domingo, 5 de outubro de 2025

Editorial - O risco silencioso da ideologização e do partidarismo para a soberania nacional

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O Brasil atravessa um momento delicado: enquanto discute avanços sociais e inclusão, cresce também a influência de agendas ideológicas externas e partidarismo político sobre decisões que deveriam ser guiadas unicamente pelo interesse nacional. O que à primeira vista pode parecer debate cultural ou político revela-se, em setores estratégicos como defesa, segurança, desenvolvimento industrial e educação, um fator de risco concreto para a autonomia do Brasil.

A defesa nacional não é tema de modismo. Ela exige planejamento de longo prazo, competência técnica, continuidade institucional e previsibilidade orçamentária. Cada programa de aquisição de equipamentos, cada política de modernização militar e cada investimento em tecnologia dual (civil e militar), tem impacto direto sobre a capacidade do país de proteger seus recursos, suas fronteiras e sua população. Quando decisões passam a ser moldadas por narrativas ideológicas, interesses partidários ou pressões de grupos que buscam benefícios próprios, a eficiência operacional é comprometida, os programas atrasam e a soberania é fragilizada.

O problema não está na diversidade de ideias ou na busca por inclusão social. O problema surge quando critérios ideológicos e interesses de pequenos grupos substituem competência, mérito e prioridades nacionais, relegando o bem comum a segundo plano. Setores estratégicos sofrem atrasos: investimentos em tecnologia e defesa são reduzidos, a indústria nacional perde competitividade, e a autonomia tecnológica do país se enfraquece. A história recente mostra que nações que deixaram de priorizar soberania e desenvolvimento estratégico tornaram-se dependentes de interesses externos, muitas vezes pagando caro por essa vulnerabilidade.

Não podemos ignorar a infiltração ideológica nos campus universitários, que atuam muitas vezes como laboratórios de doutrinação, moldando futuros profissionais e gestores pelo viés de agendas identitárias ou partidárias. Para o Brasil se fortalecer, é urgente descontaminar as universidades de influências externas e internas que comprometem a formação técnica e estratégica, garantindo que o conhecimento seja aplicado para o desenvolvimento nacional e não para agendas de grupos que buscam poder ou influência própria.

O Brasil também deve enfrentar o grancismo e a captura ideológica por interesses políticos e econômicos restritos, que buscam moldar decisões futuras em detrimento do interesse nacional. Exemplos recentes demonstram a gravidade desse fenômeno: decisões e posicionamentos de agentes ideológicos em órgãos de cúpula, como o STF, têm frequentemente contrariado a Constituição Federal, perseguido opositores do governo e se apresentado como pseudos "defensores da democracia e das liberdades", quando, na prática, atuam para consolidar interesses partidários e de pequenos grupos, acima do bem coletivo. Combater essas influências é tão estratégico quanto investir em tecnologia, defesa e educação, pois ambas as frentes garantem independência e capacidade de decisão.

A interferência ideológica e partidária, quando aceita sem crítica, mina políticas de Estado de longo prazo. Cada vez que a gestão pública prioriza agendas de grupos ou modismos sobre resultados concretos, o Brasil perde não apenas eficiência, mas também potencial estratégico. Soberania, defesa, desenvolvimento industrial e educação estratégica são inseparáveis; a verdadeira inclusão nacional se constrói investindo na capacidade do país de decidir por si mesmo, de forma independente de interesses particulares e partidários.

O leitor deve se perguntar: estamos permitindo que pequenos grupos definam o que é prioridade em defesa, tecnologia, educação e infraestrutura, em detrimento da sociedade como um todo? Estamos dispostos a sacrificar nossa autonomia para atender interesses particulares ou modismos ideológicos? Ou estamos prontos para construir um Brasil forte, independente e competitivo, onde cada decisão estratégica seja pensada para o bem comum e a proteção da nação?

Em última análise, o Brasil precisa de políticas de Estado blindadas contra ideologização, partidarismo, interesses de grupos restritos e atuação de agentes que buscam consolidar poder à revelia da Constituição, capazes de transformar potencial em poder real. O caminho é claro: fortalecimento das Forças Armadas, previsibilidade orçamentária nos programas de defesa, investimento robusto em tecnologia, educação livre de doutrinação ideológica e desenvolvimento industrial estratégico. Somente assim poderemos garantir soberania, segurança e desenvolvimento sustentável, colocando o país em posição de protagonismo global.

Reflexão final: a verdadeira força de uma nação não está em discursos ou slogans, mas na capacidade de decidir por si mesma, proteger seu território e seu povo, e investir estrategicamente no futuro. Defender o Brasil é um dever permanente, e exige coragem para colocar o interesse nacional acima de qualquer ideologia passageira, pressão externa ou interesses de pequenos grupos que se apresentam como defensores da democracia, mas priorizam agendas próprias.


por Angelo Nicolaci -  jornalista e graduando em Relações Internacionais pela UCAM, é Editor do GBN Defense, analista de geopolítica do Oriente Médio, Leste Europeu e América Latina, e especialista em assuntos de defesa e segurança.


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Ministro defende uso de recursos da Marinha Mercante em projetos ferroviários para ampliar escoamento da produção nacional

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O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, defendeu a aplicação de parte dos recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM) em projetos ferroviários que operem dentro das poligonais portuárias, ou seja, nas áreas de influência dos portos brasileiros. A proposta foi apresentada durante a abertura da 9ª edição do evento “Brasil nos Trilhos”, que discute o fortalecimento do transporte de cargas pelo modal ferroviário.

Segundo Costa Filho, a medida tem como objetivo aumentar a eficiência logística e o escoamento da produção nacional pelos portos, ao mesmo tempo em que estimula o investimento privado em ferrovias conectadas às zonas portuárias.

“Hoje, 70% do Fundo da Marinha Mercante são destinados à navegação. Já assinamos quase R$ 25 bilhões para o setor e R$ 10 bilhões para projetos portuários. Mas o fundo tem recursos suficientes para apoiar também projetos de ferrovias que estão na poligonal de portos”, afirmou o ministro.

De acordo com ele, a proposta de modelo para essa integração está sendo elaborada e será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa ainda dependerá de aprovação do Conselho Diretor do FMM, órgão presidido pelo secretário de Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos.

Costa Filho destacou ainda que o reforço das ferrovias ligadas aos portos pode aumentar em 30% o escoamento da produção brasileira, tornando o transporte mais rápido, barato e ambientalmente sustentável. Ele citou o investimento de R$ 1,7 bilhão no Amazonas, proveniente do FMM, para a construção de 188 barcaças, como exemplo de aplicação eficiente dos recursos.

