segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Assessor de Lula diz que Brasil pode mudar de posição sobre Honduras

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O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia disse nesta segunda-feira que alguns "gestos" do presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, e a taxa real de participação na eleição de domingo poderão levar a "mudanças" na posição do Brasil, que disse não reconhecer a legitimidade das eleições deste fim de semana.

"Se o Brasil considerar que tem que mudar de posição, mudará de posição", disse Garcia a jornalistas em Estoril, Portugal, onde participa da cúpula de países ibero-americanos. "Por um lado, consideramos a eleição ilegítima, mas se tiver havido uma participação popular muito forte, tampouco poderíamos ser indiferentes ao fato político."

Contrariando a alegação dos zelayistas de que houve um grande boicote de 70% dos eleitores, o TSE afirmou que a participação chega a 61,3% (quase 10% a mais que em 2005).

Garcia disse que o Brasil não pretende ser "o juiz da situação em Honduras" e defendeu que a o assunto deve ser discutido internacionalmente e que o Brasil gostaria que a questão seja tratada pela OEA (Organização dos Estados Americanos).

"De consenso, há a condenação do golpe de Estado que apeou o presidente Manuel Zelaya do poder. Para o governo brasileiro, as eleições foram realizadas em grande medida para legitimar o golpe", disse.

Ele também reagiu à acusação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, de que o Brasil apoiou as eleições iranianas, consideradas suspeitas e contestadas, mas resiste em reconhecer a decisão das urnas em Honduras.

"Essa comparação, além de indelicada, é improcedente. As eleições no Irã foram convocadas pelo governo do Irã sobre o qual não havia nenhuma contestação. As eleições em Honduras foram convocadas por um governo golpista. Se quiser fazer uma comparação, o presidente Arias deve procurar um exemplo mais consistente", respondeu Garcia.

Os Estados Unidos, que reconheceram a votação, argumentaram que as eleições estavam convocadas antes da deposição do presidente Manuel Zelaya e que os candidatos já haviam sido definidos.

As posições de Arias e de Garcia evidenciam o racha entre os países que participam da Cúpula Ibero-Americana em Estoril, cidade próxima a Lisboa. Chefes de Estado e representantes dos 22 países tentam costurar uma declaração final sobre o resultado das eleições hondurenhas.

Fonte: Folha
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O ataque dos drones

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Nas guerras do Iraque e do Afeganistão, ganharam fama os aviões americanos sem piloto encarregados de vigiar territórios e bombardear alvos inimigos. O uso dos “drones”, como são conhecidos (o termo técnico correto é vant, “veículo aéreo não tripulado”, ou UAV em inglês), valeu críticas a Barack Obama pelos danos colaterais – entenda-se: baixas civis – que provoca. Essa tecnologia que parece saída de um filme de ficção científica já está entre nós. Em dezembro, começam a voar nas fronteiras do sul do país 15 aeronaves da Polícia Federal equipadas com tecnologia similar à dos drones de Obama. Os vants Heron TP, fabricados pela israelense IAI (Israel Aerospace Industries), ajudarão a combater o tráfico de drogas sem colocar em risco a vida de policiais. No começo de 2010, os vants vão sobrevoar São Paulo e Rio de Janeiro.

Com autonomia de voo de quase 40 horas, um vant pode voar a uma altura de até 13.000 metros, acima da altitude da aviação comercial. Apesar da altitude, suas câmeras especiais conseguem mostrar “um nome num crachá a 5.000 metros de altura”, diz o delegado responsável pelo projeto, Alessandro Moretti, diretor do Centro de Inteligência Policial da PF. “Ela envia as imagens em tempo real, com ótima definição e referências geográficas.” O custo? Cerca de R$ 345 milhões pela frota de 15 aparelhos.

O poder invasivo dessa tecnologia pôde ser confirmado em agosto, quando agentes da CIA, nos Estados Unidos, viram de sua base em Langley, na Virgínia, a imagem de Baitullah Mehsud, líder do Taleban no Paquistão, aplicar uma injeção de insulina. Em uma semana, a aeronave pode escanear todo o território brasileiro. Com seu sistema infravermelho, detecta túneis a até 7 metros de profundidade e identifica embarcações submersas usadas pelos traficantes para transportar drogas a profundidades de até 5 metros. A base de controle e recepção de imagens do avião é móvel, uma espécie de contêiner (leia no infográfico). O aparelho atua com um plano de voo pré-traçado, guiado por satélite e programado numa “memória” na parte dianteira do avião.

As primeiras 15 unidades custaram US$ 200 milhões. A estreia da operação será em dezembro, no sul do país.

A Polícia Federal diz que o objetivo prioritário é melhorar a vigilância na maior porta de entrada de contrabando, armas ilegais e drogas do país: a “tríplice fronteira” de Brasil, Paraguai e Argentina, na região de Foz do Iguaçu, no Paraná. Outros alvos são as divisas com Colômbia, Bolívia, Peru e Paraguai, territórios livres para o tráfico e o contrabando. A PF afirma não haver risco de violação de fronteiras com países vizinhos porque o avião permite filmar e monitorar ações humanas a 30 quilômetros de distância.

O combate aos traficantes em favelas do Rio de Janeiro e em São Paulo será uma extensão desse trabalho. A aeronave terá condições de identificar traficantes e possibilitar prisões em flagrante, além de fiscalizar a rota da droga. “Sem dúvida poderemos trabalhar em conjunto com outras forças policiais para combater o tráfico”, diz Moretti. E, mesmo que os traficantes se irritem com a fiscalização, será difícil derrubar a aeronave como fizeram com um helicóptero da Polícia Militar do Rio, em outubro. “A aeronave vai operar a 7.000 metros de altura. Apenas armamento de guerra, como um canhão antiaéreo, poderia derrubá-lo”, afirma Moretti.

Além de funcionar como um Big Brother do céu, o vant pode atirar para matar. Os Estados Unidos têm um modelo próprio, o MQ-1 Predator, usado em programas de combate ao terrorismo. Os militares americanos chamam essas operações de “3D”: “dull” (enfadonhas), “dangerous” (perigosas) e “dirty” (sujas). O Predator identifica áreas de risco potencial para os soldados no Iraque e no Afeganistão. A inteligência dos EUA se nega a fornecer dados sobre os alvos e as baixas que o Predator já tenha causado. Recentemente, um deles teve de ser abatido no ar por estar fora de controle. Pelo menos por enquanto, a Polícia Federal afirma não ter a intenção de equipar os vants com armas.

Os críticos da robotização das armas de guerra dizem que a ideia de um combate a distância e “sem custo humano” só para um dos lados é perigosa. Em entrevista à revista New Yorker, o ex-procurador da CIA Jeffrey Smith disse que o Predator “pode sugerir que assassinar pessoas é aceitável”. Como a batalha virtual não exige coragem nem heroísmo, a linha entre ação de guerra legítima e assassinato é tênue.

Fonte: Epoca
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EUA pedem que França envie mais 1.500 soldados ao Afeganistão

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Os Estados Unidos pediram à França que envie mais 1.500 soldados ao Afeganistão, informou nesta segunda-feira o jornal Le Monde. O Ministério francês das Relações Exteriores não confirmou a informação.

Segundo o jornal, que citou fontes diplomáticas não identificadas, a secretária de Estado Hillary Clinton formulou o pedido na quinta-feira passada, durante uma conversa por telefone com seu colega francês Bernard Kouchner.

O presidente americano, Barack Obama, deve apresentar na terça-feira sua nova estratégia para o Afeganistão, que incluirá provavelmente o envio de importantes reforços militares para enfrentar os rebeldes talibãs.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, confirmou nesta segunda-feira que seu país enviará mais 500 soldados ao Afeganistão no início de dezembro, elevando para mais de 10.000 homens seu contingente militar naquele país.

A França sempre se negou a aumentar seu contingente militar no Afeganistão, formado, atualmente, por 3.300 soldados.

Fonte: AFP
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Irã anuncia construção de 10 usinas

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O governo iraniano anunciou ontem que planeja construir dez novas usinas de enriquecimento de urânio, em um claro gesto de desafio às potências ocidentais após a censura da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na sexta-feira. Segundo a emissora estatal do Irã, a IRIB, as obras para cinco das novas usinas começarão em dois meses. Para as outras cinco, o início demorará um pouco mais, pois ainda é necessário escolher o local de construção.

O presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou que, com as usinas, seu país dever produzir entre 250 e 300 toneladas de combustível Nuclear ao ano. "Temos uma abordagem amigável com o mundo, mas não deixaremos ninguém prejudicar os direitos do Irã", disse. Teerã garante que seu programa Nuclear tem fins exclusivamente civis, mas grande parte dos países ocidentais acredita que o país está tentando desenvolver bombas atômicas.

O anúncio provocou reações imediatas dos EUA e da Grã-Bretanha. Para a Casa Branca, os planos de expansão do programa Nuclear "são mais uma violação" de Teerã a suas obrigações com a comunidade internacional e demonstram que o país "está escolhendo se isolar". O governo britânico classificou o fato como "muito preocupante".

A AIEA, que condenou o Irã pela construção em segredo da usina atômica de Fordow e pediu a paralisação imediata de suas atividades, tentava há meses dissuadir o país de desenvolver tecnologia para enriquecer urânio e propôs que outros países realizassem o processo para o Irã.

O produto final do urânio processado para equipamentos médicos ou produção de energia impossibilita seu aproveitamento na construção de armas atômicas, mas o processo de enriquecimento de urânio para qualquer fim é muito semelhante.

Pela proposta rejeitada pelo regime iraniano, Teerã enviaria 1.200 quilos de urânio de baixo enriquecimento para ser processado em duas etapas - ao longo de 18 meses - na Rússia e na França. A quantidade de urânio embarcado corresponderia a cerca de 75% de todo o material radioativo do país.

A estratégia era uma tentativa de evitar, ou retardar, a capacidade iraniana de desenvolver armas Nucleares, coisa que os EUA temem que possa ocorrer dentro de aproximadamente cinco anos.


