sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Hillary diz que EUA não estão perdendo a guerra no Afeganistão
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse em uma entrevista exibida nesta sexta-feira pelo canal ABC que os Estados Unidos não estão perdendo a guerra no Afeganistão.
A declaração contraria o relato pessimista do comandante geral das forças internacionais do país, general Stanley McChrystal, que pediu reforço no número de soldados para evitar o fracasso da guerra contra os militantes do grupo islâmico Taleban.
"Os Estados Unidos estão perdendo a guerra no Afeganistão? Não acredito", disse Hillary ao jornalista da ABC. Ela admitiu, contudo, que "os talebans estão em seu momento" e que ganharam força e terreno nos últimos meses.
A entrevista foi ao ar horas antes de uma reunião do presidente Barack Obama com altos comandantes militares, como parte de uma série de sessões com conselheiros de alta patente para avaliar o pedido de milhares de tropas adicionais do general McChrystal.
"Não vai ser uma repetição do mesmo e velho enfoque. Estamos tentando coisas diferentes. Quando o presidente tomar sua decisão, acredito que isto será evidente", afirmou Hillary, sobre as expectativas pela decisão de Obama.
Há semanas o presidente se reúne com grandes nomes do governo para avaliar o pedido de 40 mil tropas adicionais de McChrystal. Ele deve responder somente após o segundo turno das eleições no país, em 7 de novembro próximo.
Fonte: France Presse
Nota do Blog: Será que não estão perdendo mesmo??? O que esta parecendo é que esta tudo ainda muito incerto, com maior probabilidade para fracasso americano devido ao histórico afegão.
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Angelo,
ResponderExcluira questão de perder ou ganhar essas guerras (Afeganistão e Iraque) tem que ser olhado pelos objetivos que os EUA precisam alcaçar, particularmente um deles: a estabilização da região (que não foi e dificilmente será conseguida).
Na guerra contra exécitos regulares os EUA são eficientes. Mas na guerra de guerrilha, não são. Desde o Vietnã que isso vem se mostrando verdadeiro.
No Iraque os EUA conseguiram vencer as forças regulares do Sadam em pouco tempo. Coisa de dias. Mas não conseguem estabilizar o país até hoje. Os EUA planejaram muito mal a guerra contra o Iraque. Não entenderam que não se pode tirar um governo sem ter uma alternativa viável para se colocar no lugar. E estão nesse imbróglio até hoje.
No caso do Afeganistão a coisa é ainda pior, pois não se trata de uma guerra contra Estado e nem contra um governo específico. No Afeganistão os EUA travam uma guerra contra o "vento". As chances de sairem derrotados (desgastados moral e economicamente) são enormes.
A máquina de guerra dos EUA foi construída para lutar contra um oponente do mesmo perfil, foi construída para lutar contra a antiga URSS. Mas não para lutar contra inimigos invisíveis.
Não se luta contra terroristas com F-22 e Nimitz. Na verdade, se os EUA quiserem mesmo acabar com o terrorismo no Oriente Médio, não é para o Afeganistão que devem ser voltadas as atenções. Mas para Israel.
Os EUA precisam controlar Israel (e fazer Israel ceder) se quiserem a paz no Oriente Médio e região. Caso contrário, não vai acontecer paz nenhuma, e o Afeganistão continuará sendo o que é: um matadouro de soldados americanos.
abração
Quem perdeu foram os caras de terno e gravata,não os de farda e fuzil.
ResponderExcluirO fato dos EUA não estarem preparados para uma guerra anti-insurgencia,é que ela é nova,implica uma doutrina nova e mudanças no emprego da força.
Os EUA estão nessa a pouco tempo mas ja digo que estão sim preparados,não como deviam,mas estão.
A meu ver,a guerra anti-terror no Afeganistão só não acaba por que acenderam o pavio e agora não conseguem apaga-lo.Bin Laden esta longe e não é a prioridade no Afeganistão.Agora,terão que abrir os olhos para o Paquistão,este estando sujeito a uma intervenção com mais poder para deter as milicias.
Enquanto não acharem a fonte,cortarem a raiz(o que,particularmente acho quase impossivel)sera uma guerra sem fim,gastos astronomicos,militares morrendo,inocentes morrendo,parlamentares falando e impondo suas bobagens e o fanatismo e o anti-americanismo aumentando.
Pelo menos,não é o Bush que está no Poder.
abraços.