domingo, 20 de dezembro de 2009

Fidel diz que cúpula de Copenhague foi antidemocrática


O líder cubano Fidel Castro afirmou hoje que a cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15), em Copenhague, terminou com "uma iniciativa antidemocrática e virtualmente clandestina", e acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de pronunciar "um discurso enganoso e demagógico".

Em um novo artigo da coluna Reflexões, divulgada pela imprensa oficial cubana, o ex-presidente diz que, na capital dinamarquesa, foram humilhados movimentos sociais, instituições científicas e outros convidados.

Fidel, que não aparece em público desde julho de 2006, aplaude os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, que proclamaram o "fracasso" da cúpula mesmo antes que começasse, assim como ele.

Segundo Fidel, se em Copenhague "foi alcançado algo importante, foi que, através da imprensa de massa, a opinião pública mundial pôde observar o caos político criado e o tratamento humilhante a chefes de Estado e de Governo, ministros e milhares de representantes de movimentos sociais e instituições".

O primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba insiste em que, na capital dinamarquesa, houve uma "brutal repressão contra manifestantes pacíficos", de modo que lembrava, segundo ele, "a conduta das tropas dos nazistas que ocuparam a vizinha Dinamarca em abril de 1940".

Acrescenta que a cúpula foi "suspensa pelo Governo dinamarquês - aliado da Otan e associado ao açougue do Afeganistão - para entregar a sala principal da conferência ao presidente Obama, onde ele e um grupo seleto de convidados, 16 no total, teriam o direito exclusivo de falar".

"Obama pronunciou um discurso enganoso e demagógico, cheio de ambiguidades, que não implicava em compromisso vinculativo algum e ignorava o convênio marco de Kioto", afirma o ex-presidente cubano, de 83 anos.

"Entre os convidados a usar da palavra, estavam os países mais industrializados, várias das economias emergentes e alguns dos mais pobres do planeta", enquanto "os líderes e representantes de mais de 170 (países) só tinham o direito de ouvir", disse.

Fonte: EFE

Nota do Blog: Na pagina da Folha On Line, a mesma se refere ao Ex-Líder Cubano como Ditador, muito diferente de como esta se dirigindo ao mesmo a fonte da matéria publicada pela mesma, o que demonstra a falta de respeito e a forma descarada como algumas mídias nacionais se dirigem a personalidades politicas mundiais e no caso de Fidel porque não nos referirmos também como uma figura histórica e símbolo da resistência Latino Americano ao americanismo. Não sou partidário, apenas acredito que devemos respeitar a todos e buscar analisar a história e os papeis reais de cada um no contexto mundial, e não sair por ai falando asneiras como tem feito e muito a grande mídia em nosso país.
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