domingo, 20 de dezembro de 2009

EUA irão simular defesa a ataque de míssil do Irã


A Agência de Defesa Militar do Exército americano irá realizar em janeiro de 2010 uma simulação de defesa contra um eventual ataque com míssil do Irã, informaram oficiais do Pentágono neste sábado. O exercício deve envolver a mais nova tecnologia anti-míssil.

Testes anteriores realizados pelos EUA focavam em uma trajetória de lançamento de míssil vindo da Coréia do Norte, mas a simulação de janeiro deve ser feita de acordo com a distância e a trajetória de um ataque vindo do Irã, de acordo com a rede de TV CNN.

A agência também deve testar a nova tecnologia "Capability-2", que possui software mais avançado e sensores inseridos dentro de um interceptor de míssil, que será acionado durante a simulação. A tecnologia foi criada para substituir o atual hardware de mísseis de defesa mantidos pelos EUA em bases militares na Califórnia e no Alasca, segundo a agência.

De acordo com a CNN, os EUA começaram a planejar a simulação há cerca de três anos.

Segundo Rick Lehner, porta-voz da agência, a velocidade dos mísseis que serão testados deve ser maior que os envolvidos nas simulações de ataques provenientes de Pyongyang.

A velocidade mais alta irá diminuir o tempo de contra-ataque, o que significa que o interceptor teria de funcionar ainda mais rapidamente para a identificação e destruição do míssil lançado.

Os EUA mantém apenas duas bases de defesa anti-míssil, uma em Vandenberg, na Califórnia, e outra em Fort Greely, no Alasca, com um total de 20 interceptores de mísseis

De acordo com Lehner, caso o Irã lançasse um míssil contra os EUA, o mais provável é que a defesa partisse da base no Alasca, devido à distância mais curta ao redor do planeta.

Autoridades americanas pretendiam montar uma terceira base anti-mísseis no Leste Europeu, mas o governo de Obama deixou de lado a proposta por avaliar que o risco de um ataque vindo do Irã teria diminuído.

No entanto, a administração irá deslocar navios com capacidade para alvejar mísseis de curto, médio e longo alcance lançados pelo Irã. Para oficiais do governo de Obama, Teerã representa maior risco para os países vizinhos e para bases americanas no Oriente Médio.

Fonte: Folha
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