Desde 2023, o fundo já destinou cerca de R$ 70 bilhões em projetos, um volume três vezes superior ao total aprovado entre 2019 e 2022.

Além do modal ferroviário, o ministro ressaltou a importância do setor hidroviário e adiantou que o governo prepara a primeira concessão de hidrovias do país — a Hidrovia do Paraguai, considerada estratégica para o desenvolvimento da América do Sul.

“Quando temos a hidrovia, conseguimos reduzir o custo logístico em 40%, além de gerar ganhos ambientais: a cada dez barcaças, estamos retirando mil caminhões das rodovias”, enfatizou Costa Filho.

Análise e contextualização

A proposta do ministro Silvio Costa Filho representa um passo importante para integrar os modais logísticos do Brasil, aproximando ferrovias, hidrovias e portos em uma estratégia de transporte intermodal mais eficiente. No entanto, é fundamental observar que o Fundo da Marinha Mercante foi criado com o propósito de fomentar a indústria naval e a marinha mercante nacional, sendo um pilar histórico no apoio à construção de embarcações, barcaças, estaleiros e na ampliação da cabotagem, transporte marítimo entre portos do mesmo país.

O uso de recursos do FMM em ferrovias pode ser positivo se mantiver o equilíbrio entre os modais, evitando o esvaziamento do investimento em navegação e infraestrutura marítima, que continuam essenciais para um país de dimensões continentais como o Brasil.

A ampliação da malha ferroviária é indispensável para reduzir custos logísticos e emissões de carbono, mas deve ocorrer de forma complementar, e não competitiva, à expansão da marinha mercante e da cabotagem. O desenvolvimento integrado, conectando trilhos, rios e portos, é o que garantirá uma logística nacional robusta, sustentável e soberana, fortalecendo tanto a economia quanto a presença estratégica do Brasil nos mares e nas rotas comerciais internas e internacionais.


por Angelo Nicolaci


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com informações Ministério de Portos e Aeroportos

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Trump autoriza envio da Guarda Nacional a Chicago em meio a críticas e questionamentos legais

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O presidente Donald Trump autorizou o envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago, citando o que descreveu como um “crime fora de controle” na cidade. A decisão foi anunciada poucas horas depois de autoridades federais de imigração relatarem confrontos com manifestantes, que resultaram em um tiroteio envolvendo uma mulher armada após uma perseguição de veículos na cidade.

De acordo com comunicado do Departamento de Segurança Interna (DHS), a mulher teria disparado contra agentes da Patrulha de Fronteira e acabou sendo baleada. Ela foi levada a um hospital local, mas as autoridades não divulgaram detalhes sobre seu estado de saúde.

A Casa Branca afirmou que a medida busca “proteger agentes e bens federais” diante da “ilegalidade em curso” nas cidades americanas, especialmente em áreas governadas por democratas.
“O presidente Trump não fechará os olhos para a ilegalidade que assola as cidades americanas”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, em nota oficial.

Críticas e resistência política

A mobilização recebeu forte oposição de autoridades estaduais e locais. O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de “fabricar uma crise” e usar o poder federal de forma abusiva. Segundo Pritzker, “a situação em Chicago está sob controle, e qualquer ação militar sem consentimento estadual é uma violação da soberania de Illinois”.

A decisão também ocorre em meio a uma disputa judicial em Portland, Oregon, onde uma juíza federal, Karin Immergut, bloqueou temporariamente o envio de 200 soldados federais, classificando as declarações do presidente sobre a cidade como “desvinculadas dos fatos” e alertando para o risco de “confundir os limites entre poder civil e militar, em detrimento da Constituição”.

Immergut ressaltou que o uso de tropas federais sem o consentimento do governo estadual “coloca em risco a soberania dos estados e alimenta tensões locais”. O precedente legal em Portland pode influenciar possíveis contestações judiciais em Illinois, caso as tropas realmente sejam mobilizadas.

Cenário de tensão em Chicago

Chicago tem sido palco de protestos contra a política migratória federal, especialmente nas proximidades das instalações do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE). Os atos, que começaram pacíficos, degeneraram em alguns episódios de confronto com agentes federais.

Trump vem ameaçando enviar forças federais e tropas da Guarda Nacional à cidade há quase um mês, citando índices de criminalidade e tiroteios. Contudo, dados oficiais do Conselho de Justiça Criminal indicam que a taxa de homicídios caiu cerca de 33% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, os níveis de violência permanecem elevados em relação à média nacional.

No último feriado do Dia do Trabalho, pelo menos 58 pessoas foram baleadas, oito delas fatalmente, números que reforçam o desafio persistente da segurança pública local.

Contexto constitucional e precedentes da Guarda Nacional

A decisão reacende o debate sobre os limites constitucionais do uso da Guarda Nacional em território norte-americano. Pela legislação, as forças da Guarda são geridas primariamente pelos governadores estaduais, e sua mobilização federal direta é restrita por leis como o Posse Comitatus Act (1878), que limita o emprego de militares em funções de policiamento interno.

Entretanto, em situações de emergência ou agitação civil, o governo federal pode recorrer à Insurrection Act (Lei da Insurreição) — legislação que permite o uso das forças armadas para restaurar a ordem quando as autoridades estaduais não conseguem fazê-lo.

Nos últimos 70 anos, a Guarda Nacional foi acionada em diversos momentos emblemáticos:

  • 1967 – Detroit: o presidente Lyndon B. Johnson enviou 5.000 guardas nacionais e tropas federais para conter distúrbios raciais que deixaram 43 mortos.

  • 1992 – Los Angeles: após o veredito do caso Rodney King, a Guarda Nacional foi mobilizada para conter tumultos que resultaram em mais de 60 mortes.

  • 2020 – Protestos do movimento Black Lives Matter: durante o governo Trump, a Guarda Nacional foi usada em Washington D.C. e em várias capitais estaduais, inclusive Portland, para conter manifestações contra a violência policial.

  • 2021 – Ataque ao Capitólio: mais de 25 mil guardas nacionais foram deslocados a Washington para reforçar a segurança após a invasão ao Congresso.

Esses episódios demonstram que o envio da Guarda Nacional costuma ocorrer sob circunstâncias excepcionais e em coordenação com autoridades locais. O atual impasse em Chicago reacende discussões sobre a autonomia dos estados e o uso político das forças federais, um tema que permanece sensível na história institucional dos Estados Unidos.



