sábado, 24 de outubro de 2009
Índios da Raposa dizem ter sido ameaçados pela PF e por Exército
Índios de três comunidades da terra indígena Raposa/ Serra do Sol, em Roraima, afirmam que foram ameaçados e tiveram casas e equipamentos de garimpo destruídos com explosivos utilizados pela Polícia Federal e pelo Exército na semana passada, durante a Operação Escudo Dourado.
Segundo o Exército, dez pessoas foram presas na ação, entre elas cinco índios, e dez garimpos foram localizados.
A operação, deflagrada no dia 12, tinha como objetivo combater o garimpo ilegal na fronteira do Brasil com a Guiana.
O índio macuxi Lauro Barbosa afirmou que quem tentava se aproximar e proteger os equipamentos, que auxiliam na extração de ouro e diamante, foi ameaçado pelos agentes da PF e do Exército, que, segundo disse, apontaram armas de fogo. Ninguém se feriu.
A situação da Raposa/Serra do Sol esteve menos tensa desde junho, quando o último não índio foi retirado da área, em cumprimento à decisão do STF. Policiais permanecem na região para evitar conflitos.
Nos últimos meses, os índios, agora sem as plantações de arroz, enfrentaram uma estiagem que prejudicou suas lavouras.
De acordo com a Secretaria do Índio de Roraima, esse é um dos motivos para o aumento dos garimpos na região --atividade econômica secundária das etnias "há gerações", segundo os índios.
O garimpo em terras indígenas é considerado ilegal.
Para o secretário estadual do Índio, Jonas Marcolino, a prática na Raposa/Serra do Sol é uma "questão de sobrevivência", sem a qual os índios podem "morrer de fome".
De acordo com o líder indígena Abel Barbosa, ligado à Sodiur (Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima), que era favorável à presença dos produtores de arroz, cerca de cem famílias foram prejudicadas pela operação porque dependiam dos garimpos.
Outro lado
Em nota, o Exército e a PF de Roraima negaram abusos e disseram que cumpriam mandados de busca e apreensão. Falaram que apenas as máquinas que não podiam ser transportadas foram destruídas no local. Para o Exército, as acusações dos índios "carecem de fundamento", já que "não houve qualquer tipo de reação" dos garimpeiros durante a ação. A PF diz que as afirmações dos índios são "caluniosas".
A Funai (Fundação Nacional do Índio) não se pronunciou até a publicação desta reportagem.
Fonte: Folha
Nota do Blog: Na minha concepção a PF e o EB estão mais do que certos em combater o garimpo nestas terras, se são índios e querem viver como tal, que vivam da pesca, caça e plantação, pois se o Estado não pode fazer uso das riquezas em prol de toda a nação, porque tal minoria que se diz coitada, mas hoje anda de picapes de luxo, ostentam conexão via satélite de TV e internet, vai poder desfrutar das riquezes de toda uma nação?
Sou completamente contra essa balela de dar terras para inígenas que não mantém a suas tradições, pois eles extraem o ouro e diamantes e vendem ao estrangeiro sem que o Estado possa efetuar controle, e o pior, ainda exigem proteção e recursos do Estado para sustentar suas tribos. Sei que é importante preservar a história, mas a história deve ser guardada em museus e celebrações, todo cidadão deve ter direitos iguais, não importa se índios, negros, quilombolas ou brancos. Todos somos brasileiros e temos de conviver e ser tratados igualmente.
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Sabia que eles iam debandar para o garimpo ... Isso era muito claro ... O extrativismo mineral começou, daqui a pouco o vegetal e o animal também.
ResponderExcluirIsso é piada ?
"...atividade secundária das etnias "há gerações", segundo os índios."
E eu achando que o garimpo tinha sido introduzido pelos colonizadores ( e a força )...
Perfeito o seu comentário Angelo: "Se são índios, vivam como tal". Era o que eles queriam quando reivindicaram as terras.
Tsc tsc tsc ... Essa situação é tão lamentável qunato a da base de Alcantara para os quilombolas.