segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Colômbia nega ter espionado Venezuela com aviões não-tripulados
A Colômbia negou nesta segunda-feira ter espionado a Venezuela com aviões não-tripulados como denunciou o presidente Hugo Chávez, dizendo que as tropas venezuelanas devem ter confundido "o trenó de Papai Noel" com um avião espião.
Chávez disse no domingo, durante seu programa Alô Presidente, que um pequeno avião não-tripulado sobrevoou recentemente uma guarnição militar no Estado de Zulia. Ele disse que se tratava de uma aeronave com tecnologia norte-americana que havia decolado da Colômbia.
O presidente venezuelano chamou a incursão de "ato de guerra" e ordenou sua Força Aérea a derrubar o avião se ele entrasse no espaço aéreo venezuelano outra vez.
"A Colômbia não tem essas capacidades descritas por ele", disse o ministro da Defesa colombiano, Gabriel Silva. "Talvez os soldados venezuelanos tenham confundido o trenó de Papai Noel com um avião espião".
Silva disse que a Colômbia enfrenta o risco de uma agressão militar externa e admitiu que começou a preparar uma estratégia de defesa.
O ministro colombiano de Defesa indicou implicitamente a Venezuela como responsável pelo risco de agressão, mas Chávez respondeu que seu país não tem nenhum plano militar contra a Colômbia.
Por sua parte, o comandante das Forças Militares colombianas, o general Freddy Padilla, assegurou que os recursos tecnológicos do país são usados para combater a guerrilha e o narcotráfico, e não para espionar as nações vizinhas.
A atual crise com a Venezuela começou em julho, quando a Colômbia anunciou que assinaria um acordo com Washington permitindo a militares norte-americanos o uso de sete bases em seu território para realizar operações contra o narcotráfico e o terrorismo.
A disputa diplomática entre Bogotá e Caracas é considerada a pior desde 1987. Naquele ano, os dois países, que dividem uma fronteira terrestre de 2.219 quilômetros, estiveram à beira de uma guerra depois que uma embarcação de combate da Colômbia foi interceptada pelas forças venezuelanas em uma zona marítima em disputa.
Fonte: Reuters
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