quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Atirador que aterrorizou área de Washington é executado nos EUA
homem que ficou conhecido como “o atirador de Washington”, John Allen Muhammad, foi executado na terça-feira com uma injeção letal.
O porta-voz da prisão Greensville Correctional Center, onde Muhammad estava preso, no Estado americano de Virginia, disse que o detento não disse nada nos momentos finais – não pediu desculpas ou demonstrou remorso pelos crimes que cometeu.
“Muhammad foi questionado se queria fazer uma última declaração. Ele não nos respondeu ou falou coisa alguma”, disse Larry Taylor, do Departamento de Correções da Virginia.
Segundo o advogado de Muhammad, a última refeição dele teria sido galinha ao molho vermelho e bolo de morango.
John Allen Muhammad matou aleatoriamente dez pessoas e feriu outras três em 2002, atirando de dentro de seu Chevrolet especialmente adaptado. O carro tinha um buraco pelo qual ele podia passar o cano da arma e mirar nas vítimas.
Por três semanas, o "atirador de Washington" levou pânico à capital americana e aos subúrbios de Maryland e Virginia.
Ele foi condenado à injeção letal pela morte de Dean Myers, de 53, em um posto de gasolina na Virgínia. A defesa dele criticou a decisão, sustentando que Allen tem graves problemas mentais e seqüelas da guerra do Golfo, nos anos 90.
O adolescente que era cúmplice do atirador à época, Lee Boyd Malvo, hoje cumpre pena de prisão perpétua.
Apelo
Um apelo contra a pena de morte de Mohammad foi negado na segunda-feira pelo Tribunal Superior de Justiça dos EUA. O pedido de clemência também foi negado pelo governador do Estado da Virgínia, Tim Kaine.
Os advogados de defesa criticaram a decisão da Suprema Corte.
"(O Estado da) Virgínia vai executar um homem com uma doença mental grave", afirmou o advogado Jonathan Sheldon à BBC antes da execução.
"O psiquiatra o examinou e afirmou que ele é paranóico, psicótico e delirante (...) e nós temos um exame de tomografia do cérebro dele mostrando três problemas congênitos, dois deles relacionados à esquizofrenia."
De acordo com Sheldon, a falta de emoção de Muhammad quando ficou sabendo que seu recurso foi rejeitado, demonstra que ele não é capaz de entender a sentença, pois ele "não se importa, ele realmente não fez nenhum comentário a respeito".
"Você recebe a notícia que a Suprema Corte rejeitou seu pedido de recurso e você deverá ser morto no dia seguinte, você teria uma certa reação. E todos nós teríamos algumas semelhanças nisso, nos preparando para nos encontrarmos com o Criador, deveria haver alguma oração, você sabe... alguma preparação", afirmou o advogado.
Cidade paralisada
Correspondentes afirmam que a execução de Muhammad revive as memórias de 2002, quando a região de Washington foi paralisada pelo medo dos ataques.
As vítimas do atirador foram alvejadas enquanto faziam compras, abasteciam os carros em um posto de combustível ou apenas estavam paradas na rua, lendo, sempre com apenas um tiro disparado à distância.
Depois de três semanas, Muhammad foi preso em uma parada de caminhões junto com Lee Malvo, que tinha apenas 17 anos na época.
Além dos dez assassinatos, eles também são suspeitos de outros crimes em outros locais.
Fonte: BBC Brasil
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