O Islã Atômico

Bushehr - Usina de energia atômica ainda em construção, conta com parceria russa para a instalação do reator

Isfahan - Local de processamento inicial do urânio em estado bruto, recebe inspeções regulares da AIEA

Natanz - Grande complexo subterrâneo cuja capacidade total - de 5 mil centrífugas - ainda não está sendo utilizada

Fordow - Recentemente revelada, a usina construída dentro de uma montanha deve operar a partir de 2011


Fonte: O Estado de SP
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Aeroportos privatizados

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Está praticamente pronto o texto de um decreto a ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituindo o sistema de concessão de aeroportos à iniciativa privada. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, garante que, desta vez, não vai passar o Natal sem entregar o decreto. Já não era sem tempo. Desde que assumiu a pasta, em 2007, depois de o país ter vivido a maior crise do transporte aéreo de sua história – o apagão que obrigou milhares de passageiros a pernoitar no saguão dos principais aeroportos do país –, o ministro vem anunciando “para os próximos dias” esse projeto. Superado o apagão, restaram a necessidade de maior profissionalização dos diversos agentes públicos do setor, a urgência em acelerar o ritmo e em aumentar o volume dos investimentos na infraestrutura aeroportuária. A mudança da diretoria da Agência Nacional de aviação Civil (Anac) e a reestruturação administrativa da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) foram feitas vencendo, a bem da verdade, toda sorte de resistência política em favor de apadrinhados. Agora é a vez de atacar os aeroportos.

Mais do que qualquer outro modal de transportes, a aviação civil, principalmente a de passageiros, não para de crescer. O setor foi menos prejudicado pela crise financeira internacional e pela recessão técnica da economia brasileira ocorrida entre outubro e abril e voltou logo ao ritmo de expansão anterior a setembro de 2008. De fato, enquanto se projeta um crescimento de no máximo 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, a aviação comercial deve fechar o ano com expansão de pelo menos 10%. Dados dos 67 aeroportos da Infraero mostram que em outubro a movimentação de passageiros foi 33,27% maior do que a de setembro. No acumulado dos 10 primeiros meses, o número mantém o crescimento de 10%. Foram quase 104 milhões de usuários e 1,8 milhão de pousos e decolagens. E todos os sinais são de que 2010 será de expansão ainda maior, mantidas as expectativas de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

Não há como exigir da Infraero resposta em termos de investimentos em igual ritmo frenético de crescimento da demanda. Por mais que tenha melhorado sua gestão, a Infraero, como empresa 100% estatal, sofre as limitações orçamentárias próprias do setor público. Há casos, como os dos aeroportos Tom Jobim, no Rio, e Guarulhos, em São Paulo, em que é crítica a defasagem entre a perspectiva de inversões pela estatal e a necessidade de obras de adequação e modernização de equipamentos. Mesmo o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, embora ainda menos pressionado, precisa ir além das obras de ampliação do estacionamento de automóveis. Há planos de duplicação da estação de passageiros e da área comercial, além da ampliação do setor de cargas, consolidando Confins como base estratégica para o desenvolvimento do país. É mais do que hora, então, de se superarem os preconceitos e contar com a iniciativa privada para dar a um setor tão dinâmico o fôlego do qual precisa para continuar oferecendo conforto e segurança ao personagem principal: o passageiro.


Fonte: Estado de Minas
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Petrobras arremata áreas de exploração na Patagônia

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A Petrobras arrematou duas áreas de exploração de petróleo e gás na província de Neuquén, na Patagônia argentina, onde planeja fazer um investimento inicial de cerca de 6,5 milhões de dólares, revelou a empresa nesta segunda-feira.

A companhia arrematou as áreas Borde de Limay e Los Vértices, ambas na bacia de Neuquén, que integravam a concorrência lançada em 11 de novembro passado pela Gás e Petróleo de Neuquén S.A.

Em Borde de Limay, que tem 368 km2, a Petrobras planeja um investimento inicial de mais de 4,5 milhões de dólares, nos próximos quatro anos, para a perfuração de dois poços de 800 metros de profundidade.

No caso de Los Vértices, de 59 km2, o investimento inicial previsto é de 2 milhões de dólares, em quatro anos, para a perfuração de um poço de 800 metros de profundidade.

A Petrobras disse que se as perfurações revelarem a existência de petróleo, "o investimento de desenvolvimento relacionado aos dois projetos deve superar os 125 milhões de dólares".

O anúncio foi realizado na Casa de Governo de Neuquén (1.100 km ao sul de Buenos Aires) pelo governador Jorge Sapag e pelo CEO da Petrobras Energia (filial argentina da Petrobras), Decio Oddone.

Fonte: AFP
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Brasil deixa em aberto posição sobre eleição em Honduras

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, durante a XIX Cúpula Ibero-Americana, que seu governo não vê as eleições em Honduras como uma "tentativa de lavagem de um Golpe de Estado", deixando em aberto sua posição sobre a crise hondurenha.

Segundo o assessor da presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, "é preciso esperar, discutir com a comunidade internacional, mas a posição de Lula é exatamente esta, de que não vêmos as eleições como uma tentativa de lavagem de um golpe".

À margem da Cúpula Ibero-Americana, na cidade portuguesa de Estoril, Marco Aurélio Garcia revelou que o Brasil "gostaria que este assunto fosse tratado pela OEA" e estimou que será de "grande importância" a atitude do vencedor das eleições em Honduras, Porfirio Lobo, nos próximos dias.

E preciso esperar para ver se "vai recorrer ao secretário-geral da OEA", José Miguel Insulza, "se vai considerar a OEA como um interlocutor legítimo, coisa que o presidente de fato, Roberto Micheletti, jamais fez".

"Este conjunto de sinais e gestos vai permitir uma avaliação sobre quais serão os próximos passos" do Brasil, revelou Marco Aurélio Garcia, estimando que Lobo precisa "fazer gestos em direção a uma solução democrática e legítima, gestos muito poderosos para compensar as eleições ilegítimas".

Sobre a restituição do presidente deposto, Manuel Zelaya, o assessor de Lula destacou que esta sempre foi a exigência do Brasil, mas agora "é preciso saber qual é a posição do próprio" líder derrubado.

Os líderes de 22 países da América Latina, Espanha, Portugal e Andorra tentam acertar em Estoril uma declaração sobre Honduras, divididos entre uma maioria que não reconhece as eleições, e alguns que admitem o pleito.

Garcia estimou que a declaração deixará vários aspectos de fora, mas que há alguns pontos de consenso, como a rejeição ao Golpe de Estado de junho passado.

Se não houver consenso, a presidência portuguesa fará um pronunciamento sobre as eleições hondurenhas.

Segundo números parciais do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), Porfirio Lobo vence com 55,9% dos votos, contra 38,6% para Elvin Santos, que já admitiu a derrota.

Zelaya, deposto por um golpe de Estado em 28 de junho passado, está refugiado na embaixada do Brasil e Tegucigalpa desde que voltou ao país, em 21 de setembro passado.

Fonte: AFP
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Presidente eleito de Honduras diz que Zelaya "é história"

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O candidato conservador Porfirio Lobo, vencedor da polêmica eleição hondurenha de domingo, disse na segunda-feira que Manuel Zelaya, deposto do governo em junho, já faz parte do passado.

Vários governos latino-americanos, inclusive do Brasil, reivindicavam que Zelaya fosse restituído ao poder antes da eleição, e por isso decidiram não reconhecer o resultado do pleito. Já os Estados Unidos viram a eleição como uma solução para a prolongada crise política hondurenha.

"Estou aqui alegre, vendo o futuro, e vocês aqui (falando em) 'Zelaya'. Zelaya já é história, já é parte do passado", disse Lobo a jornalistas.

Zelaya está refugiado desde setembro na embaixada do Brasil, de onde mobilizava seus seguidores para tentar voltar ao poder e cumprir o resto do seu mandato, que terminaria em janeiro.

Ele e o presidente de facto, Roberto Micheletti, chegaram a assinar um acordo, afinal descumprido, pelo qual caberia ao Congresso decidir pela volta de Zelaya ao poder. Por isso Lobo disse que não pretende se intrometer no assunto, ao menos por enquanto.

"Este governo (de Micheletti) tem de terminar com todos os problemas hoje pendentes (...). Se não, se sobrar alguma coisa para mim, aí veremos o que vamos fazer".

O presidente eleito afirmou que sua prioridade será resolver os problemas resultantes da crise econômica, já que a redução da demanda por exportações para os EUA atingiu em cheio Honduras, onde 70 por cento da população vive na pobreza.

Zelaya disse no domingo à Reuters que não aceitará voltar ao poder depois das eleições porque isso seria legitimar os autores do golpe de Estado. O Congresso deve decidir no dia 2 de dezembro sobre a sua restituição, embora o presidente deposto considere "morto" o acordo nesse sentido.

Os EUA reconheceram o resultado eleitoral de domingo, mas disseram que Honduras precisa dar mais passos para restaurar a democracia e estabelecer um processo de reconciliação nacional.

Fonte: Reuters
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Na crise, Brasil provou que papel do Estado é fundamental

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (30) que qualquer um que acompanha o cenário político-econômico internacional sabe que o mundo está saindo da crise. Segundo ele, o Brasil provou, durante o período de instabilidade econômica, que o papel do Estado é importante e que o mercado não resolve tudo.

"O Brasil tomou todas as medidas para que a gente pudesse ser o último país a entrar na crise e ser o primeiro a sair dela, e ter um crescimento extraordinário como estamos tendo nessa fase do ano. Mas o país precisa se manter tranquilo, porque 2010 será um ano muito importante."

No programa semanal Café com o Presidente, Lula comentou ainda sua participação na 19ª Cúpula Ibero- Americana nesta semana, com destaque para o conhecimento e a inovação. "Essa também é uma área que o Brasil está muito bem", afirmou, ao enfatizar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Ciência e Tecnologia, que prevê investimentos de R$ 41 bilhões até 2010.

Lula insistiu que micro, pequenas e médias empresas devem investir em inovação e ressaltou que esta é a única forma de competir em um mundo globalizado, sobretudo nas exportações. Ele ressaltou ainda que os empresários brasileiros estão preocupados uma vez que o país conta com poucas empresas que discutem inovação.