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com BBC

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Aeronave V-22 Osprey da Força Aérea dos EUA faz pouso de emergência no Japão

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Uma aeronave CV-22 Osprey da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) realizou um pouso de emergência na Base Aérea de Hamamatsu, no Japão, após o acionamento de uma luz de alerta durante o voo. O incidente ocorreu por volta das 12h10 do dia 2 (horário local), segundo comunicado do Ministério da Defesa japonêsNão houve relatos de feridos nem de danos materiais.

De acordo com o governo japonês, o propósito e a rota detalhada do voo não foram divulgados pelas autoridades norte-americanas. A ocorrência volta a chamar atenção para as operações com o Osprey em território japonês, onde as aeronaves têm histórico de acidentes e são alvo de questionamentos públicos sobre sua segurança.

Em nota conjunta, o Governo Metropolitano de Tóquio e autoridades locais próximas à Base Aérea de Yokota, onde o modelo também é operado, pediram que “as Forças Armadas dos EUA no Japão e o Ministério da Defesa conduzam uma investigação completa sobre a causa e adotem medidas preventivas para evitar novos incidentes”.

Histórico de acidentes preocupa autoridades japonesas

O Osprey, aeronave de decolagem e pouso vertical (tiltrotor), tem enfrentado uma série de incidentes ao longo dos anos, tanto no Japão quanto em outras regiões onde é empregado.

Em julho de 2023, outro Osprey fez um pouso de emergência no Aeroporto de Hanamaki, na província de Iwate, sem feridos. Já em novembro de 2023, um acidente no sul do Japão resultou na morte de oito tripulantes, levando o Departamento de Defesa dos EUA a suspender temporariamente todas as operações com aeronaves Osprey ao redor do mundo.

O histórico recente inclui ainda a queda de um MV-22B na Ilha Melville, na Austrália, em agosto de 2023, que deixou três mortos entre 23 militares a bordo, além de outros incidentes graves, como o acidente na Noruega em 2022, durante um exercício da OTAN, que vitimou quatro soldados norte-americanos, e a colisão de 2017 na costa norte da Austrália, com três mortos.

Em 2016, um MV-22 Osprey caiu próximo à costa de Okinawa, também no Japão, provocando protestos locais e danos materiais significativos. O governo japonês vem reiterando a necessidade de revisão dos protocolos de segurança e transparência nas operações envolvendo aeronaves norte-americanas em seu território.

Importância estratégica no Indo-Pacífico

Apesar das críticas e preocupações com segurança, o V-22 Osprey continua desempenhando papel essencial nas operações militares dos EUA no Japão e na região do Indo-Pacífico. A aeronave combina as capacidades de um helicóptero e de um avião de transporte, podendo decolar verticalmente e alcançar velocidades e alcances superiores aos de helicópteros convencionais.

Sua versatilidade tática permite o rápido deslocamento de tropas, equipamentos e apoio logístico, fatores estratégicos em uma região marcada pela crescente competição entre grandes potências, especialmente com a expansão da influência chinesa no Pacífico.

Ainda que a sequência de incidentes levante dúvidas sobre a confiabilidade do modelo, o Osprey permanece um elemento-chave na doutrina de mobilidade aérea norte-americana, sendo empregado tanto pela Força Aérea (CV-22) quanto pelo Corpo de Fuzileiros Navais (MV-22B) e pela Marinha dos EUA (CMV-22B).

O novo pouso de emergência no Japão reacende o debate sobre o equilíbrio entre risco operacional e valor estratégico do Osprey. Enquanto autoridades japonesas cobram maior controle e transparência, os EUA defendem que o tiltrotor é indispensável para garantir resposta rápida e flexibilidade operacional em um cenário geopolítico cada vez mais instável no Indo-Pacífico.


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Oswaldo Aranha e o papel decisivo do Brasil na criação do Estado de Israel

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Em 29 de novembro de 1947, o Brasil escreveu uma das páginas mais importantes da diplomacia mundial. Naquele dia, sob a presidência do brasileiro Oswaldo Aranha na Assembleia Geral das Nações Unidas, foi aprovada a Resolução 181, que recomendava a partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e outro árabe. Esse ato histórico abriu caminho para a criação do Estado de Israel, proclamado oficialmente em 14 de maio de 1948.

A liderança brasileira na ONU

Oswaldo Euclides de Sousa Aranha, diplomata e político gaúcho com destacada atuação internacional, foi eleito Presidente da II Sessão Ordinária da Assembleia Geral da ONU em 1947. À época, o mundo ainda se reerguia dos horrores da Segunda Guerra Mundial e buscava soluções para a questão judaica, intensificada pelo Holocausto. A proposta de partilha da Palestina, então sob mandato britânico, dividia as potências mundiais e gerava intensos debates.

Com reconhecida habilidade diplomática, Aranha demonstrou coragem e visão ao garantir que o tema fosse levado à votação, mesmo sob pressões para adiamento. De acordo com registros da própria ONU e relatos históricos, o diplomata brasileiro articulou com representantes latino-americanos para que o projeto obtivesse o apoio necessário. A votação, realizada em 29 de novembro de 1947, resultou em 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções, selando o destino político da região e consagrando o papel do Brasil como mediador equilibrado e comprometido com o princípio da autodeterminação dos povos.

O reconhecimento internacional a Oswaldo Aranha

A atuação firme e equilibrada do brasileiro foi amplamente reconhecida. O jornal The Times of Israel e a Agência Brasil destacam que Oswaldo Aranha não apenas presidiu a sessão decisiva, mas também adiou estrategicamente a votação, permitindo tempo adicional para garantir apoios, um gesto diplomático que foi determinante para o resultado final.

Em reconhecimento à sua contribuição, o governo israelense declarou 29 de novembro como o “Dia da Amizade entre Israel e o Brasil”, e diversas cidades em Israel homenageiam o brasileiro com ruas, praças e monumentos que levam seu nome. Em Jerusalém, há uma placa dedicada a ele junto à sede da ONU, marcando para sempre a lembrança de sua influência na criação do Estado judeu.

Um legado de diplomacia e princípios

Mais do que um episódio histórico, a atuação de Oswaldo Aranha simboliza o melhor da diplomacia brasileira, pautada no diálogo, na defesa da paz e no respeito ao direito internacional. Sua postura refletiu o compromisso do Brasil com valores universais e com a busca por soluções negociadas para conflitos internacionais.

O Ministério das Relações Exteriores reconhece Aranha como uma das figuras mais emblemáticas da história diplomática nacional, destacando sua “habilidade conciliadora e sua contribuição para o fortalecimento do multilateralismo e da cooperação internacional”.

