brasil pode se tornar exportador", insistiu Kemp.

Kemp e o diretor-geral da Saab no Brasil, Bengt Jáner, acreditam que o interesse dos empresários brasileiros é um fator que pesará na decisão do governo sobre a empresa vencedora da concorrência. A oferta do Gripen, além de ser a mais barata de todas, garantirá que sejam feitos no Brasil 40% do desenvolvimento do projeto e 80% da fabricação, informa Kemp. Hoje, Kemp deve ter encontro com empresários, na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).

Ao contrário dos concorrentes, o Gripen NG, ainda é um projeto, sem versão aprovada para voos, mas Kemp considera isso uma vantagem, por permitir maior participação do Brasil no desenvolvimento do jato. Ele apresenta a experiência de fabricação da Saab nas duas versões anteriores do Gripen para defender o projeto contra acusações de risco de atraso, levantadas pelos concorrentes. Ele nega que o projeto esteja fora do prazo e lembra que, na proposta sueca, a Saab assume todos os riscos de imprevistos, sem elevar o preço final.

"Os riscos serão nossos, e não do governo, o que é extremamente incomum", argumentou. Os executivos da Saab põem na mesa também argumentos para defender o Gripen NG como o mais adequado para a estratégia da política externa de cooperação com países emergentes e na América Latina.

Menor e mais barato, o Gripen seria o produto perfeito para venda a países de orçamentos menores, como as nações latino-americanas e africanas, diz Kemp, que garante estar em conversas com os governos mexicano e argentino sobre futuras vendas do avião a ser desenvolvido com o Brasil. "Nossas conversas com México e Argentina foram muito promissoras", afirma.

O projeto do Gripen inclui motor fabricado pela GE americana, por uma questão de preço, mas seria possível mudar o motor, se houvesse restrições ao uso, por parte do governo americano, garante o executivo.

Negociando também com a Índia, a Saab recebeu dos indianos uma demanda por desenvolvimento de versão voltada para uso em porta-aviões. É o tipo de projeto que poderia ser feito em conjunto com o Brasil, diz Kemp. "É um enorme mercado, não há aviões dessa geração com porte adequado para porta-aviões menores, só jatos maiores", afirma. Kemp diz já ter falado do assunto com a Marinha brasileira, que, no entanto, está dedicada a reformar os aviões existentes. "Mas temos de pensar no futuro, dez anos à frente."

Embalado pela preferência dos oficiais da Aeronáutica, Kemp diz que já está acostumado a longos prazos na negociação para compra de aeronaves, e considera normal que fatores políticos influenciem a decisão. Admite que espera influenciar a opinião pública em favor de sua oferta, ao procurar políticos e jornalistas, como vem fazendo. "Não é uma decisão partidária, não queremos que seja afetada pela política interna, mas temos uma boa mensagem e queremos que seja conhecida."

Até sindicalistas suecos buscaram organizações sindicais no Brasil para mostrar apoio ao projeto. Kemp, que critica os concorrentes por atacarem o Gripen, também critica o principal adversário, o Rafale francês. "Os sindicatos, na França, foram aos jornais para dizer que os empregos a serem gerados teriam de ser na França, não no Brasil. Nós não pensamos assim."


Fonte: Valor Econômico
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