Fonte: Agência Brasil
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Obama ordena aplicação de nova estratégia para o Afeganistão

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O presidente Barack Obama ordenou nesta segunda-feira a aplicação de sua nova estratégia para o Afeganistão, um dia antes de revelar a decisão mais arriscada de sua presidência: o envio provável de dezenas de milhares de soldados americanos

Já no domingo, Obama "comunicou no Salão Oval sua decisão final sobre a estratégia, e deu ordens para sua aplicação", declarou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

Nesta segunda-feira, Obama conversou com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e da Rússia, Dmitri Medvedev, mas não entrou em detalhes sobre os reforços militares americanos, segundo Gibbs.

Terça-feira, às 20H00 (23H00 de Brasília), Obama deverá assumir publicamente a perigosa opção da escalada militar no Afeghanistão, em discurso pronunciado na prestigiosa escola militar de West Point.

Ele deverá anunciar o envio de cerca de 30.000 soldados suplementares, e conclamar os aliados dos Estados Unidos a enviar reforços. Obama também deverá explicar sua estratégia a americanos cada vez mais hostis a esta guerra, a mais longa da história do país desde o conflito no Vietnã.

Havia cerca de 35.000 soldados americanos no Afeganistão quando Obama assumiu o cargo. Hoje já são cerca de 68.000.

Trata-se de uma das decisões mais difíceis de sua jovem presidência. De fato, como explicou o analista político Peter Woodley, "há muito mais a perder do que a ganhar" com esta guerra. "Serão necessários vários anos, no mínimo, antes que os americanos obtenham algum sucesso no Afeganistão. Além disso, este sucesso não será aparente, não terá nada a ver com a conquista da Alemanha em 1945", avaliou.

Se a nova estratégia não vingar, o nome de Obama, que sempre considerou a guerra no Afeganistão "necessária", será associado a este fracasso.

Obama se reuniu várias vezes com seus generais, ministros e conselheiros nos três últimos meses. Domingo foi o dia das últimas consultas.

Nesta segunda-feira, além de conversar com Brown, Sarkozy e Medvedev, o presidente americano recebeu o primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, à quem pediu que contribua com reforços militares.

Obama também deve conversar antes de seu discurso de terça-feira com dois dos protagonistas mais importantes do conflito: os presidentes do Afeganistão, Hamid Karzai, e do Paquistão, Asif Ali Zardari.

Intensas negociações estão em curso com o Congresso. Muitos parlamentares, inclusive democratas, estão cada vez menos convencidos da necessidade desta guerra que começou há oito anos e ainda está longe do fim.

Obama deverá insistir em seu discurso sobre o fato de que a ação americana no Afeganistão não é ilimitada nem incondicional, e que a prioridade segue sendo impedir que a região volte a servir de base para atacar os Estados Unidos. Ele ainda insistirá na importância da formação e do treinamento das forças afegãs, para que possam substituir as forças internacionais o mais rápido possível.

De acordo com o New York Times, Obama não apresentará um cronograma preciso de retirada para o Afeganistão como fez para o Iraque.

Fonte: AFP
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domingo, 29 de novembro de 2009

O que é um APAC?

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O que é um APAC (Agente de Proteção da Aviação Civil)? Concerteza se você costuma viajar de avião você já foi inspecionado por um antes de embarcar em seu voo.

Os APACs, são aqueles homens e mulheres que atuam na segurança do voo dentro da aviação civil, e são responsáveis pela sua segurança diretamente, pois ao embarcar toda sua bagagem e mesmo o passageiro deve ser inspecionado para ter certeza de que não há nenhum ilícito, bomba ou armamento embarcando e ainda há a varredura das aeronaves antes do embarque dos passageiros para assegurar que não há explosivos abordo.

Estes profissionais atuam em todos os aeroportos nacionais que operam voos regulares, sendo profissionais tercerizados, eles aqui no Brasil possuem uma remuneração muito abaixo do que se espera para uma função tão importante e delicada quanto a segurança de nosso voo. Geralmente sua remuneração esta em torno de R$700 à R$800 reais.

Os uniformes sempre impecáveis, cordialidade e atenção são as mais notáveis qualidades destes profissionais que atuam numa escala de 6x1 em turnos de seis horas diárias. Quando se encontra algum ilícito imediatamente é acionada a Policia Federal, que assume a ocorrência e conduz o infrator até a delegacia.

Muitas vezes nós passageiro não damos importância a este profissional e as vezes até os tratamos com falta de respeito ou valor, achando que é desnecessário tamanho controle. Mas se formos analisar mais detidamente, veremos que nada do que é feito em seus procedimentos é excessivo, mas sim primordial para que tenhamos um voo seguro e até mesmo no combate ao narcotráfico.

Já ouvi uma APAC me relatar casos absurdos de desreipeito do passageiro para com esse profissional, principalmente quando o mesmo tenta dar um jeitinho de burlar as normas e ouvi um sonoro "não". Há também relatos de prisões de "mulas" do tráfico e mesmo a detenção de pessoas contrabandeando outros artigos restritos.

Quando for embarcar em seu próximo voo, lembre-se, este profissional que ira inspeciona-lo e a sua bagagem esta ali para sua segurança e a de nossos céus. Então procure ser mais cordial e seguir as normas vigentes. Pois segurança é assunto sério.

Matéria exclusiva do GeoPolítica Brasil
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Termina exercício militar cubano

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As Forças Armadas de Cuba concluíram neste sábado seu exercício militar estratégico de treinamento para uma eventual invasão dos Estados Unidos, que foi supervisionado diretamente pelo presidente do país, general Raúl Castro.

O governante cubano visitou algumas das áreas do exercício e se reuniu com militares no comando e soldados, ao mesmo tempo em que elogiou o trabalho das novas gerações dentro do Exército, segundo declarações divulgadas pelos meios de imprensa da ilha.

"A organização atingida, a mesma para enfrentar uma agressão militar ou um furacão, é o que inspira maior respeito, mais que qualquer tipo de armamento", ressaltou Castro, após visitar o Estado-Maior do Exército Ocidental.

Anteriormente a televisão estatal tinha divulgado um anúncio segundo o qual Raúl ordenou a suas tropas que "não se rendam nunca".

Fonte: EFE
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EUA dizem que retirada do Afeganistão começa em 2013

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Os Estados Unidos devem conseguir começar a retirada das tropas do Afeganistão em 2013, segundo altos oficiais da OTAN e dos EUA no Afeganistão.

O general do exército Stanley McChrystal deu sua opinião a uma delegação de parlamentares norte-americanos que visitaram Cabul no começo da semana, disseram participantes do encontro no sábado.

A peça central da estratégia é o envio gradual de mais 30 mil soldados americanos para o Afeganistão para manter a segurança nos centros urbanos mais populosos e treinar mais forças de segurança do país.

Autoridades do Pentágono esperam que os membros da OTAN contribuirão com aproximadamente mais 10 mil soldados e oficiais de treinamento para suplementar o aumento da posição americana. Isso levará o total de tropas adicionais para 40 mil, número recomendado por McChrystal para enfrentar o Taliban. A Inglaterra disse que espera que os países ajudem com mais cinco mil soldados além dos que os EUA vão enviar.

McChrystal encountrou-se com a delegação de parlamentares que está visitando o país neste sábado.

"Perguntei a ele: 'Se você tiver esses soldados adicionais, os 40 mil, qual é o momento em que mudamos, em que começamos a retirar nossas tropas?'" disse o deputado republicano Mike Coffman à Reuters. "McChrystal respondeu: 'Em algum momento antes de 2013.'" Autoridades do Pentágono recusaram-se a comentar.

Há agora aproximadamente 68 mil soldados americanos e 42 mil soldados de forças aliadas no Afeganistão.

Fonte: Reuters
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Arsenal nuclear paquistanês passa para o controle do primeiro-ministro

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O Presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, entregou a autoridade sobre o comando do arsenal nuclear do país para o primeiro-ministro, Yousuf Raza Gilani.

A atitude acontece no momento em que expirou uma anistia que beneficiava Zardari e milhares de outras pessoas que participam de seu governo das denúncias de corrupção. Agora o presidente sofre uma crescente pressão para renunciar.

A oposição pediu a Zardari para renunciar. Ele possui imunidade devido ao cargo de presidente, mas a Corte Suprema decidiu desafiar sua elegibilidade para o cargo desde que o decreto de anistia assinado pelo ex-líder militar e presidente general Pervez Musharraf não foi aprovado como lei.

Gilani é um veterano parlamentar e membro do próprio partido de Zardari. Ele passou cinco anos na prisão sob o regime de Musharraf, acusado de nepotismo e abuso de autoridade quando era presidente do Parlamento paquistanês, apesar de ser conhecido pela imparcialidade no trato com os parlamentares de oposição. Um tribunal superior anulou sua condenação.

Fonte: Associated Press
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Jobim se isola por privatização de aeroportos

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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, está isolado no governo em sua proposta de adotar um plano de privatização dos principais aeroportos do país ainda durante a administração do presidente Lula. Do lado oposto, Casa Civil, os ministérios da Fazenda e do Planejamento e a área política defendem que a Infraero continue responsável pelo setor e faça as obras necessárias para a Copa de 2014.

Jobim, porém, vai insistir na apresentação do projeto de concessão de aeroportos, o que deve ocorrer dentro de dez dias, na expectativa de que Lula possa autorizar a adoção de pelo menos parte do seu plano.
Apesar de ainda não ter tomado uma decisão oficial, assessores do presidente disseram à Folha que ele não está inclinado a privatizar os principais aeroportos nessa reta final de mandato, acatando os argumentos de sua equipe.

O governo teme dar munição à oposição se lançar um programa de privatização em ano eleitoral, aspecto discutido na reunião ministerial ocorrida nesta semana. Além disso, não acredita que haja tempo para privatizar aeroportos e tocar as obras para a Copa.

