quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Assembleia Geral da ONU votará resolução contra embargo dos EUA a Cuba


Os 192 países da Assembleia Geral da ONU votarão nesta quarta-feira uma resolução de condenação ao embargo comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.

A reunião de amanhã será a 18ª ocasião consecutiva na qual o Governo cubano apresenta no organismo multilateral um projeto de resolução para pedir o fim das sanções americanas contra a ilha comunista.

Esta também será a primeira ocasião em que as Nações Unidas tratarão do embargo imposto pelos EUA desde que Barack Obama assumiu a Presidência do país.

No ano passado, uma resolução similar foi aprovada com os votos favoráveis de 185 países, três contra (EUA, Israel e Palau) e as abstenções de Ilhas Marshall e Micronésia.

Fontes diplomáticas declararam à agência de notícias Efe que a expectativa é de um respaldo similar da comunidade internacional ao documento que será apresentado pela delegação cubana liderada pelo ministro das Relações Exteriores do país, Bruno Rodríguez.

No último dia 14, Rodríguez previu em Havana "outra famosa vitória" da diplomacia cubana nas Nações Unidas em relação à política "hostil" de Washington.

O ministro lembrou que Obama, mesmo que quisesse, não poderia suspender o embargo imediatamente devido a empecilhos legais, mas poderia emitir normas que o flexibilizem, "algo que não parece estar disposto a fazer".

Além disso, segundo Rodríguez, 80% dos americanos é contra o embargo, assim como a maioria dos exilados cubanos nos EUA.

O embargo americano sobre Cuba começou oficialmente em 7 de fevereiro de 1962 sob o governo de John F. Kennedy, mas Washington já tinha imposto certas sanções a partir de 1959.

As restrições comerciais e financeiras representaram perdas à economia cubana estimadas em US$ 242,4 milhões no último ano e de US$ 96 bilhões desde quando entraram em vigor, segundo o governo de Havana.

Fonte: EFE

Nota do Blog: O fantasma do Comunismo ja esta morto e enterrado, é hora de acabar com o embargo, pois além de estar ainda sufocando a população cubana, os EUA estão perdendo um grande investimento, pois Cuba seria um mercado muito atrativo, seja do ponto de vista turístico ou mesmo comercial.
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2 comentários:

  1. O século XIX foi a época das chamadas Revoluções Burguesas (Desde a consolidação da Revolução Francesa, até a "Revolução" - guerra civil - americana, passando pelo alargamento da Revolução Industrial, que começou na Inglaterra, mas se espalhou logo em seguida pela Europa Ocidental, EUA e Japão).

    Já o século XX é conhecido pelas chamadas Revoluções Socialistas (Ou comunistas): Russia (depois URSS), China, Cuba. E os países que orbitavam esses.

    Ocorre que, se no caso das Revoluções Burguesas, seus ideiais e pressupostos nunca foram alcançados de fato (Liberdade, Igualdade e Solideriedade, lemas da Revolução Francesa), tornando-se apenas um mote ideológico: liberdade se transformou em liberdade do capital; igualdade em uma questão meramente juridica e a solidariedade foi destroçada na Comuna de Paris, em 1871 (sua última aparição). Já no caso das Revoluções Socialistas, cada uma teve um sentido....emn nenhuma delas, o comunismo foi algo além que uma palavra vazia (ou seja, nunca ocorreu de fato).

    Na Russia de 1917, a Revolução ocorreu como um projeto modernizador diferente do Ocidental, em nome de um suposto "Comunismo" (que nunca se deu de fato). Centralizado nas mãos do PC Russo, o processo de modernização foi um dos mais rápidos e eficazes da história. Em 1917 a Russia era um país feudal. Em 1948 era uma superpotência. Afundou em 1990, devido às suas próprias contradições internas.

    Na China, a Revolução de Mao, no imediato pós-guerra, também tinha no horizonte o "comunismo". Mas foi muito mais uma "Guerra pela descolonização". Foi eficaz, a China não é mais colônia da Inglaterra (e nem de Portugal). Tal como no antigo Império chinês, a China atual também é centralizada e autoritária. Neste ponto, nada mudou. Mas do ponto de vista econômico, a modernização aos moldes da antiga URSS, está levando a China a um patamar nunca visto de crescimento econômico (tal como ocorreu na antiga URSS). Precisamos ver se é sustentável.

    Em Cuba a Revolução não se deu em nome do Comunismo. Em Cuba ocorreu uma Revolução de Independência. Fidel e seus companheiros lutaram (e venceram) a guerra de independência contra a dominação dos EUA. A Guerra Fria e os embargos dos EUA é que empurrou Cuba para o lado da antiga URSS.

    Portanto, o que os EUA não suportam em Cuba não é o "perigo do comunismo" (que nunca existiu por lá também), mas sim a visão dos líderes políticos que impuseram mais uma derrota as forças dos EUA. O embargo não é contra Cuba, mas sim contra Fidel, que liderou a independência de Cuba contra os EUA. Isso está no imaginário dos americanos e dói como uma ferida aberta. Ainda aberta.

    Sou plenamente a favor do fim do embargo, que aliás, nunca deveria ter existido. Foi mais um erro crasso da política internacional dos EUA. Mais um deles.

    abraços a todos

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  2. Em tempo: sou a favor do fim do embargo a Cuba por uma questão de princípios civilizacionais.

    Se todo povo tem direito a escolher seus próprios distinos (auto-determinação dos povos, garantido pela ONU), isso vale pra Cuba também.

    Ninguém tem que se meter nos assuntos internos de Cuba. E devem tratar Cuba e os cubanos como tratam todos os países soberanos no mundo: com respeito e dignidade. Sem mesquinharias e sem revanchismos.

    Mas acho que em breve a racionalidade vencerá a mesquinharia nos EUA, neste caso em particular. 80% dos americanos é contra o embargo, então...

    abraços a todos

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