Quase oito décadas após aquele voto histórico, o legado de Oswaldo Aranha continua vivo, lembrando que o Brasil, quando atua com princípios, pode exercer papel relevante e respeitado no cenário mundial. Sua coragem e visão diplomática ajudaram a mudar o curso da história e consolidaram o nome do Brasil entre as nações que contribuíram para o nascimento de Israel e para o fortalecimento da paz no pós-guerra.


por Angelo Nicolaci


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sábado, 4 de outubro de 2025

Provocações russas aumentam tensões no Báltico: navios de guerra apontam armas e causam interferências na Dinamarca

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A tensão no norte da Europa voltou a crescer após o Serviço de Inteligência de Defesa da Dinamarca denunciar, nesta sexta-feira (4), uma série de incidentes provocados por navios de guerra russos nos estreitos dinamarqueses, uma rota marítima estratégica que conecta o Mar Báltico ao Mar do Norte.

Segundo o diretor do serviço, Thomas Ahrenkiel, embarcações russas navegaram em rota de colisão com navios dinamarqueses, apontaram armas e radares de rastreamento para helicópteros e embarcações da marinha local, além de causarem interferências nos sistemas de GPS e de navegação. Esses comportamentos, classificados como “altamente provocativos”, levantam o risco de escalada não intencional entre Moscou e países da OTAN.

Ahrenkiel revelou ainda que um navio russo permanece ancorado há mais de uma semana em águas dinamarquesas, o que pode indicar uma tentativa de intimidação de Copenhague diante das medidas adotadas para restringir a frota paralela de petroleiros russos, uma rede usada para contornar as sanções ocidentais impostas à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022.

O estreito dinamarquês, uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, costuma receber o trânsito de embarcações militares russas, que são escoltadas por navios da Marinha Real Dinamarquesa. Entretanto, de acordo com a inteligência de defesa, alguns desses navios têm operado com sonares ativos e equipamentos de interferência, sendo “altamente provável” que tenham bloqueado sinais de GPS e causado distúrbios em sistemas de navegação civis e militares no país.

Ameaça híbrida e intensificação das ações russas

As autoridades dinamarquesas avaliam que a Rússia está conduzindo uma guerra híbrida contra a Dinamarca e o Ocidente, utilizando meios militares, cibernéticos e informacionais para pressionar e desestabilizar sem ultrapassar formalmente a linha de um conflito armado direto.

“A Rússia está usando meios militares de forma agressiva para nos pressionar sem cruzar a linha do conflito armado tradicional”, afirmou Ahrenkiel.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, classificou as recentes incursões de drones em aeroportos e instalações militares como “ataques híbridos”, reforçando que o país encara os episódios com seriedade. O ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, afirmou que as investigações continuam, mas ainda sem conclusões sobre a autoria das ações.

Em resposta, o governo dos Estados Unidos expressou preocupação. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Washington está “monitorando de perto a situação” e que o Conselho de Segurança Nacional mantém contato constante com os aliados da OTAN.

Escalada regional e reação da OTAN

Desde 2022, o Mar Báltico tornou-se palco de múltiplos incidentes envolvendo sabotagens em cabos submarinos, gasodutos, violações do espaço aéreo e avistamentos de drones, o que levou a OTAN e países nórdicos a reforçarem sua presença militar e vigilância marítima na região.

A Suécia, que ingressou recentemente na Aliança Atlântica, anunciou novas medidas para expandir a vigilância costeira, enquanto a Dinamarca está aumentando seu orçamento de defesa e adquirindo armas de precisão de longo alcance capazes de atingir alvos dentro do território russo.

Apesar da crescente tensão, o serviço de inteligência dinamarquês reforçou que não há uma ameaça militar direta ao país neste momento. Ainda assim, o comportamento russo é visto como parte de uma estratégia mais ampla de pressão geopolítica e teste dos limites da OTAN em uma das regiões mais sensíveis da Europa.


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com Reuters

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Exército Brasileiro adota viatura blindada Guaicurus 4×4, reforçando mobilidade e capacidade de combate

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O Exército Brasileiro (EB) oficializou a adoção da Viatura Blindada Multitarefa – Leve Sobre Rodas 4×4 (VBMT-LSR 4×4) Guaicurus, fabricada pela Iveco Defence Vehicles (IDV), em um passo estratégico para modernização e aumento da capacidade operacional da Força Terrestre. A decisão foi publicada pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, conforme portaria recente, em conformidade com as normas de gestão do ciclo de vida de sistemas e materiais militares.

A VBMT-LSR Guaicurus é uma plataforma leve, ágil e multifuncional, projetada para atender a uma variedade de missões terrestres, desde transporte de tropas e carga até apoio em operações de reconhecimento, segurança e combate em terrenos diversos. A adoção da viatura representa um reforço significativo na mobilidade, proteção e flexibilidade operacional do Exército, permitindo atuação em diferentes cenários, inclusive em áreas de difícil acesso e regiões estratégicas da Amazônia e do território nacional.

O Comando de Operações Terrestres (COTER), o Comando Logístico (COLOG) e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) foram designados para implementar as medidas decorrentes da adoção do material, seguindo os procedimentos previstos nas Instruções Gerais para a Gestão do Ciclo de Vida dos Sistemas e Materiais de Emprego Militar.

A introdução do Guaicurus 4×4 reforça o compromisso do Exército com a modernização tecnológica e a prontidão operacional, garantindo que a tropa disponha de meios modernos e confiáveis para enfrentar os desafios do combate contemporâneo e manter a capacidade de resposta rápida em qualquer ponto do território nacional.


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com Exército Brasileiro

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FAB recebe 8º KC-390 Millennium, reforçando superioridade sobre o C-130 e sucesso internacional

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A Embraer entregou, nesta quinta-feira (2), o oitavo KC-390 Millennium para a Força Aérea Brasileira (FAB), consolidando a frota como uma das mais modernas do continente em transporte tático e estratégico. O vetor se destaca não apenas pela versatilidade em missões de transporte de carga, apoio logístico, evacuação aeromédica, operações humanitárias e combate a incêndios, mas também pela tecnologia de ponta que o posiciona à frente de concorrentes tradicionais, como o veterano C-130 Hercules norte-americano.

Comparado ao C-130, o KC-390 oferece maior capacidade de carga, velocidade superior, sistemas digitais avançados e custos operacionais mais competitivos, características que têm atraído atenção de forças aéreas internacionais. Diversos países já optaram ou demonstraram interesse em substituir suas frotas antigas pela aeronave brasileira, reforçando seu sucesso no mercado global de aeronaves militares de transporte.