Cálculos de técnicos do governo mostram que, se optar pelo caminho da privatização, todo o processo até a conclusão das obras demandará quatro anos, o que colocaria em risco a logística da Copa. Mantendo a operação com a Infraero, esse prazo cai para três anos.

Mais do que o evento esportivo, alegam assessores do presidente, a demanda crescente é que definirá as obras para aumentar a capacidade dos 16 aeroportos brasileiros que vão atender cidades que sediarão a Copa. A expectativa é que, entre 2009 e 2014, a demanda no setor suba de 100 milhões para no mínimo 150 milhões de passageiros por ano.


Marco regulatório

O ministro da Defesa, contudo, quer deixar pronto e aprovado o que chama de marco regulatório do setor aeroportuário no país. Ou seja, mesmo que ele não seja implementado agora, o próximo presidente já teria as novas regras delineadas. A equipe de Jobim acredita que seu plano já poderia ser colocado em prática pelo menos no caso de pequenos aeroportos de interesse comercial, como o Campo de Marte em São Paulo, e terminais de carga. Ou mesmo na construção de novas unidades, como o de São Gonçalo do Amarante (RN).

Enquanto isso, os aeroportos mais importantes do país, vitais para a realização da Copa no Brasil, continuariam sob comando da Infraero. Assessores do Ministério da Fazenda destacam que qualquer programa terá de levar em conta que apenas 9 dos 67 aeroportos da Infraero bancam todo o sistema federal.

Em outras palavras, privatizar o Galeão, por exemplo, como defende o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), poderia desequilibrar financeiramente a Infraero. Mesmo antes de uma decisão oficial do presidente, a Infraero já apresentou seu cronograma de obras até 2014, o que representará um investimento de no mínimo R$ 4,7 bilhões.


Fonte: Folha
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O Brasil no olho do furacão

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A decisão da Colômbia de enviar apenas uma “delegação técnica” à reunião extraordinária de chanceleres e ministros de Defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Quito, colocou o Brasil no centro do atrito entre o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e o venezuelano, Hugo Chávez. Segundo o jornal colombiano El Tiempo, o governo de Bogotá teria manifestado desagrado com Lula pela declaração feita ontem em Manaus, na reunião de cúpula de países amazônicos. “Acho que o companheiro Chávez e o companheiro Uribe têm que entender que a guerra não é construtiva, que a disputa insana não é construtiva, afirmou o presidente brasileiro.

Na Casa de Nariño, o palácio presidencial colombiano, a frase teria sido mal vista, uma vez que Uribe tem se negado repetidas vezes a responder às agressões verbais de Chávez. O fato de a maioria dos países vizinhos criticarem o acordo militar pelo qual a Colômbia cedeu bases militares aos Estados Unidos — esse era um dos temas principais na pauta da reunião — também contribuiu para que Bogotá decidisse esvaziar o encontro. O governo colombiano enviou nota aos colegas presentes enumerando suas razões para não enviar o ministro da Defesa, Gabriel Silva, nem o chanceler, Jaime Bermúdez. O texto indica que, por falta de garantias para travar um diálogo com respeito, objetividade e equilíbrio, o país decidira enviar uma equipe de técnicos.

Apenas metade dos 12 países da Unasul esteve representada por algum dos ministros. O Brasil enviou ambos — o chanceler Celso Amorim e o titular da Defesa, Nelson Jobim. Como anfitrião, o Equador foi representado por Fander Falconi (Relações Exteriores) e Javier Ponce (Defesa). Paraguai e Suriname enviaram seus responsáveis pela Defesa. O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou a ausência colombiana como vazio inexplicável, um erro gigantesco e um desprezo à Unasul. Já Fabián Varel, chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas do Equador, afirmou que cada país tem suas políticas e prioridades, mas lembrou que o Conselho de Defesa deve ter um consenso absoluto entre os países-membros.

As autoridades presentes ao encontro analisaram um conjunto de propostas. Uma delas, apresentada pelo presidente do Peru, Alan García, sugere que seja elaborado um estatuto de paz e de segurança mútua, contemplando a redução dos gastos militares.


Espiões

Além de discutir a aliança militar entre EUA e Colômbia, os ministros de Defesa e Relações Exteriores da Unasul também planejavam examinar a tensão entre Peru e Chile, depois de um suposto caso de espionagem chilena em Lima. Mas, segundo a porta-voz do Palácio de La Moneda, Carolina Tohá, o governo chileno rejeitou a proposta do governo equatoriano, presidente temporário da Unasul, para mediar a disputa.

O governo de Caracas também tinha anunciado que levaria a Quito uma queixa contra outra suposta operação da Colômbia contra Venezuela, Cuba e Equador. Vamos abordar esse tema e levar as provas de todo o plano de espionagem e de todo o plano de guerra contra nosso país, e vamos demostrar perante a América do Sul, desafiou Maduro na quinta-feira à noite.

Em Bogotá, o ministro da Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, admitiu pela primeira vez que os militares colombianos já pensam em se preparar para um possível confronto armado com a Venezuela. Pela primeira vez em décadas cabe ao ministro da Defesa pensar em como enfrentar, como se preparar para uma situação de ameaça externa”, disse o ministro à rádio Caracol. Ele destacou, porém, que os colombianos não gostariam de desviar-se do objetivo estratégico central, que é derrotar o narcoterrorismo. Acrescentou que seu país não pode “dedicar energias, recursos e pessoal para veleidades internacionais criadas por uma retórica inaceitável— referência ao discurso de Chávez. Os vizinhos estão condenados a se entender”, concluiu Gabriel Silva.


Novos grupos paramilitares são ameaça

De acordo com um relatório da organização não governamental (ONG) colombiana Nuevo Arco Iris, divulgado na quarta-feira, os novos grupos paramilitares de direita são responsáveis por mais ataques à segurança pública no país do que os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A violência urbana das neoparamilícias estaria voltada, especialmente, para a capital. “Bogotá tornou-se uma área de vingança de grupos e de estruturas narcotraficantes. No decorrer do ano, foram registrados 106 assassinatos cruéis. A taxa de homicídios apresenta aumento constante desde 2007”, adverte o informe anual do conflito armado na Colômbia em 2009.

Em um extenso capítulo dedicado à crescente insegurança na cidade, a ONG avalia que Bogotá virou um palco para o “posicionamento dos grupos emergentes, rearmados e dissidentes nas vias de acesso e saída e em setores marginais”. Para o diretor da instituição, León Valencia, o recrudescimento das milícias é um fenômeno novo na capital, ao contrário da realidade em Medellín, controlada há anos por cartéis de narcotráfico. “Bogotá não era uma cidade muito assediada pelos paramilitares, mas agora eles estão chegando e tendo formações parecidas com as que se ensaiaram em Medellín, com o controle de território e o apoderamento de negócios”, disse. Os neomilicianos obedeceriam, aponta o documento, aos cartéis de Loco Barrerra e de Cuchilho, dois dos principais traficantes de drogas da Colômbia capturados recentemente em Bogotá.

O informe atribui o aumento da violência à chegada de novos grupos armados clandestinos, à debilidade de antigos grupos que comandavam o crime e à disputa entre as facções pelo controle dos pontos de venda de armas e drogas. A secretária de governo, Clara López, reconheceu as “mudanças na dinâmica criminal da cidade, com uma ação crescente de poderes mafiosos, com consequências graves para a segurança dos cidadãos”. O documento sugere ainda que o governo do presidente Álvaro Uribe desenvolva outras formas, que não a militar, para superar o conflito armado. Segundo a ONG, a ofensiva contra os rebeldes “parece ter chegado a um limite”.



Entenda o caso
Ânimos exaltados


A morte de dois soldados venezuelanos em uma emboscada no Estado de Táchira (oeste do país), no início do mês, agravou a crise entre Bogotá e Caracas. A região abriga rebeldes colombianos, paramilitares e traficantes, que operam dos dois lados da fronteira. O governo de Hugo Chávez reagiu aos assassinatos com a imposição de fortes restrições à passagem de veículos e pessoas e mobilizou contingente da Guarda Nacional. O ministro de Defesa, Ramón Carrizalez, acusou paramilitares colombianos pelo crime.

Antes do incidente, dois colombianos estavam presos na capital venezuelana, sob suspeita de espionagem. O acordo militar firmado pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, com os Estados Unidos acirrou os ânimos. No último dia 8, Chávez avisou à população: “Não percamos um dia na nossa missão principal: preparar-nos para a guerra e ajudar o povo a se preparar para a guerra, porque é responsabilidade de todos”. Bogotá recebeu a afirmação como uma declaração bélica e levou o caso ao Conselho de Segurança da ONU. Um semana depois, a Colômbia instituiu uma nova divisão militar na região de fronteira, com 16 mil efetivos.

No último dia 20, soldados venezuelanos dinamitaram duas pontes destinadas ao tráfego de pedestres na fronteira. Carrizalez disse que elas eram usadas por narcotraficantes. O governo Uribe classificou a ação como uma “violação à lei internacional” e “uma agressão contra os civis”, e prometeu denunciar a Venezuela à ONU e à Organização dos Estados Americanos (OEA). O ministro da Defesa, Gabriel Silva, alertou que seu país não permitirá agressões contra a população civil nem ações bélicas contra o seu território.


Fonte: Correio Braziliense
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Brasil, Índia e China se reúnem para coordenar posições para Copenhague

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Representantes do Brasil, Índia, África do Sul, China e Sudão (presidente de turno do G-77) se reuniram em Pequim para coordenar a posição dos países em desenvolvimento para a Cúpula sobre Mudança Climática de Copenhague, e pediram às nações ricas que "honrem seus compromissos de redução de emissões", informou hoje a agência Xinhua.

Em comunicado conjunto após dois dias de reuniões, os cinco países assinalaram que a Cúpula que começa no dia 7 de dezembro na capital dinamarquesa "deverá incluir ações de cooperação a longo prazo, cortes de emissões (...) e ajuda financeira e tecnológica" (dos países ricos aos ainda em desenvolvimento).

Os cinco países destacaram que o Protocolo de Kyoto "deve continuar em vigor e os países ricos devem assumir suas responsabilidades de corte de emissões no segundo período que começa em 2013".

