sábado, 19 de setembro de 2009

Brasil é reeleito para a presidência da Junta Interamericana de Defesa


Por unanimidade de votos, o Conselho de Delegados da Junta Interamericana de Defesa (JID) reelegeu o Major-Brigadeiro do Ar José Roberto Machado e Silva, da Força Aérea Brasileira (FAB), para mais um ano de mandato como presidente da entidade, a ser iniciado em 1º de julho de 2010.

A decisão saiu hoje (16/9), durante a Reunião Ordinária nº 1301, que contou com a presença de representantes de 16 países.

A Junta Interamericana de Defesa é um foro internacional integrado por representantes civis e militares dos seus 26 Estados-Membros que presta serviços de assessoramento técnico, consultivo e educativo em assuntos militares e de defesa do hemisfério americano.

Criada em 1942, sob a influência da “Carta do Atlântico”, redigida pelo então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, com a participação do primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, a presidência da instituição sempre foi ocupada por um Oficial-General indicado pelo governo dos Estados Unidos da América.

A partir de março de 2006, quando a JID passou a ser considerada uma entidade oficial da Organização dos Estados Americanos (OEA), a escolha do Presidente passou a ser feita por meio de eleição direta entre os candidatos indicados pelos países membros.

O Major-Brigadeiro Roberto é o terceiro Oficial-General brasileiro a presidir a JID. Antes dele, ocuparam o cargo o General-de-Divisão Jorge Armando de Almeida Ribeiro e o Contra-Almirante Elis Treidler Öberg.

Atualmente, além do Brasil, integram a Junta Interamericana de Defesa os seguintes países: Antígua e Barbuda, Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Haiti, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.

Após a divulgação do resultado da eleição, em meio aos cumprimentos, o Major-Brigadeiro Roberto agradeceu ao Conselho de Delegados pelo voto de confiança dado ao Brasil, destacando que “a ajuda de todos os países é fundamental para que a missão da JID – contribuir para a manutenção da paz e da segurança em todo o hemisfério americano – seja cumprida com pleno êxito”.

A reeleição de um Oficial-General brasileiro demonstra o valor e o peso significativo do Brasil na JID, fruto do reconhecimento dado à postura brasileira perante os problemas que afligem o hemisfério, bem como da participação efetiva dos brasileiros em todos os assuntos tratados e discutivos naquele organismo internacional, particularmente no Programa de Desminado Humanitário, que objetiva a remoção de todas as minas antipessoais na América do Sul.

Fonte: JID
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