Para a FAB, a chegada do oitavo KC-390 representa um fortalecimento da prontidão operacional, garantindo que a Força Aérea esteja preparada para projeção de poder, apoio logístico e resposta rápida a emergências nacionais e internacionais.

O êxito do KC-390 no cenário internacional destaca a Embraer como referência em inovação e engenharia aeronáutica, colocando o Brasil como fornecedor estratégico de soluções avançadas para forças aéreas ao redor do mundo.


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Suíça reforça defesa antidrones após aumento de avistamentos na Europa

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O Exército Suíço anunciou que irá reforçar seus sistemas de defesa antidrones para proteger a infraestrutura militar, em resposta a um aumento recente nos avistamentos de drones na Europa. A medida foi tomada após testes de campo bem-sucedidos realizados durante o verão europeu.

O governo informou que o escritório federal de aquisição de defesa, armasuisse, recebeu a tarefa de priorizar a compra de sistemas capazes de neutralizar micro e mini drones, considerados os maiores riscos atuais.

Além disso, a armasuisse assinou acordos-quadro com três fornecedores de minidrones comerciais, acessórios e serviços, em contratos avaliados em cerca de 108 milhões de francos suíços (US$ 136 milhões). Os nomes das empresas contratadas não foram divulgados.

O anúncio ocorre após o ministro da Defesa suíço, Martin Pfister, se reunir com seu colega alemão para alertar sobre a crescentes ameaças de drones, que já provocaram interrupções significativas na Europa. Um exemplo recente foi o cancelamento e desvio de dezenas de voos no aeroporto de Munique, causados por avistamentos de drones durante a noite.

Segundo autoridades suíças, a aquisição desses sistemas visa garantir a proteção de bases militares e a segurança do espaço aéreo, alinhando-se a uma tendência global de maior atenção à defesa contra veículos aéreos não tripulados em infraestruturas críticas.


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com Reuters 

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Irã deve receber 48 caças Su-35 para modernizar frota aérea, segundo documento vazado

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Um documento recentemente vazado revelou que o Irã adquirirá 48 caças Su-35 da Rússia, com o objetivo de modernizar sua frota aérea, atualmente composta por aeronaves antigas como F-5, F-4, F-14 modificados e um número limitado de MiG-29. A informação foi compartilhada em plataformas de mídia social e detalha também equipamentos fornecidos pelo KRET, estatal russa de sistemas eletrônicos para aeronaves.

O vazamento evidencia uma necessidade urgente de atualização da força aérea iraniana, especialmente após o Conflito Irã-Israel de 2025, quando a lacuna tecnológica da frota se tornou clara diante de caças modernos.

O Su-35, derivado do Su-27, é um caça multifunção de 4.5ª geração que combina alta manobrabilidade, motores AL-41F1S com vetorização de empuxo 3D e capacidade de supercruzeiro leve. Seu radar Irbis-E PESA possui alcance de até 400 km contra alvos com RCS de 3 m², e a aeronave pode transportar uma gama variada de mísseis ar-ar e ar-superfície, incluindo o R-37 de longo alcance, capaz de ameaçar grandes aeronaves como reabastecedores ou sistemas AEW&C.

Especialistas destacam que a chegada dos Su-35 melhora significativamente a capacidade de combate do Irã, oferecendo uma plataforma mais confiável do que os caças atuais. No entanto, o sucesso da frota também dependerá de suporte eletrônico e aéreo, como aviões AEW&C, essenciais em cenários de guerra moderna, fatores que ainda representam um desafio para a Força Aérea iraniana.

Com a aquisição, o Irã busca não apenas repor perdas e deficiências, mas também reverter a vulnerabilidade estratégica evidenciada em confrontos recentes, aproximando-se de padrões de aviação de combate mais modernos.


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Exército Brasileiro assina LOA para aquisição de mísseis Javelin e reforça capacidade antitanque

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O Exército Brasileiro (EB) deu mais um passo estratégico para ampliar seu poder de combate ao assinar a Carta de Oferta e Aceitação (LOA) referente ao Aditivo nº 1 do Case FMS BR-B-UAL, formalizando a aquisição de 15 lançadores de mísseis Javelin Lightweight Command Launch Unit (LWCLU), dentro do programa Foreign Military Sales (FMS) dos Estados Unidos. O despacho decisório foi publicado em 23 de setembro de 2025 e autoriza, também, o adiantamento de pagamento de US$ 332.551,00 no momento da assinatura do aditivo.

O Javelin é um dos sistemas antitanque mais avançados do mundo, reconhecido por sua mobilidade, precisão e capacidade de ataque de alto impacto, sendo capaz de neutralizar veículos blindados, fortificações e ameaças de alta proteção. A integração ao arsenal brasileiro representa um reforço significativo da capacidade de defesa terrestre e antitanque do Exército.

O Aditivo nº 1 revisa linhas do Case original, atualizando valores, termos e prazos de entrega, excluindo uma linha do contrato e incluindo a nova linha referente aos lançadores Javelin. O valor total do Case permanece em US$ 31.052.774,00, garantindo que a aditivação não gere aumento no custo global do contrato.

O processo segue rigorosamente as normas legais brasileiras, com base no Decreto Presidencial nº 3.831/2001 e na Lei nº 14.133/2021, garantindo transparência, legalidade e respaldo jurídico. O fornecimento está estruturado dentro do Total Package Approach (TPA), que prevê a entrega de equipamentos, treinamento, logística e suporte técnico completo, assegurando que os lançadores sejam plenamente operacionais para o Exército.

Para o Comando Logístico (COLOG), responsável pelo processo, a assinatura da LOA representa uma medida estratégica para modernizar a força terrestre, proporcionando maior capacidade de mobilidade e letalidade, além de fortalecer a cooperação militar entre Brasil e Estados Unidos.

Com a aquisição, o Exército Brasileiro consolida sua postura de pronta resposta e modernização tecnológica, garantindo que suas tropas estejam equipadas com sistemas de ponta, preparados para ameaças complexas e cenários de alta intensidade de combate.

O despacho autoriza ainda que o processo retorne ao COLOG para as providências administrativas decorrentes, consolidando a formalização da compra e o início do cronograma de fornecimento e pagamento.

Este movimento reforça a estratégia do Brasil de investir em capacidades antitanque modernas, garantindo segurança operacional e dissuasão efetiva em território nacional e em operações conjuntas com parceiros internacionais.