O comunicado conjunto acrescentou que as nações em desenvolvimento devem ter muito em conta, na hora de assinar possíveis acordos em Copenhague, "as necessidades especiais dos países menos desenvolvidos, os pequenos estados ilhéus (alguns deles em risco de desaparecer) e da África".

Os cinco países, entre os quais se encontram o primeiro e quarto maiores emissores mundiais de dióxido de carbono (China e Índia, respectivamente), destacaram que "continuarão trabalhando juntos para conseguir que a Cúpula sobre Mudança Climática de Copenhague seja um sucesso".

O ministro do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh, sua colega sul-africana, Buyelwa Sonjica, e o assessor presidencial brasileiro, Marcel Fortuna, participaram das reuniões, que incluíram uma recepção com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que liderará a delegação chinesa em Copenhague.

Fonte: EFE
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sábado, 28 de novembro de 2009

Brasil deve tentar complementar EUA na América Latina, diz Enrique Iglesias

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O secretário-geral da Cúpula Ibero-Americana, o uruguaio Enrique Iglesias disse, em entrevista exclusiva à BBC Brasil, que o Brasil não deve tentar ser um contraponto aos Estados Unidos no protagonismo político na América Latina, mas sim ser complementar ao país norte-americano.

"O Brasil é uma grande potência no mundo inteiro, particularmente na América Latina. Portanto, precisamos de todo o mundo, precisamos da cooperação com os Estados Unidos, com o Brasil, com a Europa. Portanto, temos de ver o Brasil não como contraponto, mas como complemento", afirmou Iglesias em Lisboa, onde dirige a 19ª Cúpula Ibero-Americana, a partir deste domingo.

Pelo menos 18 dos 22 chefes de Estado da região confirmaram sua presença. Ficam faltando Honduras - porque o governo golpista não é aceito -, além de Uruguai e Bolívia, por estarem em processos eleitorais. Seguindo a tradição adotada por Fidel Castro, o presidente cubano Raúl Castro não confirmou sua presença, mas tampouco afirmou que não vem, e poderá aparecer na última hora.

A reunião vai ocorrer em meio a vários conflitos na América Latina: a questão presidencial em Honduras, a tensão entre Colômbia e Venezuela por causa das bases norte-americanas em território colombiano e as acusações de espionagem do Peru ao Chile, que fez com que a delegação peruana abandonasse a reunião do Apec (Grupo de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).

Iglesias acredita que a reunião em Portugal, especialmente os encontros bilaterais que normalmente ocorrem em paralelo, poderão resolver esses conflitos.

"Acredito que prevalecerá a capacidade de diálogo. A presença dos chefes de Estado é muito importante para facilitar as conversações. Esta seria a maior contribuição que podemos dar para a resolução desses conflitos. A verdade é que a América Latina tem uma grande capacidade de diálogo e solução de conflitos e acho que vai resolver estes também de uma forma pacífica."

Segundo Iglesias, na reunião a portas fechadas, os presidentes deverão discutir uma posição para a Conferência sobre o Clima, que vai ocorrer em Copenhague, na Dinamarca, de 7 a 18 de dezembro.

"Seguramente, no encontro fechado dos chefes de Estado isso vai fazer parte das discussões e é possível que alguma resolução ligada ao tema do clima apareça nos textos finais da conferência. Os países devem tomar a posição de defender o compromisso dos grandes países poluidores, os Estados Unidos e a China, com a redução das emissões de carbono e também compromissos dos próprios países latino-americanos."

Democracia

Em relação a Honduras, a Cúpula Ibero-Americana tomou uma posição dura de defesa da legitimidade democrática do presidente Manuel Zelaya, afirmando que não aceitaria na reunião a presença de representantes do governo de Roberto Micheletti.

"Temos que procurar meios de facilitar a aplicação dos princípios fundamentais aprovados nos acordos de San José e Tegucigalpa. Acho que seria muito importante cumprir esses princípios, com o retorno do presidente Zelaya ao poder e dessa forma, com as novas eleições, começar a avançar no processo."

No entanto, a posição a respeito da democracia em Cuba não é tão firme.

"Esse tema em geral não aparece na pauta das nossas reuniões. Normalmente, os países têm sido respeitados nas suas questões internas. Essas questões são consideradas de foro interno. No caso de Honduras, aconteceu um golpe de Estado e foi uma reação."

Inovação

O tema escolhido para a cúpula é a inovação. Segundo Iglesias - que foi presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento - este é o grande desafio da América Latina para sair do atraso em relação às economias mais desenvolvidas. Uma das resoluções deverá ser a aprovação de um programa de cooperação entre empresas e Estados para ampliar o processo de inovação.

"Tem de haver uma aliança estratégica entre Estados, empresas e conhecimento, o que quer dizer centros de pesquisas e universidades. As empresas latino-americanas têm que ter apoio decisivo do governo, mecanismos de crédito, incluindo compartilhar riscos por parte do setor público ou facilitar crédito que permita verdadeiramente favorecer os investimentos nessa área."

Ele considera que o Brasil está na frente dos outros países latino-americanos na inovação tecnológica.

"A região tem uma média de investimento de 0,5% e o Brasil encontra-se acima de 1%, o que quer dizer que no país isso já foi assumido como um valor fundamental. Agora, é na área das pequenas e médias empresas que precisamos aumentar isso. As grandes empresas são conscientes, sabem muito bem da importância da inovação. São as pequenas empresas que tem que competir no mercado mundial e para isso precisam aumentar os investimentos em inovação."

Uma das características da reunião é que a América Latina conseguiu ter uma melhor resposta à crise mundial do que a maior parte do mundo. E Iglesias explica a razão.

"Os países da América Latina estavam muito melhor preparados no que diz respeito à gestão da macroeconomia. Nos últimos anos, esses países tiveram experiências muitas vezes dramáticas e hoje sabem muito melhor do que antes como administrar a política econômica. Em segundo, os bancos latino-americanos estavam e estão muito fortes, não entraram nas áreas especulativas, como os bancos americanos e europeus."

"E, finalmente, os países abaixo do Panamá estão mais ligados ao ciclo asiático, o que fez a grande diferença. Os países mais ligados ao ciclo americano, como o México e os países do Caribe, tiveram um impacto muito maior da crise, mas os países do sul foram favorecidos pela dinâmica asiática."

Fonte: BBC Brasil
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Rússia aponta terrorismo como causa de acidente ferroviário

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Pelo menos 26 pessoas morreram na Rússia no descarrilamento na noite de sexta-feira de um trem de passageiros entre Moscou e São Petersburgo, e os investigadores confirmaram neste sábado que a tragédia foi provocada por atentado terrorista.

Fontes oficiais e agências de notícias russas chegaram a afirmar que o balanço de mortes subira de 25 a 39, mas a informação não foi confirmada. Um comunicado do comitê de investigação judicial revela um balanço preliminar de 26 mortos, 18 desaparecidos e mais de 100 feridos.

"Não há dúvida de que estamos falando de um atentado terrorista", afirmou Vladimir Markin, porta-voz do comitê de investigação federal russo, citado pela agência Interfax.

Os investigadores destacaram ainda que foram encontrados fragmentos de bomba no local da tragédia. O trem fazia a viagem entre Moscou e São Petersburgo.

"No local do acidente do Nevsky Express a equipe de investigação do comitê da procuradoria russa encontrou e retirou elementos de um artefato explosivo", afirma um comunicado oficial.

O presidente da Companhia Russa de Ferrovias (RZD), Vladimir Yakunin, já havia anunciado que a pista prioritária para a origem do descarrilamiento era um ataque terrorista.

O descarrilamento aconteceu na véspera em uma das linhas ferroviárias mais movimentadas da Rússia, que liga Moscou a São Petersburgo, a 284 km da capital, perto da cidade de Uglovka.

O descarrilamento de pelo menos quatro vagões do Nevski Express, um trem de grande luxo muito utilizado por turistas estrangeiros, aconteceu às 21H34 locais (16H34 de Brasília) no limite das regiões de Novgorod e de Tversk (noroeste da Rússia).

"Há fatos objetivos que permitem aos investigadores contemplar uma explosão provocada por uma bomba colocada perto da ferrovia como uma das explicações possíveis", declarou o presidente da RZD a um canal de televisão.

"Um eventual atentado é uma das versões da polícia para o acidente", afirmou mais cedo outro diretor da empresa à agência Itar-Tass.

Uma fonte judicial informou que foi aberta uma investigação criminal por terrorismo e posse ilegal de armas de fogo e explosivos.

Uma cratera de um metro de diâmetros foi localizada perto da via e algumas testemunhas afirmaram ter ouvido uma forte explosão antes do acidente.

"Pode ter sido a explosão de uma bomba colocada sob um dos vagões", declarou à agência Ria-Novosti uma fonte dos serviços de segurança.

Em agosto de 2007, um atentado com bomba provocou o desacarrilamento de um trem do mesmo tipo, o Nevsky Express. Na ocasião, 60 pessoas ficaram feridas e as autoridades entraram em alerta para o risco de ataques da rebelião chechena ou de grupos nacionalistas.

O trem do acidente de sexta-feira estava formado por 14 vagões que transportavam 660 passageiros.

"Dois vagões viraram completamente. Várias pessoas foram esmagadas sob as ferragens. Escutei muitos gritos", declarou o passageiro Andrei Abramenko, tenente coronel da polícia, ao canal Vesti 24.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, determinou que o diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), Alexander Bortnikov, e o procurador-geral do país, Yuri Chaika, coordenem as investigações.

Fonte: AFP
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Aneel decide multar a Light por cortes de energia no Rio

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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu multar a distribuidora fluminense Light pelos frequentes apagões nos últimos dias, em especial na zona sul do Rio.

A multa pode chegar a 1% do faturamento anual bruto da companhia. Esse dado não consta do balanço da Light, mas sua receita líquida somou R$ 3,9 bilhões de janeiro a setembro deste ano.

Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, não foi aceita a justificativa de que os cortes foram motivados pelo calor. "A Light alegou que não tinha praticamente aumento de mercado nos últimos dez anos e que a onda de calor pegou de surpresa a empresa, que trabalhou com limites de carga [de suprimento de energia] muito acima dos últimos anos."

A Light informou que não ira comentar. O presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, Luiz Carlos Guimarães, disse que a Light tem índices operacionais melhores do que a média do Sudeste. Afirmou ainda que nas áreas afetadas o tempo médio sem luz é inferior a 1 hora ao ano, enquanto no restante do Sudeste supera 10 h/ano.

Ontem, voltou a faltar luz em bairros do Rio, como Barra da Tijuca, e cidades da região metropolitana, como Nova Iguaçu e Duque de Caixas. A falta de luz provocou prejuízos ontem no comércio do Leblon. Na confeitaria Colher de Pau, 20 tortas, 10 kg de camarão e 25 kg de frango foram jogados fora.

Já no hotel Ritz, o apagão em diversos Estados do país no começo do mês levou ao aluguel por quatro meses de um gerador, por R$ 17 mil mensais. "Não podemos confiar na Light", disse o gerente Carlos Henrique Coelho.

Fonte: Folha
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Pacote de compras estimado em R$ 20 bi inclui sistema antiaéreo, mísseis, pontes móveis e aviões não tripulados

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Com um pacote de compras de R$ 20 bilhões, o QG do Exército, em Brasília, tornou-se ponto de romaria dos exportadores de armamentos. A Força está pesquisando a compra de equipamentos de defesa que vão desde um sistema antiaéreo com mísseis de médio porte, mísseis de pequeno porte, pontes móveis e aviões não tripulados (vants), além de equipamentos de comunicações e radares. O dinheiro será desembolsado nos próximos dez anos.

Na quarta-feira, os russos apresentaram ao Exército um sistema antiaéreo de defesa, conhecido por Tor, com mísseis de médio alcance, equipamento de que o Brasil está completamente desfalcado. Os militares da Força já conheceram sistemas semelhantes de Israel, Suécia, China e ainda esperam uma data para serem apresentados ao francês, que está em fase de adaptação e modernização.

Paralelamente à verificação do sistema antiaéreo, que o Brasil quer adquirir para proteger as unidades militares de Brasília, Sete Lagoas, Praia Grande, Rio de Janeiro e Caxias do Sul, o Ministério da Defesa está consultando Israel, França, Estados Unidos e Alemanha para a aquisição de vants, com câmeras para a vigilância das fronteiras. Equipamentos semelhantes foram comprados pela Polícia Federal de Israel. Mas o Exército quer modelos de menor porte.

RUSSOS

Também está na lista da Força a compra imediata de cerca de 20 mísseis de pequeno alcance. Nesse caso, a escolha deverá mesmo recair sobre os russos Igla, já que se tratará de reposição de material.

As necessidades do Exército passam ainda pela compra de pontes montáveis também empregadas para obras civis, em casos de catástrofes. O Brasil já comprou, anteriormente, este equipamento da Alemanha, mas agora está olhando os produtos ingleses e norte-americanos.

Para modernizar os pelotões de fronteira e colocar em prática o Projeto Amazônia protegida, o Exército vai precisar comprar modernos equipamentos de comunicações via satélite com algum tipo de proteção de criptografia, para proteger as informações produzidas.

Todas estas compras, no entanto, estão envoltas na nova filosofia prevista na Estratégia Nacional de Defesa, que prevê algum tipo de transferência de tecnologia. O governo, no entanto, não pretende apenas comprar equipamentos no exterior, uma vez que há intenção de revitalizar a indústria de defesa do País. Os 150 mil fuzis Fall que precisam ser substituídos – já que os atuais têm mais de 40 anos de uso – deverão ganhar sucessores fabricados pela indústria nacional, por meio da Imbel.

A mesma opção será adotada para alguns radares, que estão sendo desenvolvidos pela Orbisat, com o centro de tecnologia do Exército.

FONTE: O Estado de SP
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Jobim pede à FAB que não indique qual o melhor caça

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Ministro diz que, independentemente disso, decisão final será mesmo do presidente.
Em setembro, o presidente da comissão que avalia o negócio, brigadeiro Dirceu Noro, disse que iria apontar um vencedor do processo.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que pediu à FAB (Força Aérea Brasileira) que não indicasse um vencedor em sua avaliação técnica dos concorrentes ao fornecimento de 36 novos caças ao Brasil.

Mais afirmou por meio de sua assessoria que “a expectativa é que o relatório venha conforme solicitado”, “mas, independentemente da forma [do texto]“, “o que vale é a avaliação final feita pelo presidente da República”.

Para Jobim, que diz ter pedido só os prós e contras de cada concorrente em itens como preço e transferência tecnológica, “tudo o mais são insumos para essa decisão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em setembro, o presidente da comissão que avalia o negócio de estimados R$ 10 bilhões, brigadeiro Dirceu Noro, afirmara que iria haver um vencedor do processo seletivo. A declaração foi dada após a gafe de Lula, que havia anunciado a escolha do francês Dassault Rafale durante visita do seu colega Nicolas Sarkozy, esquecendo de esperar a conclusão da avaliação técnica da FAB.


Desconforto

Houve desconforto na Força, e o comandante Juniti Saito chegou a ameaçar entregar o cargo. Os finalistas do processo, suecos e americanos, além dos franceses, já haviam entregado suas propostas finais. O processo foi reaberto e eles foram instados a revê-las.

Desde então o Planalto e a Defesa tentam capitalizar a confusão como uma forma de pressionar pela queda nos custos. Em especial o preço do Rafale, naquela altura 40% superior ao do Boeing F/A-18 americano e o dobro do oferecido pelo Saab Gripen NG sueco.

Ao mesmo tempo, em reiteradas declarações, o governo manteve sua preferência pelo Rafale. O Brasil, afinal, acabara de assinar um acordo militar para fornecimento de submarinos e helicópteros de R$ 22,5 bilhões e uma parceria estratégica com Paris.

Antes do anúncio de setembro, Jobim já havia dito que esperava um relatório indicativo, mas não conclusivo, da FAB. A declaração de então à Folha por Dirceu Noro colocou lenha na fogueira: se os militares escolhessem um avião que não o francês, colocariam os políticos em uma saia justa.

O “timing” da nova “solicitação” de Jobim não é fortuito. Todos os concorrentes reapresentaram propostas prometendo corte de custo. Questionada, a Aeronáutica não divulgou oficialmente, mas certamente o tema foi debatido na reunião de Alto Comando que ocorreu entre anteontem e ontem.

Há incômodo na FAB com o que alguns oficiais consideram desprezo civil por seu trabalho. O processo transcorreu com prazos fixos e produziu mais de 25 mil páginas sobre cada um dos aviões e suas propostas. Um representante de um dos concorrentes, experiente de outras campanhas de venda, diz nunca ter visto análise tão detalhista.

Nos bastidores, os concorrentes consideram que a reunião seria decisiva para o relatório da disputa, conhecida pelo código F-X2 -o “2″ para diferenciá-la do malogrado programa abandonado em 2005.

Apesar das movimentações oficiais finais, como a visita do ministro da Defesa sueco a Jobim anteontem, os olhos do governo estão voltados para o quartel-general da Dassault.

Conforme a Folha apurou, para o caso ser dado por encerrado com os franceses, é tudo uma questão de a promessa política de Sarkozy a Lula tornar-se realidade da proposta empresarial.

O presidente francês prometeu ao brasileiro que o Rafale seria barateado e que cargueiros em desenvolvimento pela Embraer seriam comprados pela França -ou seja, misturou decisões privadas e estatais na conversa, o que não é inusitado em negócios de defesa, mas que levanta dúvidas.

Havia a expectativa entre as empresas de que o encontro ontem de Lula e Sarkozy em Manaus, aliado à reunião da FAB, fechasse algum diagnóstico. Jobim, contudo, viajou para o encontro de ministros da Defesa no Equador, o que deverá adiar qualquer anúncio por mais alguns dias. Ou não.

Fonte: Folha
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"Chineses e russos não vão endossar sanções econômicas"

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Embora tenham apoiado a censura ao Irã na AIEA, China e Rússia não deverão aprovar na ONU sanções que visem a economia iraniana, prevê Flynt Leverett, diretor do Projeto Irã da New America Foundation, centro de estudos americano de orientação centrista.

Ex-responsável pelo Oriente Médio no Conselho de Segurança Nacional dos EUA, ex-analista da agência central de espionagem, CIA, e professor da Universidade da Pensilvânia, Leverett vem defendendo o restabelecimento pleno das relações entre EUA e Irã, rompidas após a Revolução Islâmica de 1979.

Ele provocou polêmica em junho ao dizer, com base em pesquisa pré-eleitoral de sua fundação, que Mahmoud Ahmadinejad provavelmente foi o vitorioso da eleição contestada pela oposição. Abaixo, a entrevista à Folha, feita por telefone.


Após a advertência da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ao Irã, o que virá?

Os EUA, apoiados por Reino Unido e França, vão tentar usar a resolução da AIEA como base para convencer o Conselho de Segurança da ONU a endossar sanções adicionais ao Irã. Isso deve acontecer em fevereiro, quando a França assume a presidência do Conselho.

Mas sou cético quanto à possibilidade de qualquer medida acrescentar muito às sanções em vigor. Nas três resoluções já adotadas [desde 2006], EUA, Reino Unido e França vieram com um rascunho de punições amplas, que foram limitadas por Rússia e China a indivíduos e entidades ligadas à área nuclear.


Mas o fato de China e Rússia terem apoiado a decisão da AIEA hoje não indica uma mudança de posição?

Não no sentido que os EUA querem, que são sanções que visem setores importantes da economia iraniana, como finanças, petróleo e gás. Isso os chineses e russos não devem endossar.

Claro que nem China e nem Rússia têm interesse em que o Irã se torne uma potência nuclear. Querem uma solução pacífica e multilateral, o que as levou a apoiar a decisão de hoje que pede mais cooperação do Irã. Mas, quando chega a hora de opções mais duras, não comprometem seus próprios interesses para agradar os EUA.


