terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Acordos de Defesa devem ser bilaterais diz Valenzuela
O subsecretário americano para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, disse nesta segunda-feira, em Brasília, que acordos bilaterais de defesa na região "devem ser tratados entre esses países" e que Brasil e Estados Unidos "estão de acordo" sobre essa abordagem.
"Estamos de acordo de que as relações de cooperação em temas de defesa entre os Estados Unidos e outros países, ou também entre outros países, sejam tratados de forma bilateral", disse o funcionário americano, logo após um encontro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
O acordo entre Colômbia e Estados Unidos, que prevê a ampliação de bases militares americanas em território colombiano, é tido como um dos principais pontos de tensão na região.
O governo brasileiro criticou publicamente o acordo, especialmente por não ter sido discutido previamente com os países vizinhos e chegou a pedir "garantias formais" da Colômbia de que as operações militares ficarão restritas ao país vizinho.
Valenzuela disse que, durante a conversa com Jobim, falaram sobre a importância de implementarem mecanismos de "confiança mútua" - "especialmente com relação aos possíveis problemas que podem surgir na América do Sul, entre diferentes países".
Irã
O subsecretário americano disse que não conversou com Jobim sobre as relações entre Brasil e Irã, mas que o governo americano "recebe bem" a aproximação entre os dois países.
Na semana passada, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, criticou a aproximação de alguns países da América Latina com o Irã. Segundo ela, esses países devem considerar as "consequências" da relação com o governo iraniano.
Mais cedo, Valenzuela disse a um grupo de jornalistas que as declarações de Hillary Clinton foram "mal interpretadas".
Segundo ele, os Estados Unidos seguem mantendo relações diplomáticas com o Irã e que o importante é "pressionar" os iranianos, para que deem "maior confiança à comunidade internacional" no tema nuclear.
"Estamos preocupados, obviamente, de que o Irã possa cumprir com suas responsabilidades internacionais. E essa é uma preocupação também do Brasil", disse ele.
Fonte:Folha
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