domingo, 27 de setembro de 2009
Rafale terá limitação de Transferência de tecnologia
A transferência de tecnologia oferecida pelo governo da França na venda dos caças modelo Rafale, fabricados pela Dassault, não inclui a revelação de segredos militares dos componentes eletrônicos de transmissão, identificação, direção de voo e de definição de alvo do Rafale “nuclear” – a aeronave equipada para transportar mísseis com ogivas atômicas. De acordo com o Palácio do Eliseu, sede do governo francês, esses aparelhos não constam da lista dos pedidos do Ministério da Defesa do Brasil.
O pacote de dispositivos a que o Brasil não terá acesso diz respeito a sistemas eletrônicos de novíssima geração, como o Identifying Friend or Foe (IFF), equipamento que permite distinguir aviões da própria esquadrilha de aeronaves estrangeiras. Além disso, estariam fora dos planos de transferência os componentes da versão nuclear, que poderiam ser armados com mísseis nucleares ASMP-A. Quanto à tecnologia nuclear em si, a transferência é proibida por tratados internacionais.
Questionado ontem, em Paris, sobre as informações a respeito da transferência de tecnologia, o almirante Edouard Guillaud, conselheiro militar do Palácio do Eliseu, definiu-as como “bobagem”. O militar reafirmou o que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, tem reiterado: “Transferência completa quer dizer exatamente isso: completa”. Guillaud afirmou que o repasse vai até onde é pedido pela licitação FX-2. “Haverá toda a transferência de tecnologia solicitada pelo governo brasileiro”, especificou.
Sobre os segredos técnicos dos equipamentos da versão nuclear do Rafale, o almirante disse que não estão incluídos. A profundidade do repasse de tecnologia é um dos pontos nevrálgicos da licitação FX-2, da qual participam ainda a americana Boeing, com o modelo F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com seu modelo Gripen NG. O tema é prioritário para o governo brasileiro, que planeja, a partir dos códigos fontes das aeronaves, construir seus próprios aviões no futuro.
Em resposta à exigência brasileira, a Saab promete desenvolver totalmente o caça com parceiros locais. O problema do Gripen NG é que parte de seus componentes é fabricada por empresas dos EUA, sobre os quais pairam dúvidas a respeito da possibilidade de repassar tecnologia. Já a Dassault e o Palácio do Eliseu falam em “transferência ilimitada”, enquanto a Boeing e a Casa Branca usam a expressão “transferência necessária”.
Fonte: Defesa@net
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Pra mim o IFF era uma coisa até que "basicona" e perfeitamente trasferivel,talvez nem tanto necessaria,mas o Brasil poderia ter abraçado essa.Ou estou enganado?
ResponderExcluirabraços.