O Brasil, que acaba de receber o presidente iraniano, se absteve hoje na AIEA, ao lado de África do Sul e mais quatro países. Também tem dito que o Irã tem o direito de enriquecer urânio para fins pacíficos. Isso pode comprometer a posição internacional brasileira?

O Brasil, como a África do Sul, tem história nessa questão. São dos poucos países que abriram mão de um programa de armas nucleares, de forma monitorada internacionalmente, e todos o consideram líder no tema da não proliferação. Ao mesmo tempo, como uma espécie de líder dos países não alinhados, o Brasil tem defendido o que considera direito de acesso dos países sem armas nucleares à tecnologia nuclear civil, incluindo o ciclo do combustível.

Não me surpreende nem um pouco que o Brasil e os outros cinco países tenham adotado essa posição em Viena. Da perspectiva desses Estados, segundo meu entendimento, houve um processo na AIEA em que o Irã esclareceu várias dúvidas sobre seu programa levantadas no passado, exceto por um "suposto estudo" sobre atividades ligadas à produção de armas, mencionado no relatório da AIEA.

E aí você tem um problema claro porque a AIEA não pode colocar esse estudo que recebeu dos EUA e outras agência ocidentais em frente ao Irã e pedir que responda. Como se pode esperar que o Irã prove que não está fazendo alguma coisa quando as evidências [de que está fazendo] não são tornadas disponíveis?

Claro que a posição brasileira provoca críticas em alguns círculos americanos, mas no final não há muito que os EUA possam fazer contra o Brasil nesse aspecto.


E por que o estudo não pode vir a público?

Bom, isso é um ponto obscuro. A própria direção da AIEA cobrou isso, mas a alegação é que os EUA e os outros países ocidentais não querem que o Irã veja as fontes da informação.


Antes da eleição iraniana, havia consenso entre os analistas de que os EUA deveriam buscar um acordo mais abrangente com o Irã, que fosse além da questão nuclear. Com a eleição e a repressão que se seguiu, muitos passaram a considerar que isso reforçaria Ahmadinejad. Qual é a sua posição?

Sou um dos que acham que qualquer solução para a questão nuclear iraniana tem que ser parte de um entendimento estratégico amplo, particularmente entre o Irã e os EUA.
Os EUA ainda não chegaram a esse tipo de proposta. Entre [George W.] Bush e [Barack] Obama, nós abandonamos algumas precondições para o diálogo, mas não colocamos na mesa uma proposta nova.

O ministro do Exterior iraniano tem uma frase: "Antes de eu entrar numa sala, tenho que saber o que há lá dentro". E, até agora, os EUA nunca deixaram claro o que estará na sala, qual será a natureza do acordo, da relação bilateral. Sem isso, será difícil chegar a uma solução diplomática para o problema nuclear.

Por causa do modo como a eleição de junho foi percebida, ficou mais difícil uma iniciativa ousada. Minha opinião é que Ahmadinejad de fato ganhou as eleições. As pessoas podem ter opiniões diferentes sobre isso, mas o ponto crítico é preciso promover interesses estratégicos, da estabilidade, da não proliferação e de um Oriente Médio mais estável. Para isso, você terá que lidar com o governo iraniano como ele é, não como queremos que seja.


Mas a equipe de Obama nunca teve uma estratégia clara ou foram os fatos que contribuíram para a falta de ousadia?

Um pouco dos dois. A estratégia nunca foi muita clara. O governo queria negociar, mas não tinha uma estratégia clara para isso e não queria enfrentar escolhas muita duras que precisaria fazer numa negociação séria. Não colocou na mesa coisas que seriam do interesse iraniano antes da eleição de junho e, depois, com toda a controvérsia, [o governo Obama] basicamente ficou na defensiva. Às vezes quer negociar, às vezes quer parecer duro.


Quando Ahmadinejad esteve no Brasil, o governo brasileiro mencionou a ideia de um Oriente Médio livre de armas nucleares. Isso é exequível?

Uma discussão séria da proposta de um Oriente Médio livre de armas nucleares para nos EUA quando Israel entra no quadro. Isso é ruim, porque parte do problema que temos ao lidar com a questão iraniana é que o Conselho de Segurança exige que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio. Os EUA e seus parceiros dizem que, ao fim de qualquer negociação, querem obter o fim do programa de enriquecimento.

Não acho que isso vá acontecer, porque singulariza o Irã com um tratamento que nenhum outro país recebe, e não posso imaginar os iranianos aceitando isso.
Então seria preciso uma abordagem mais neutra para lidar com a proliferação no Oriente Médio, e a melhor fórmula para fazer isso seria a da zona livre de armas nucleares ou de armas de destruição em massa. Todos os principais países da região, exceto Israel, concordam com isso.


Israel se sente ameaçada pelo Irã. Ela poderia atacar se a situação chegar a um impasse e ficar claro que o Irã caminha para ter a bomba?

Israel poderia em tese atacar dois ou três alvos de alta prioridade. Mas não acho que seja uma opção muito robusta. Acho que os israelenses entendem as limitações do que podem fazer, e provavelmente preferem que a questão seja tratada de outra forma. Mas não se pode descartar que um ataque aconteça, se Israel achar que as coisas foram muito longe no lado iraniano.


Há o argumento de o Irã não pode ser tratado como os outros países porque é expansionista, seus líderes não agem racionalmente. O senhor discorda. Por quê?

Acho que [esse argumento] não tem base histórica. O Irã hoje não pode projetar poder militar convencional além de seus fronteiras. Não é uma ameaça militar a outros Estados da região. Se você olhar a região da perspectiva iraniana, há 15 Estados em suas fronteiras, nenhum deles é um aliado natural e vários foram usados como plataforma para ações hostis contra o Irã.

O Irã quer ter meios de tentar influenciar os acontecimentos nesses países para que não sejam usados como plataforma contra ele, então apoia todos os tipos de grupo, como o Hizbollah no Líbano, o Hamas palestino, as organizações iraquianas que tinham seu apoio desde quando Saddam [Hussein] estava no poder e que agora fazem parte do governo.

Eu entendo que isso seja um problema para os vizinhos na região, mas não acho que o torne um país agressor.


Fonte: Folha
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Unasul avança em estratégia de Defesa mas ainda teme bases colombianas

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A União de Nações Sul-americanas (Unasul) avançou hoje no desenho de uma estratégia regional de Defesa e Segurança, embora a presença de tropas americanas em bases militares colombianas mantenha o temor em seus membros.

Segundo o chanceler equatoriano, Fander Falconí, a Unasul saiu fortalecida do encontro de Quito porque se trataram e pactuaram temas profundos e se adotaram decisões que beneficiarão a região.

No documento central aprovado hoje se inclui o compromisso dos doze países para intercambiar informação sobre despesas, estratégias, manobras e a situação militar da região.

O chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, também destacou os avanços registrados na reunião, embora indicasse que há assuntos que estão pendentes e que têm a ver com o temor que despertam sete bases militares colombianas cedidas aos EUA.

Para Maduro, há uma "estrutura central" que perfila a construção de uma doutrina de segurança e de paz para a América do Sul, com medidas de confiança e segurança, que aplainam o caminho para uma maior integração.

Insistiu que a Venezuela espera decisões sobre algumas propostas, como a de declarar a região como "território de paz" e "livre de bases militares estrangeiras".

O Governo da Colômbia reiterou mediante uma carta enviada à reunião de Unasul pelo chanceler do país, Jaime Bermúdez, um dos "grandes ausentes", que o pacto militar de Bogotá com Washington se circunscreve, exclusivamente, ao combate ao narcotráfico e o terrorismo.

Além disso, Bermúdez pediu correspondência a seus vizinhos e disse que os membros de Unasul deveriam dar transparência sobre "todos os casos relativos aos acordos de cooperação militar", em referência aos que estabeleceram países como a Venezuela e Equador com a China, Rússia e o Irã, que também preocupam a Bogotá.

Apesar dos avanços, o tempo resultou curto para tratar outros assuntos que se tinham pendentes no seio do Conselho de Defesa da Unasul, como um pronunciamento do grupo frente à situação de Honduras, embora Falconí dissesse que nos próximos dias a União expressará sua posição.

Se prevê que esse anúncio ratifique a condenação da Unasul ao golpe de Estado em Honduras, identifique ao líder deposto Manuel Zelaya como presidente legítimo do país e se condene as eleições convocadas por iniciativa do líder golpista, Roberto Micheletti.

Também ficou pendente uma discussão sobre a situação de tensão entre Venezuela e Colômbia e se anunciou que a secretaria pro tempore do grupo, em mãos do Equador, administrará uma aproximação com as autoridades americanas para falar, entre outras coisas, das tropas dos EUA em solo colombiano.

À reunião em Quito acudiram chanceleres e ministros da Defesa dos 12 países sul-americanos convocados pelo Conselho de Defesa Sul-americano, que propõe elaborar uma "arquitetura" de segurança comunitária.

A reunião contou com a participação dos chanceleres do Equador, Fander Falconí; Venezuela, Nicolás Maduro; Peru, José Antonio García Belaúnde, e Brasil, Celso Amorim, embora este abandonou antecipadamente a reunião, por atender assuntos em seu país.

Também assistiram os ministros da Defesa do Brasil, Nelson Jobim; Equador, Javier Ponce; Paraguai, Luis Bareiro Spaini, e do Suriname, Ivan Fernald.

As delegações da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai estiveram representadas por vice-ministros e outras autoridades, enquanto Guiana não figurou na lista de participantes.

A reunião demorou mais de cinco horas, sobretudo pelo debate em torno da presença de tropas dos EUA na Colômbia.

Falconí ressaltou o ambiente de camaradagem e de respeito entre os presentes, o que, segundo ele, contribuiu para que se tenha chegado a um consenso sobre as medidas de confiança e segurança na região.


Fonte: EFE
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Colômbia cria Divisão para fronteira com Brasil e Venezuela

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A Colômbia criou nesta sexta-feira a VIII Divisão do Exército, com 16 mil homens, cuja jurisdição envolverá as fronteiras com Brasil e Venezuela.