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com Exército Brasileiro

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Exército Brasileiro destaca capacidade DQBRN durante a Operação Atlas 2025

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Durante a Operação Atlas 2025, maior exercício conjunto das Forças Armadas neste ano, uma das capacidades estratégicas do Exército Brasileiro se destaca pela sofisticação tecnológica e impacto direto na proteção das tropas: a Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN). Com efetivos especializados e equipamentos de ponta, a DQBRN está sendo empregada na região amazônica, garantindo a continuidade das operações mesmo diante de possíveis ameaças contaminantes.

O 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (1º Btl DQBRN), sediado no Rio de Janeiro (RJ), atua na proteção de estruturas estratégicas, como eixos de progressão e portos fluviais. Segundo o Tenente-Coronel Bifano, comandante do batalhão, “a defesa QBRN verifica se há contaminação desses locais e atua para descontaminá-los, assegurando que as tropas possam operar de forma segura mesmo em situações de combate químico, biológico ou radiológico”.

O ambiente da Amazônia exige preparo adicional. A alta umidade e temperatura do local afetam a performance dos militares, que utilizam equipamentos de proteção pesada. O batalhão atua preventivamente, detectando possíveis ataques e descontaminando áreas críticas, reduzindo riscos às tropas que avançam no terreno.

Preparação estratégica para a COP 30

Além da Operação Atlas, o treinamento serve como campo de provas real para a COP 30, que será realizada em Belém (PA) e reunirá dezenas de chefes de Estado. A experiência na Amazônia permite que a tropa se prepare para eventos de alta complexidade, garantindo segurança e pronta resposta em cenários que exigem atuação especializada da DQBRN.

O Exército possui ainda a Companhia DQBRN em Goiânia (GO) e uma rede de Pelotões de Resposta Inicial distribuídos pelo país. Com a criação do Comando de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, a capilaridade da força foi ampliada, permitindo atuação imediata em qualquer ponto do território nacional. Na região amazônica, militares dos Comandos Militares da Amazônia e do Norte são treinados como vetores locais de resposta, capazes de atuar antes da chegada de recursos mais robustos.

A atuação da DQBRN na Operação Atlas demonstra o compromisso do Exército com a segurança das tropas e a prontidão operacional. Integrando tecnologia, preparo humano e ação coordenada em ambientes desafiadores, o Exército reforça sua posição como uma força terrestre moderna, capaz de enfrentar ameaças complexas e manter a capacidade de combate em qualquer cenário.


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com Exército Brasileiro

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Sea Venom entra em operação em helicópteros Wildcat da Marinha Real Britânica

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A Marinha Real Britânica alcançou um marco estratégico com a entrada em Capacidade Operacional Inicial (COI) do míssil Sea Venom, agora integrado aos helicópteros Wildcat para operações de ataque marítimo. Cada helicóptero pode transportar até quatro mísseis, permitindo neutralizar múltiplos alvos em uma única missão ou concentrar ataques em ameaças específicas.

O Sea Venom, parte do programa Future Anti-Surface Guided Weapon (FASGW), é otimizado para combater navios de guerra maiores, como corvetas e navios de patrulha, e também pode atingir alvos costeiros e terrestres com alta precisão. Paralelamente, os Wildcats mantêm a capacidade de transportar mísseis Martlet para engajar ameaças menores.

O marco foi alcançado durante a Operação Highmast, destacamento da Marinha Real no Indo-Pacífico, liderado pelo HMS Prince of Wales. Quatro Wildcats do 815º Esquadrão Aéreo Naval operam armados com o Sea Venom a partir do HMS Prince of Wales, do HMS Dauntless e da fragata norueguesa HNoMS Roald Amundsen.

Segundo o Comandante James Woods, do 815º Esquadrão, a integração do Sea Venom representa uma mudança radical no poder de combate, combinando precisão, alcance e flexibilidade, permitindo atacar um amplo espectro de ameaças e neutralizá-las à distância.

O Comodoro James Blackmore, comandante do Grupo de Ataque de Porta-Aviões do Reino Unido, destacou que a COI do Sea Venom consolida o Grupo de Ataque como força de classe mundial, reforçando a capacidade de proteger o ambiente marítimo, tranquilizar aliados e dissuadir adversários.

Para o Comandante Andrew Henderson, da Força Marítima Wildcat, a integração do Sea Venom representa um aumento significativo na letalidade, garantindo que as tripulações estejam preparadas para enfrentar os desafios de um ambiente marítimo complexo e multifacetado.

O Sea Venom fortalece a capacidade da Marinha Real de projetar poder aéreo decisivo, ampliando a eficácia das operações de ataque marítimo e terrestre em cenários estratégicos internacionais.


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com Royal Navy

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Exército Brasileiro mostra força e prontidão durante a Operação Atlas 2025

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No dia 3 de outubro, a Força Terrestre Componente (FTC) realizou uma apresentação de suas principais capacidades operacionais na Base Aérea de Boa Vista (RR), dando continuidade ao apronto da tropa para a Operação Atlas 2025, o maior exercício conjunto das Forças Armadas programado para este ano. O evento destacou o elevado nível de preparo e prontidão do Exército Brasileiro.

A FTC, formada por efetivos de todos os oito Comandos Militares de Área, mobilizou cerca de 4 mil militares, apoiados por um robusto conjunto de meios, incluindo 505 viaturas, das quais 55 blindadas e 10 aeronaves de asa rotativa. Entre os equipamentos destacados estão o blindado leve Guaicuru, o transporte de pessoal Guarani, os carros de combate Leopard e Cascavel, além do obuseiro autopropulsado M109 e do sistema de artilharia de foguetes Astros.

Capacidades demonstradas e integração operacional

Durante a apresentação, foram exibidas as operações de tropas blindadas, mecanizadas, aeromóveis, de selva, de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN), além da Artilharia de Campanha e Antiaérea. Ao longo da Operação Atlas, essas unidades executarão ações complexas de combate, como assaltos aeromóveis, junção e travessia de tropas, ataque a localidades, defesa de infraestrutura crítica e lançamentos paraquedistas, inclusive com emprego de munição real.

O exercício reforça o grau de adestramento e interoperabilidade da FTC, que atuará de forma integrada com as demais Forças Singulares sob o comando do Comando Conjunto, aprimorando a coordenação terrestre em operações de grande escala.

