quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Chavéz faz críticas a previsões para 2010
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira que seus opositores deverão "importar Forças Armadas" se quiserem dar um golpe de Estado contra seu governo, criticando as previsões para 2010 feitas pela Newsweek, à qual chamou de "uma revista do império".
De acordo com as previsões da Newsweek, o ano de 2010 verá a morte do veterano líder cubano Fidel Castro e a queda do venezuelano Hugo Chávez depois de um golpe de Estado, além de uma ascensão do Brasil no cenário internacional.
Para a Venezuela, a Newsweek desenha um panorama econômico sombrio e de insatisfação social para "o homem forte" em 2010, depois de quase 10 anos beneficiando-se de "uma economia global estável e da disparada da demanda de petróleo".
"Os militares intervêm para derrubar Chávez e restaurar a ordem, num momento em que o socialismo do século XXI se desintegra no conhecido cenário daquele do século XX, de escassez, pobreza e caos", escreve a publicação.
A derrubada de Chávez é a previsão número quatro das dez que a revista se arrisca a fazer. Sua lista é encabeçada pelo sucesso da nova estratégia do presidente americano, Barack Obama, no Afeganistão, a queda da economia chinesa e um golpe no Paquistão.
Para Fidel, "2010 parece que será seu último ano sobre a Terra", segundo a publicação.
A morte do líder da revolução cubana abrirá espaço, de acordo com a Newsweek, para transformações na ilha, "que não mudará da noite para o dia", mas "as inflexibilidades (falta de liberdade de imprensa, restrições migratórias, culto à personalidade, perseguição a homossexuais) associadas a seu nome serão reavaliadas".
Depois de sua morte, o governo de Obama enviaria uma delegação de alto nível para iniciar um diálogo com Havana.
"Em pouco tempo, e talvez até o fim do ano, a secretária de Estado Hillary Clinton anunciará um plano para normalizar as relações com Cuba para 2013", estima a revista.
As expectativas para o ano que começa amanhã, de acordo com a prestigiada publicação americana, são de que o Brasil se transforme em uma "nova China", atingindo o auge de sua pujança econômica.
"O Brasil será a nova China", continua a Newsweek, apontando que o gigante sul-americano possui inúmeras vantagens em relação ao país asiático - que apresenta "riscos no horizonte" - e em relação à Índia - "imersa em uma instável região com ameaças por todos os lados".
"Ao longo de 2010, aumentará a distância entre o Brasil e o resto dos países do Bric", grupo de potências emergentes integrado ainda por Rússia, Índia e China.
Fonte: AFP
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