O início das atividades da VIII Divisão foi marcado por uma cerimônia em Yopal, capital do departamento de Casanare, presidida pelo comandante das Forças Armadas, general Freddy Padilla.

A nova Divisão terá a missão de "incrementar o poder de combate para enfrentar a ameaça procedente dos grupos narcoterroristas", especialmente "desarticulando as estruturas do 'Bloco Oriental' das Farc" (guerrilla das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

A medida ocorre no momento em que o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva, denuncia a presença de guerrilheiros das Farc e do ELN (Exército de Libertação Nacional) no território da Venezuela.

"Sabemos que (o líder das Farc) Iván Márquez está na Venezuela, que comandantes de várias Frentes (da guerrilha) derrotados na costa Atlântica (norte) se refugiaram naquele país", disse Silva à rádio Caracol.

A tensão entre Colômbia e Venezuela é crescente desde julho passado, quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, decidiu "congelar" as relações bilaterais devido ao acordo militar entre Washington e Bogotá.

Colômbia e Estados Unidos fecharam um acordo para que militares americanos utilizem sete bases no território colombiano em missões de combate ao narcotráfico e à narcoguerrilha, o que Caracas vê como uma ameaça a sua soberania.

Fonte: France Presse

Nota do Blog: Seria de bom tamanho que nós aumentassemos nosso contigente naquela região, pois as atitudes colombianas tem sido um tanto suspeitas.
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Colômbia diz que Brasil aproveita bloqueio comercial da Venezuela

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O vice-presidente colombiano, Francisco Santos, denunciou nesta sexta-feira que o Brasil está se aproveitando do bloqueio comercial adotado pela Venezuela contra a Colômbia.

"A Venezuela ergueu um muro comercial. Está configurando um embargo comercial contra a Colômbia e olhem quem está substituindo os produtos colombianos: o Brasil" - disse Santos, acusando Brasília de "aproveitar um embargo comercial da Venezuela".

"O grave do que ocorre com o comércio é que há um embargo econômico de um país contra outro, em detrimento de todas as regras internacionais, e mais grave ainda é que há outros países que estão se aproveitando deste embargo para incrementar seu comércio", denunciou Santos.

O vice colombiano qualificou a atitude do Brasil de "falta de solidariedade" diante de um problema que afeta um país vizinho.

O comércio entre Colômbia e Venezuela começou a decair após o presidente Hugo Chávez "congelar", em julho passado, as relações bilaterais diante do acordo militar entre Bogotá e Washington para a utilização de bases militares colombianas por tropas americanas.

As exportações de produtos colombianos para a Venezuela (seu segundo parceiro comercial, depois dos EUA) despencaram em outubro, segundo a estatal Direção de Impostos e Aduanas (DIAN).

Em outubro, as exportações colombianas para a Venezuela somaram apenas 185 milhões de dólares, contra 640,6 milhões no mesmo período de 2008.


Fonte: AFP

Nota do Blog: Dá para entender estes colômbianos? Eles tarzem os EUA para nosso quintal, criam atrito com Chavez e agora vêm dizer que estamos nos aproveitando da situação.

Se a Venezuela suspendeu comercio eles, não podemos interferir nas decosões estratégicas adotadas por outra nação que não venha nos atingir, ou ainda que não venha a solicitar nossa opinião. Não podemo nos confundir com os EUA que saem se metendo onde não são chamados. Se o Brasil tivesse aderido ao embargo venezuelano tudo bem, o que seria até de certo ponto justificável devido a opção de Bogotá ao ceder seu território para bases militares americanas. Agora estamos aumentando o comercio com eles. Vai entender o que se passa na cabeça deste povinho.
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Unasul não irá reconhecer eleições em Honduras

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A Unasul (União das Nações Sul-americanas) não reconhecerá as eleições que ocorrerão no próximo domingo (29) em Honduras, afirmou nesta sexta-feira em Bruxelas, o presidente de Equador, Rafael Correa, que pediu que a União Europeia adote a mesma posição.

"A decisão da Unasul está tomada: não vamos reconhecer as eleições sob o governo de Roberto Micheletti, que no entanto serão reconhecidas pelos Estados Unidos", disse Correa.

"Espero que a União Europeia adote a mesma postura. Agora veremos quem é quem, quem acredita na democracia e quem não acredita", acrescentou o líder do Equador.

No entanto, o Peru, um dos membros da Unasul, anunciou anteriormente que reconhecerá o pleito. A UE ainda não anunciou oficialmente se reconhecerá ou não o processo eleitoral.

Zelaya pediu boicote às eleições, que considera ilegítimas já que não foi restituído ao poder --parte do acordo San José-Tegucigalpa assinado por ambas as partes em outubro e decretado como fracassado pelo presidente deposto. O Brasil também defende esta posição ao lado de Uruguai, Venezuela, Bolívia, Argentina, Chile, Equador e Nicarágua.

Do outro lado, os Estados Unidos, país de maior influência no país, lidera um pequeno grupo com Peru e Colômbia que aceita o resultado das eleições como único caminho viável para a resolução da crise política hondurenha.


Brasil

O governo brasileiro reiterou nesta quinta-feira que não reconhecerá as eleições previstas para o próximo domingo (29) em Honduras. O pleito elegerá um novo presidente para substituir Manuel Zelaya, deposto por um golpe de Estado há quase cinco meses.

"Os países democráticos do mundo precisam repudiar de forma veemente o que ocorreu em Honduras, portanto, a posição do Brasil se mantém inalterada. Nós não aceitamos histórias de golpes", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à agência de notícias Efe.

Lula, um dos maiores defensores públicos de Zelaya, afirmou ainda que defende com firmeza o retorno de Zelaya ao poder, do qual foi deposto no dia 28 de junho, não porque "seja mais radical, mais bonito ou mais feio que os outros", mas porque o Brasil viveu 21 anos sob uma ditadura (1964-1985) e sabe o que é um regime autoritário.

"A América Latina e América Central têm experiências de sobra de golpistas que usurpam o poder rompendo os princípios democráticos, e se aceitarmos isso, pode acontecer o mesmo em outro país amanhã", disse Lula.

Zelaya voltou clandestinamente ao país no dia 21 de setembro e desde então está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Com o fracasso do acordo, Zelaya não está protegido pela anistia e não pode deixar a embaixada correndo o risco de ser preso.


Observadores

Observadores convidados para acompanhar a eleição começaram a chegar ao país em meio aos pedidos do presidente deposto Manuel Zelaya à ONU (Organização das Nações Unidas) e à OEA (Organização dos Estados Americanos) por Tribunal Internacional para casos de perseguição política contra ele e contra membros de seu governo.

Os primeiros ex-presidentes a chegar a Honduras para atuar como observadores foram o salvadorenho Armando Calderón e o boliviano Jorge Quiroga. Eles fazem parte de uma lista de 300 convidados que, segundo o Supremo Tribunal Eleitoral, supervisionarão o pleito.

Calderón, presidente entre 1994 e 1999, defendeu a idoneidade dos observadores convidados, entre eles políticos e empresários, e disse que não necessita dos "burocratas" da OEA ou da ONU. A OEA decidiu não enviar observadores já que não reconhece o resultado do pleito.

Quiroga (2001-2002) disse querer se reunir com os principais candidatos à Presidência em comícios que defendeu como a forma dos hondurenhos "não virarem reféns da situação política que vive o país".

Fonte: Folha
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Candidato favorito em Honduras quer ajuda do Brasil contra crise

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O candidato conservador Porfírio Lobo, favorito na eleição presidencial de domingo em Honduras, disse nesta sexta-feira que, se eleito, pretende bater na porta do Brasil e até do rei da Espanha para tentar restabelecer as relações internacionais de seu país, abaladas pelo golpe militar de junho.

Lobo, candidato do Partido Nacional e derrotado na eleição de 2005 pelo agora presidente deposto Manuel Zelaya, pediu aos países que condenaram as eleições de domingo que reconsiderem sua posição. O Brasil e outros países decidiram não reconhecer a eleição por ser organizada por um governo golpista.

"Estaremos batendo à porta do presidente Lula e de todos para restabelecer canais de amizade com todas as nações", disse o candidato de 61 anos em uma entrevista à imprensa estrangeira, na qual disse ser admirador do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

As eleições em Honduras dividiram a comunidade internacional. Muitos consideram que o pleito pode ser a solução para a crise institucional dos últimos meses em Honduras, mas outros dizem que a consulta é ilegítima.

Zelaya, abrigado desde setembro na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, conclama seus seguidores a boicotarem as eleições.

A Europa adotou uma posição dura contra o golpe, inclusive cancelando parte da ajuda a Honduras. "Se tenho de bater na porta do rei (da Espanha, o farei) de imediato", disse Lobo, um pecuarista que em nenhum momento apostou na restituição de Zelaya para completar seu mandato, como defendem Brasil e outros países.

Lobo e seu principal rival, Elvin Santos, do Partido Liberal (o mesmo de Zelaya), dizem que a decisão sobre a volta do presidente deposto deveria ser tomada pelo Congresso, que votará essa questão em 2 de dezembro.

O candidato conservador sugeriu que poderia manter boas relações inclusive com Hugo Chávez, presidente da Venezuela, cuja proximidade com Zelaya foi um dos fatores determinantes no golpe. Ressaltou, porém, que não aceitará "nenhum tipo de imposição."

Zelaya irritou a elite do seu país inclusive alguns de seus partidários com a guinada à esquerda que realizou na metade do seu mandato e com a tentativa de reformar a Constituição para disputar a reeleição, algo em que seus adversários viram uma influência de Chávez.

Fonte: Reuters

Nota do Blog: A posição Brasileira é bem clara e exige que para que haja reconhecimento da eleição é primordial e incontestável que Zelaya retorne ao poder.

Esta posição adotada foi muito bem estudada e deixa claro que a democracia deve ser preservada em primeiro lugar, pois caso contrário de certo modo estaremos validando o golpe dado em Honduras, e seria uma derrota da democracia.
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