Força projetada para todo o território nacional

A Operação Atlas envolve militares do Exército provenientes de 105 organizações militares de todas as regiões do país, evidenciando a capacidade da FTC de mobilizar, projetar e empregar poder de combate em qualquer ponto do território nacional, incluindo a estratégica Amazônia.

Com a demonstração realizada em Boa Vista, o Exército reafirma seu papel como instrumento indispensável da defesa nacional, pronto para atuar em prol da soberania e segurança do Brasil em todo o território nacional.


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Force Commander brasileiro recebe Duquesa de Edimburgo em visita à missão da ONU no Congo

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Uma delegação do Reino Unido, liderada pela Duquesa de Edimburgo, Sra. Sophie, esposa do Príncipe Edward, irmão mais novo do Rei Charles III, foi recebida pelo General de Divisão Ulisses de Mesquita Gomes, Force Commander da Missão das Nações Unidas para a Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO).

A visita oficial ocorreu na cidade de Beni, onde a comitiva participou de reuniões e acompanhou de perto as atividades das forças de paz da ONU na região. Um dos momentos de destaque foi a demonstração conduzida pela equipe brasileira de Guerra na Selva, que integra a MONUSCO e apresentou as capacidades do JWMTT (Jungle Warfare Mobile Training Team), equipe móvel de treinamento especializada em operações de selva.

Durante a atividade, os militares brasileiros realizaram exercícios práticos que ilustraram as técnicas e doutrinas utilizadas em ambiente amazônico, adaptadas ao contexto operacional africano. A Duquesa de Edimburgo participou da demonstração, conhecendo de perto o trabalho desempenhado pelos brasileiros e o impacto positivo de sua atuação na missão de paz.

Ao final da visita, a delegação britânica destacou o profissionalismo e a competência da equipe brasileira, reconhecendo a excelência da expertise nacional em operações de selva e sua importância para o apoio às missões internacionais de paz.

A presença da Duquesa reforçou a cooperação internacional e o papel do Brasil como referência mundial em treinamento e operações em ambiente de selva, consolidando a imagem da tropa brasileira como uma das mais preparadas no âmbito das Nações Unidas. 


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Marinha do Brasil abre inscrições para mestrado em Acústica Submarina no IEAPM

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A Marinha do Brasil (MB) anunciou a abertura das inscrições para o Mestrado Acadêmico em Acústica Submarina, oferecido pelo Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), localizado em Arraial do Cabo (RJ). O Programa de Pós-Graduação em Acústica Submarina (PPGAS) oferece dez vagas voltadas a candidatos das áreas de Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias e Ciências Náuticas e Navais.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 14 de novembro de 2025, presencialmente na Secretaria da Superintendência de Pós-Graduação do IEAPM, via postal ou pelo e-mail [email protected]. O início das aulas está previsto para abril de 2026.

Segundo o Diretor do IEAPM, Capitão de Mar e Guerra Sandro Baptista Monteiro, o mestrado é único no Brasil e foi criado para preencher uma lacuna de conhecimento em uma área considerada estratégica.

“Esse mestrado foi idealizado para suprir um gap de conhecimento em uma área essencial à defesa nacional e também de interesse civil. Ele qualifica civis e militares para atuarem em pesquisas sobre propagação de ondas sonoras no mar, contribuindo tanto para a Defesa quanto para o monitoramento ambiental e o estudo de impactos sonoros causados por estruturas oceânicas”, destacou.

Monteiro ressaltou ainda que o curso combina teoria, prática de campo e aplicações tecnológicas, contando com docentes doutores formados no Brasil e no exterior. “Ao promover cursos voltados às ciências do mar, o IEAPM contribui para a ciência, a defesa e a gestão sustentável da Amazônia Azul”, afirmou.

Linhas de pesquisa e desafios estratégicos

O programa contempla três linhas de pesquisa:

  • Comunicação e Redes de Sensores Submarinos;

  • Monitoramento Ambiental Submarino;

  • Propagação de Energia no Oceano.

De acordo com o professor titular do PPGAS, Capitão de Mar e Guerra (Reserva) Vicente Barroso Junior, o Brasil enfrenta grandes desafios científicos e estratégicos em sua vasta área marítima.

“Nossa imensa Amazônia Azul ainda carece de coleta sistemática de dados oceanográficos e hidroacústicos. O monitoramento acústico e a caracterização da paisagem submarina são fundamentais para o apoio às operações navais, especialmente com o advento dos submarinos de propulsão nuclear”, explicou.

Processo seletivo

A seleção será composta por duas etapas eliminatórias e classificatórias: análise documental e entrevista. O diploma de graduação deve ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), ou, em caso de formação no exterior, estar devidamente revalidado conforme a legislação brasileira.

O edital completo e mais informações estão disponíveis no site do IEAPM, ou pelo email [email protected].

O que é acústica submarina?

A acústica submarina é o ramo da ciência que estuda a propagação do som nos oceanos, aplicada em áreas como monitoramento de profundezas, detecção de distúrbios sonoros, acompanhamento da fauna marinha e tráfego de embarcações. Também tem importância crescente em comunicações subaquáticas e avaliação de impactos ambientais, sendo vital para o uso sustentável dos recursos marítimos.

Integrante do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil, o IEAPM se destaca como centro de referência nacional em pesquisas de ciências do mar. Suas atividades abrangem desde a preservação ambiental até o uso sustentável dos recursos vivos e não vivos dos oceanos, contribuindo para o desenvolvimento científico e socioeconômico do país.


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com Marinha do Brasil
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Brasil sedia pela primeira vez curso da ONU para fortalecer a atuação feminina em missões de paz

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De 15 a 26 de setembro, o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), no Rio de Janeiro, foi palco do Training of Trainers Military Gender Adviser (ToT MGA), promovido pelo Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (UNITAR). Esta foi a primeira edição do curso realizada em território brasileiro, reunindo 12 profissionais militares e civis de seis países, Brasil, Costa do Marfim, Vietnã, Tailândia, Gana e Paquistão.

O treinamento tem como foco ampliar a efetividade da presença feminina nas missões de paz e capacitar assessores militares especializados em gênero, que atuarão na prevenção da violência contra mulheres e crianças em crises humanitárias. A maioria dos participantes, nove mulheres e três homens, desempenha funções diretamente ligadas a missões das Nações Unidas ou em centros de formação, tendo o compromisso de replicar o conhecimento adquirido em suas respectivas instituições.

Capacitação estratégica para ambientes operacionais complexos

Durante o encerramento, o Cônsul-Geral do Canadá no Rio de Janeiro, François Jubinville, ressaltou que os conflitos armados afetam de maneira desproporcional mulheres e meninas, aumentando a violência sexual, a mortalidade materna e outras vulnerabilidades. “Embora a participação feminina em Operações de Paz tenha crescido, ela ainda permanece baixa. Estamos convencidos de que integrar essa perspectiva nas operações e instituições militares aumenta a efetividade, melhora os resultados e fortalece a estabilidade duradoura”, afirmou o diplomata, destacando o compromisso do Brasil com as missões da ONU.

Exército Brasileiro: presença ativa na paz internacional

A realização do ToT MGA no CCOPAB reforça o protagonismo do Brasil na formação de tropas altamente capacitadas e preparadas para enfrentar os desafios contemporâneos das missões de paz. A iniciativa evidencia o papel do Exército Brasileiro como parceiro estratégico das Nações Unidas, combinando excelência técnica, sensibilidade humanitária e experiência em ambientes multinacionais complexos.

Ao sediar uma capacitação de relevância global, o Brasil demonstra seu compromisso com a construção de uma paz sustentável e com o fortalecimento da diplomacia militar, contribuindo para o avanço de práticas mais inclusivas e eficazes nas operações de paz.

Compromisso com o futuro das missões de paz

Com a realização do ToT MGA, o CCOPAB reafirma sua condição de centro de referência regional em treinamento para Operações de Paz, ampliando o alcance de programas voltados à inclusão, à igualdade de gênero e à eficácia operacional.

A iniciativa representa mais um passo do Brasil na promoção de soluções integradas e humanas para os desafios da segurança internacional, reforçando sua contribuição ativa para a estabilidade global e a defesa dos valores das Nações Unidas.


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Exército Brasileiro reforça prontidão logística na Amazônia com a Operação Atlas 2025

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No final de setembro, o 1º Batalhão Logístico de Selva (1º B Log Sl) sediou uma importante etapa preparatória da Operação Atlas 2025, com a integração das tropas logísticas do Comando Logístico da Força Terrestre Componente (CLFTC) e da Base Logística Terrestre (BLT). A atividade marca o início do esforço conjunto de mobilização e sustentação das forças que atuarão no grande exercício militar, que será realizado no estado de Roraima entre os dias 2 e 10 de outubro de 2025.

Com a chegada das tropas do 9º Grupamento Logístico (9º Gpt Log), de Campo Grande (MS), e da 12ª Região Militar (12ª RM), de Manaus (AM), foram iniciadas as ações de montagem das estruturas do CLFTC e o desdobramento da BLT, fundamentais para o apoio logístico das operações no terreno. Essas estruturas são responsáveis por garantir o fluxo contínuo de suprimentos, manutenção, transporte e apoio médico às unidades envolvidas.

O exercício contempla a participação de tropas da Força Terrestre de todo o território nacional, reunindo meios e efetivos de diversas regiões do país. O planejamento logístico foi iniciado de forma antecipada e se estenderá além do período de manobras, assegurando não apenas a preparação e a sustentação das forças, mas também a reversão e o recolhimento dos meios ao término da operação.

A Operação Atlas 2025 é considerada um adestramento de nível avançado, voltado à consolidação da prontidão operacional e logística do Exército Brasileiro. O exercício reforça a capacidade de mobilização, interoperabilidade e defesa da Amazônia, região estratégica para a soberania nacional.

Com ações integradas e realismo operacional, a atividade reafirma o compromisso da Força Terrestre com a eficiência logística e a defesa do território amazônico, evidenciando o papel fundamental do Exército Brasileiro na proteção e desenvolvimento da região.


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Grupo PROTECTA destaca inovação em blindagem durante Expoblindagem 2025

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O Grupo PROTECTA encerrou com destaque sua participação na primeira edição da Expoblindagem 2025, evento inédito e exclusivo do setor de proteção balística, realizado nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, em São Paulo. Com um estande que atraiu grande público e especialistas da área, a empresa apresentou suas mais recentes inovações em blindagem veicular, reforçando seu compromisso com a segurança e a tecnologia de ponta.

Um dos principais atrativos da exposição foi o Porsche Taycan Cross 100% blindado, equipado com as avançadas tecnologias PRO-UD e PRO-X, que representam uma nova era na blindagem automotiva. O modelo chamou atenção não apenas pelo design esportivo e motorização elétrica, mas também pela leveza e resistência das soluções apresentadas.

Inovação e performance em proteção balística

A tecnologia PRO-X, nova geração de Blindagens Opacas da PROTECTA, foi uma das estrelas do evento. Desenvolvida com o exclusivo Tecido Balístico Poliaxial SD 540, oferece resistência multidirecional, leveza e alta durabilidade, sendo ideal para veículos de alto desempenho. Composta por 100% de filamentos contínuos de UHMWPE (Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular), a blindagem garante maior eficiência na absorção e distribuição dos impactos balísticos, superando as limitações dos materiais tradicionais.

Já o sistema PRO-UD, também à base de UHMWPE, foi destacado por ser 32% mais leve que a aramida e por oferecer 17% mais desempenho balístico, além de alta resistência à umidade, o que amplia sua durabilidade mesmo em condições climáticas adversas. A solução é indicada para blindagens nível III-A, com potencial para substituir o uso do aço em diversos cenários.

Conteúdo técnico e debates estratégicos

Além das inovações tecnológicas, a PROTECTA marcou presença nos painéis técnicos e palestras do evento. O CEO da empresa, Victor Gallo, apresentou a conferência “Blindagem 4.0: Inovação na proteção à vida”, discutindo os impactos da tecnologia na evolução da segurança pessoal e patrimonial.

O especialista em compósitos e consultor Ítalo Farias trouxe à tona as “Técnicas para a apresentação dos diversos tipos de blindagem”, enquanto o diretor Christian Callas abordou questões legais e econômicas na palestra “Aspectos Regulatórios e Tributários: Riscos e Oportunidades para o setor de blindagem no Brasil e do Brasil para o Mundo”.

Reconhecimento e projeção

De acordo com o Head Comercial da PROTECTA, Washington Albuquerque, a participação na Expoblindagem 2025 foi um marco importante para a empresa.

“Foi um grande evento, onde pudemos debater os novos rumos da indústria de blindagem e mostrar nosso investimento em inovação para o mercado”, afirmou.

Com quase 15 anos de atuação, o Grupo PROTECTA reforça sua posição como uma das principais referências no desenvolvimento de soluções de blindagem no país, destacando-se por sua dedicação à proteção de vidas com tecnologia, excelência e visão de futuro.


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com Rossi Comunicação


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